Como escrever o discurso para um funeral
Não importa qual seja sua fé e a das outras pessoas, no velório, fale sobre o legado deixado por seu ente querido e a marca que deixou no mundo.
Devin Thorpe
Em primeiro lugar, permita-me oferecer condolências, pois você provavelmente não teria encontrado este artigo se não tivesse perdido um ente querido. Meus pensamentos estão com você.
Conforme luta para encontrar as palavras para elogiar o seu amado, você pode querer considerar o seguinte esquema básico para suas observações.
Memórias
Você precisará compartilhar suas lembranças carinhosas do ente querido com o grupo que se reúne para lamentar a perda. A fim de chamar a atenção da plateia e se conectar com ela, você pode querer começar com as histórias vividas com muitas das pessoas que estarão lá. Comece o relato com uma frase do tipo: “Todos se lembram do quanto ela amava seu cachorro”, antes de contar uma história sobre ela e o cão e isso colocará o seu público na história com você.
À medida que procurar identificar histórias para compartilhar, busque relatos que envolvam a superação de uma luta. Se a narrativa for uma história bem-humorada a respeito de uma batalha com uma sequência de luzes de Natal, ou uma história séria sobre o resgate de um amigo em necessidade, essas histórias que envolvem um desafio terão repercussão no público e iluminarão o caráter de seu ente querido.
Legado
Independentemente da sua fé e da fé dos outros enlutados, você deverá falar sobre o legado de sua pessoa amada. Sua marca no mundo e o que ela deixa para trás é um tema importante. Todos serão confortados por saber que ela será lembrada e de que há provas que viveu uma vida boa e plena. Tenha em mente que filhos e netos são parte desse legado e terão orgulho em pensar a respeito de si mesmos como parte dessa história. Lembre-os.
Teologia de descanso
Esta parte final do seu discurso poderá ser difícil se você não for especialmente religioso. Cada tradição religiosa tem um sentido diferente do que acontece após a morte, mas uma diferença fundamental entre o fiel e o infiel é a visão de que o final da mortalidade não é o fim da vida. Quanto mais vívido for o retrato que você pintar de seu ente querido, as pessoas em luto (geralmente) terão melhores probabilidades de serem consoladas. Não tenha medo de compartilhar esta mensagem de esperança, o seu público estará ansioso para ouvi-la. Dito isto, se você estiver desconfortável com o assunto não sinta a necessidade de falar a respeito longamente. Uma expressão simples e genuína de fé e esperança em repouso celestial irá muito mais longe com o seu público do que uma longa discussão teológica.
Se não tiver essa fé e não quiser oferecer o que considera ser uma falsa esperança, você pode, é claro, omitir esta última seção. Por respeito ao fiéis, no entanto, não seria aconselhável insistir publicamente em que a mortalidade trouxe um fim a seu ente querido.
Seguindo esse esquema simples, você poderá montar um discurso agradável para o seu amado, num espaço de tempo relativamente curto. Observações ponderadas e honestas tanto servirão para envolver o seu público como para respeitar a memória de seu ente querido melhor do que o uso de uma linguagem rebuscada e emoção insincera.
Certifique-se de escrever ou gravar suas observações para servir como parte da história da família; o que você disser sobre o legado de seu ente querido deve ser uma parte desse legado.
Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano do original How to write a eulogy, de Devin Thorpe.