Como a história de Rute nos ensina a ser melhores esposas e noras
Ao olhar essas definições de mulheres, muitas vezes nos questionamos que tipo de mulher os homens gostam ou até mesmo que tipo de mulher devemos ser?
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Jacira Silva dos Santos Araujo
O papel da mulher, com o passar dos anos, vem sofrendo uma profunda metamorfose. Uma hora não somos valorizadas por sermos “somente” donas de casa; em outro momento, lutamos pela igualdade salarial ou até mesmo para obter os mesmos cargos que os homens. Mas, o que acontece é que por vezes nos vemos em uma rotina desgastante de tripla jornada como mãe, esposa e profissional.
Ainda hoje, a imagem da sogra (e de nossas mães) é de mulheres que se dedicam em tempo integral aos filhos ou seja, uma pessoa sem profissão e que não entende nossas lutas diárias, o que pode gerar conflitos.
Ao olharmos as várias definições de mulheres e os conflitos internos mesmo nas relações sogra/nora, muitas vezes nos questionamos que tipo de mulheres devemos ser. Na história de Rute e de sua relação com sua sogra, temos um excelente exemplo a ser seguido.
“Aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é meu povo, o teu Deus é meu Deus” (Rute 1:16).
Aonde quer que tu fores irei eu
Na história de Rute, mesmo com a morte de seu marido, ela recusou-se a voltar para sua família e decidiu ficar com sua sogra Noemi, lembrando que ela era uma pessoa já avançada em idade. Mas, com certeza, a relação que ambas cultivaram durante esse tempo era de profundo amor, como entre mãe e filha. E quando falamos de amor, é o tipo de amor relatado em Coríntios 13:7-8, “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha”.
E onde quer que pousares, ali pousarei eu
quando se casam, faz parte do plano de todo casal ter sua casa e realizar suas conquistas pessoais, mas algumas vezes os planos não dão certo, e é preciso a ajuda da sogra. Por isso, precisamos ser humildes, porque não sabemos o dia de amanhã. Outro ponto importante é lembrar que a mãe de seu cônjuge, quando chegar em uma idade avançada, precisará de certos cuidados divididos entre filhos e noras.
O teu povo é meu povo
quando nos casamos, unimos duas famílias com sobrenomes diferentes que se tornam uma nova geração a ser perpetuada. É tão gostoso perceber nos filhos traços vindos da mãe e do pai e que refletem traços vindos dos avós!
O teu Deus é meu Deus
independente da religião, aprendamos a respeitar as crenças uns dos outros. Os filhos precisam identificar dentro de um lar religioso a importância de se preservar a fé em Deus.
Amai uns aos outros.
Que tipo de mulheres devemos ser, portanto? Digo que devemos ser mulheres (e pessoas) de boa índole, que se importam com o outro, que tratam as pessoas com gentileza, humildade, que sempre se colocam no lugar do outro. Enfim, mulheres cheias de amor. Por vezes, pode parecer difícil, principalmente quando a nora e a sogra não se dão bem, mas precisamos pensar no bem em comum que nos une.