Como ensinar os filhos a julgar sabiamente

Julgar as situações do dia a dia é necessário para que boas escolhas sejam feitas. Veja algumas ponderações que podem ser feitas antes de tomar uma decisão.

Erika Strassburger

Diversas vezes ao dia, deparamo-nos com situações em que escolhas precisam ser feitas. Uma escolha sábia requer um julgamento adequado. Por isso, somos impelidos a tecer julgamentos com muita frequência. Desde casos mais corriqueiros, como a escolha da roupa que vamos usar, do que vamos ingerir, do trajeto que vamos percorrer para chegar em determinado lugar; a outros mais complexos, como os relacionados ao trabalho, aos estudos, ao namoro, ao casamento, etc.

Que parâmetros devemos usar para fazer nossos julgamentos?

Excetuando-se as leis, cujo cumprimento é dever dos cidadãos, a sociedade, em geral, tem um posicionamento comum frente a alguns valores morais e éticos. Além desses valores, cada família pode ter valores particulares, sejam de ordem religiosa ou simples regras familiares.

Baseados naquilo que creem como necessário, correto e aceitável, os pais podem orientar seus filhos nas escolhas que fazem. Primeiro ensinam a teoria, depois se certificam de que aprenderam os princípios ensinados. A seguir permitem que façam suas próprias escolhas – inicialmente sob orientação. Com o tempo podem fazer suas escolhas sozinhos.

Para aprender o passo a passo de como orientar seus filhos nas escolhas, leia também o artigo Como entender e ensinar sobre arbítrio aos filhos.

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Os pais podem incentivar seus filhos a ponderar sobre o seguinte, ao tomar suas decisões:

1 – Tal escolha vai de encontro às regras familiares, valores pessoais ou orientação dos meus pais?

Em algumas ocasiões, principalmente quando há muita pressão por parte dos amigos, nossos filhos poderão não se sentir fortes o bastante para recusar determinadas ofertas. Nessas ocasiões eles devem pensar seriamente sobre as regras familiares, os valores que defendem e as instruções de seus pais. Ponderar sobre essa questão traz uma resposta objetiva “sim” ou “não”. A partir daí fica mais fácil se posicionar.

2 – Sinto-me tranquilo com relação à minha decisão?

Uma forma bastante eficaz de julgar uma situação é prestar atenção nos sentimentos. Quando tomamos decisões acertadas tendemos a nos sentir tranquilos. Quando nos decidimos por algo ruim, sentimo-nos irritados, inquietos, incomodados de alguma forma. Oriente seus filhos a observarem como se sentem quando tomam uma decisão. Na maioria das vezes eles poderão voltar atrás assim que perceberem que se sentem incomodados.

3 – Quais as possíveis consequências de minha decisão?

Se seus filhos souberem identificar as possíveis consequências de suas ações, saberão,mais facilmente, que decisão tomar.

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4 – Eu me sentiria à vontade fazendo isso na frente dos meus pais?

A resposta pesará muito na hora da decisão, quando os jovens amam e respeitam seus pais.

5 – Sinto-me à vontade quando penso que estou sendo observado pelo Senhor?

Jovens religiosos levam muito a sério essa questão.

6 – Tenho a resposta na ponta da língua?

Os pais devem treinar seus filhos, desde bem pequenos, a dizerem “não” quando alguém lhes oferecer algo que faça mal para a saúde (como álcool, cigarro, drogas, etc.), quando pedirem que façam algo desonesto (como roubar, mentir, etc.), quando pedirem que usem roupas inapropriadas, etc. Como parte do treino, os pais devem perguntar constantemente: “Você aceitaria fazer ‘tal coisa’?” “Por que não?” “E se alguém lhe pedir que faça, o que você dirá?” Não se esqueça de explicar o porquê de não poder fazer tais coisas.

Se seus filhos forem bem treinados a dizer “não” diante de algumas ofertas, a resposta será instantânea. Eles nem considerarão a proposta que lhes fizeram.

7 – Estou sendo uma luz para meus amigos?

Incentive seus filhos a se comportarem de tal maneira que seu exemplo sirva de estímulo para seus amigos fazerem o bem. Eles devem preocupar-se sempre com esta questão antes de tomarem suas decisões.

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8 – Não seria necessário orar a respeito?

Algumas decisões são mais complexas, como a escolha de um(a) namorado(a), escolher entre duas propostas de emprego, escolher se determinadas amizades são boas ou não. Decisões assim podem ser feitas sob espírito de oração. Ninguém melhor que o Senhor para nos aconselhar.

Basta ajuizar bem para bem fazer, e julgar o melhor que nos seja possível para fazermos também o nosso melhor.” René Descartes. Ao seguir as sugestões acima, seus filhos tenderão a fazer bons julgamentos, tomando as melhores decisões para a sua vida.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.