Como cultivar o amor e fortalecer o relacionamento entre meios-irmãos

Algumas maneiras de nutrir e fortalecer o amor no relacionamento entre meios-irmãos.

Carla Pinheiro Alves

Casamento é sempre a união entre duas famílias. Após o divórcio, é comum um novo relacionamento, seja para um ou ambos um segundo ou terceiro casamento. É natural que os relacionamentos anteriores tenham gerado filhos e uma nova união também tenha trazido novos filhos, e assim as crianças ganham tecnicamente um “meio-irmão”, que a meu ver são todos irmãos.

Demonstrar amor a todos

Antoine de Saint-Exupéry citou: “O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.” Assim sendo, o casal deve demonstrar, para todos os filhos, que se amam e querem estar juntos, cultivar respeito, carinho e amor, evitar sempre discussões e desavenças na frente dos filhos e mostrar que amam todos os filhos, não apenas por palavras, mas, principalmente, por atos.

Todos os irmãos são filhos

Parafraseando Platão, “Onde há igualdade, a amizade perdura”. Acredito que os filhos devam ser tratados como irmãos e não como meios-irmãos, principalmente ao serem apresentados às pessoas, os pais devem apresentar os filhos como irmãos. Criar filhos com esse sentimento depende muito dos pais, se os pais estabelecem isso desde o início, os vínculos entre os filhos se criam desde cedo.

Não fazer diferença e nem permitir que haja discriminação

Nunca façam diferença entre os filhos, desde a maneira do tratamento, como carinho e atenção, até mesmo nos presentes e lembrancinhas, nunca discriminem nem façam comparações entre os filhos, não estimulem a disputa entre eles.

Mostrem aos seus amigos e conhecidos que todos eles são irmãos, quando alguém, qualquer que seja a pessoa, fizer alguma alusão a isso, prontamente mostrem sua insatisfação e façam a correção. Se você pode amar seu companheiro, você também pode amar o filho de seu companheiro. Demonstrem amor por todos os filhos.

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Sair juntos

Estimulem a amizade entre os filhos fazendo passeios juntos como por exemplo: cinema, teatro, shopping, parque de diversões ou, até mesmo, para tomar um sorvete na praça. A forma com que você trata os filhos do companheiro será a forma que o cônjuge também os tratará.

Não fazer comparações entre as famílias

É muito valioso não fazer comparações entre as famílias, principalmente na parte da família do ex, embora deva tratar os filhos de seu cônjuge como seus próprios filhos, ainda assim eles têm uma mãe ou pai e eles devem ser tratados e mencionados com respeito, ao invés disso, com certeza, todas as famílias possuem qualidades que devem ser enaltecidas.

Estar presentes na vida de todos os filhos

Em nossa visão, uma partida de futebol da escola dos filhos pode ser um simples jogo de futebol, mas para eles isso tem uma dimensão muito maior. Uma reunião na escola pode ser fundamental para as crianças, estar num aniversário pode ser confortador, enfim, qualquer que seja o evento ou a circunstância, os pais devem tratá-lo com grande importância.

Se o ex-cônjuge estiver nesses eventos não há problema. Com o tempo, ele verá que a participação do padrasto ou madrasta na vida de seus filhos só ajudará no desenvolvimento emocional dos mesmos.

Acredito ser possível viver bem com todos, com o nosso cônjuge e, inclusive, com os filhos dele, isso é uma decisão sábia e inteligente, deixa a vida mais leve, colocando de lado o ciúme e a comparação, bem como, o egoísmo e o julgamento, pelo bom convívio, respeito e amor entre os filhos.

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Carla Pinheiro Alves

Gosto da boa literatura, dos mais diversos assuntos principalmente quando são relacionados à família e seu desenvolvimento. Sempre procuro ler e escrever, amo estar com minha família e dedicar tempo ao meu marido e a cada um de meus filhos.