Como agir quando a família do seu cônjuge lhe rejeita

Quando a família do seu cônjuge o rejeita é preciso avaliar possibilidades de aprender a lidar com as dificuldades e fazer a sua parte no sentido de harmonizar-se com ela.

Suely Buriasco

É preciso compreender que cada família tem maneira própria de conduzir as situações e os relacionamentos e, para cada uma, seu modo parece o mais correto. Assim é comum que os familiares de origem queiram que a família dos filhos siga esse mesmo padrão de comportamento e passem a se intrometer na intimidade deles.

Ente estranho

Não tem como negar que a pessoa que entra numa família já formada é considerada um estranho e, pelo menos inicialmente, será observado, testado e até rejeitado. Quando uma nova família se forma as diferenças culturais se evidenciam, nesse caso podem surgir conflitos importantes provocando palavras e atitudes agressivas. Se você se sente um ente estranho na família de seu cônjuge precisa aprender a lidar com essa dificuldade antes que isso atinja a sua relação com ele.

Respeito

Um passo inicial nesse trabalho é a edificação do respeito mútuo e, se alguém tem que começar, que seja você. Respeito se conquista a partir da consideração para com o outro, pois quando você manifesta essa atitude cria uma linguagem pela qual impõe respeito a si mesmo. Isso não acontecerá de uma hora para outra, exigirá exercício contínuo e verdadeiro. É respeitando que você será respeitado; assim, evite desconsiderar as pessoas.

Assertividade

Não imagine que aceitando as intromissões familiares você superará a rejeição; lembre-se de que você tem personalidade própria e jamais sentirá satisfação submetendo-se. Claro que você precisará buscar adequar-se a algumas situações e isso é muito sadio, mas não significa deixar que as pessoas desrespeitem a sua maneira de ser. Saber impor limites com educação e segurança é fundamental.

Mantenha distância

Em casos extremos quando os familiares não observam limites e se tornam agressivos é interessante manter distância física e emocional. Emocionalmente distante significa não se deixar envolver com as atitudes deles; essa é a parte mais complicada, no entanto, quanto menos suscetível você conseguir ser, melhor. Avalie também se a frequência de visitas ou encontros familiares não está muito grande; muita intimidade também pode aumentar o conflito. O interessante é encontrar um ponto de equilíbrio.

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Avalie a relação

Todo cuidado para não usar os familiares como tema de discussão com o cônjuge deve ser tomado. Pense: ninguém gosta de ter a sua família exposta numa discussão, mesmo reconhecendo que ela está errada. Evite valorizar picuinhas e cobrar do cônjuge uma atitude, isso pode ser extremamente danoso. Para blindar seu casamento contra influências negativas procure avaliar frequentemente a relação de vocês. Nesse sentido o diálogo franco é fundamental; fale de como se sente diante da rejeição familiar, mas ouça com atenção o que ele tem a dizer.

Faça a sua parte

Carinho não se impõe; se conquista. Não se pode forçar uma aceitação familiar, mas não é desfazendo elos que vai ajudar. Por mais que seja difícil vale a pena procurar desenvolver laços de simpatia, dar atenção às conversas, tentar ser mais participativa nas reuniões familiares. Nada que seja destoante e falso, para funcionar é preciso que haja profunda sinceridade. Dessa forma uma coisa é certa, você agradará seu cônjuge e ampliará as possibilidades dele ajudar você nessa empreitada. Tamanho esforço pode ser um diferencial importante para a harmonia no seu casamento.

Bom trabalho!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.