Como formar crianças com uma autoestima de ferro

Leia este artigo e descubra como conseguir que seu filho tenha uma autoestima saudável com este nove conselhos práticos

Teresa Guadalupe Correa Pérez

A infância é, sem dúvida, o período mais curto, e ainda assim o mais bonito e terno da vida de uma pessoa. No entanto, às vezes ficamos tão obcecados em criar uma esfera de bem-estar adulto, que nos esquecemos da importância de ajudar a cultivar a autoestima em nossos pequenos.

É realmente muito importante que nossos filhos cresçam em um mundo de adultos emocionalmente equilibrados, porque será o melhor que podemos transmitir a eles em longo prazo, para ajudá-los a aprender a conduzir suas emoções de maneira saudável, através do autoconhecimento e, portanto, da autoestima

A importância de você, como pai ou mãe, ter boa autoestima

Se pararmos um instante para ponderar sobre isso, não vai demorar muito para percebermos que somos nós mesmos que fazemos com que a nossa falta de autoestima se torne visível perante nossos filhos.

Assim, os mais novos da família percebem nossos medos e inseguranças, e é por isso que fazem tantas traquinagens, pois nos veem com medo ou com dúvidas; e, mesmo sabendo que haverá algum tipo de consequência – seja repreensão ou punição – eles continuam se comportando dessa maneira.

Diante desse cenário bastante desanimador, a verdade é que devemos nos esforçar para termos maior confiança em nós mesmos e sermos mais firmes, para que isso ocorra em menores proporções.

Em primeiro lugar, para que isso ocorra, é preciso levar em consideração que somos o exemplo diário a ser seguido pelas crianças, por isso, temos que exercitar nosso autocuidado. Melhor ainda se eles puderem ver como assumimos a responsabilidade por nossas necessidades e decisões.

Em segundo lugar, por meio de como agimos e os tratamos, bem como dos valores que incutimos neles, ou seja, como os educamos.

Para fazer isso acontecer, aqui estão algumas orientações e conselhos práticos:

1. Um tempo de qualidade com nossos filhos vale ouro

Devemos estar atentos e levar em consideração o que as crianças precisam, pois é muito importante prestar atenção,  de forma adequada nelas; pois, para fomentar a sua autoestima é preciso levar em consideração seus sentimentos, além de dedicar nosso tempo a elas.

Por exemplo, se estivermos passeando com nosso filho, não devemos ficar olhando o celular, pois ele nos dedicará olhares e momentos que perderemos para sempre, por prestarmos atenção às coisas que poderíamos deixar para mais tarde.

Faça-o sem gritos e com muita paciência. As crianças são como uma esponja, absorvem tudo o que veem, seja bom ou ruim, nas atitudes dos adultos ao seu redor.

Por isso, é importante fazer nossos filhos entenderem que aprendemos juntos e que a troca é mútua.

3. Promova sua autonomia com responsabilidade

Deixe-os tomar pequenas decisões sobre seus hábitos diários, mas também explique que a família é uma equipe em que todos devem trabalhar, juntos, para manter a ordem.

Por exemplo, eles podem cozinhar com você ou preparar o próprio almoço, podem ajudar a secar e recolher a louça, arrumar a mesa, escolher as roupas que desejam vestir, e assim por diante.

4. Valide sempre suas emoções

Se uma criança chora, é provável que tenha sido magoada ou não se sinta bem com algo que está acontecendo. Dê a devida importância e evite dizer: “Não foi nada!”

Quer seja de forma negativa ou positiva, os rótulos exercem uma pressão desnecessária de ser aquilo que lhe foi rotulado. Isso está muito longe de ajudá-lo a crescer com uma autoestima saudável.

Quando a criança faz algo errado, há muitas maneiras de corrigi-la sem rotulá-la, de forma que ela possa entender o que está fazendo de errado, e refletir a respeito.

Se, por outro lado, a criança se comporta bem ou possui habilidades para algo em especial, você pode dizer coisas como: “Você fez tão bem as tarefas!”, “Obrigado por ter juntado isso!” ou “Adoro ver você pintar!”. Neste caso, você está incentivando e ressaltando o seu comportamento.

6. Estabeleça limites claros e seja firme

Devemos aplicar o castigo determinado, quando houver mau comportamento. Se você estabeleceu uma condição razoável, ou seja, disse que haveria determinada penalidade por um mau comportamento, precisa fazer valer. Caso contrário, você não será levado a sério.

Algo muito importante deve ser considerado: cumprir as promessas feita às crianças também as incentiva a respeitar os limites.

Não se concentre no fato de ter tirado uma nota alta ou de, apenas, ter atingido a média; o importante é que a criança tenha sido constante e tenha se esforçado em sala de aula. Algo relevante, seria você comentar as realizações e esforços de seus filho com as outras pessoas, estando ele presente. Isso fará com que ele se sinta útil e importante.

8. É importante nunca compará-los com ninguém

Outra chave para estimular a autoestima das crianças, é não compará-las, nem com seus irmãos, nem com seus amigos, nem com os colegas de aula.

Não compare uma criança com ninguém, muito menos com um adulto. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém, somos todos diferentes e todos temos talentos e habilidades únicos.

9. Reserve tempo para cada membro da família

Tente encontrar tempo para cada criança, individualmente. Pois, o fato de serem importantes e protagonistas por alguns minutos, ou algumas horas, é muito fortalecedor para sua autoestima.

Lembre-se de que essas são apenas algumas diretrizes, e que a melhor maneira de fomentar a autoestima nas crianças é dando-lhes amor e dizendo a elas o quanto são importantes para nós.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original Cómo formar niños con una autoestima de hierro

Teresa Guadalupe Correa Pérez

Lou Correa e uma apaixonada pesquisadora nas áreas da ciencia e psicologia. Amante dos livros, do clima frio e dos abraços calorosos, é uma jovem esposa e mãe de um bebê.