Como lidar com a esquizofrenia
? Veja a seguir como você pode lidar com uma pessoa que tenha esquizofrenia e ajudá-la.
Tati Ippolito
A esquizofrenia é um sério transtorno no funcionamento cerebral, é um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade. A pessoa tem momentos sozinha, olhar perdido, indiferente com os acontecimentos que a rodeiam ou sofre de alucinações e delírios, conversa com visões ou vozes.
Ela se desenvolve de forma gradual de forma que as mudanças são praticamente imperceptíveis, sendo que só quando o comportamento é quase completamente diferente que ela é notada. Porém, como qualquer transtorno, existem exceções, onde a pessoa muda rapidamente em poucas semanas ou possui crises que trazem um ou vários sintomas ao mesmo tempo.
Segundo alguns sites como o Psicosite, Minha Vida e Drazio Varella, a esquizofrenia varia de pessoa para pessoa, pois há diversos tipos e não se pode rotular alguém sendo que os sintomas psicóticos são particulares ao estilo de vida de quem a apresenta.
A maioria das pessoas que são diagnosticadas com esquizofrenia ainda são jovens (fim da adolescência e início da vida adulta). A concentração, na maioria das vezes, é a primeira a ser afetada, seguida por tensão, desinteresse, insônia e o isolamento.
O tratamento precoce não é capaz de prevenir e nem de adiar a doença.
A esquizofrenia é uma doença extremamente complexa. A causa do transtorno é desconhecida, mas existem alguns fatores que podem influenciar. Veja:
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Fatores genéticos.
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Fator neurobiológico.
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Fatores psicanalíticos – Sigmund Freuddisse que, “a ausência de gratificação verbal ou da relação inicial entre mãe e bebê conduz igualmente a personalidades frias ou desinteressadas no estabelecimento das relações”.
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Fatores familiares.
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Neurotransmissor – excesso de dopamina na via mesolímbica e falta de dopamina na via mesocortical (em outras palavras, raciocínio falho e sensações em excesso).
A esquizofrenia traz grande dificuldade em distinguir as experiências internas das externas. A intensidade e o tempo de desenvolvimento de cada sintoma variam de pessoa para pessoa.
Inicialmente, portadores do transtorno apresentam pelo menos dois dos seguintes sintomas:
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Sensação de tensão ou irritabilidade.
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Dificuldade para dormir (insônia).
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Dificuldade de concentração.
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Desinteresse no que antes gostava.
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Sintomas depressivos.
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Isolamento social.
Com o desenvolvimento da doença, outros sintomas vão se desenvolvendo, como:
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Apatia (falta de emoções).
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Ilusões e alucinações.
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Pensamentos desordenados (mudam o assunto sem finalizar o outro).
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Ansiedade.
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Crê que querem lhe destruir ou causar mal a quem ama.
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Não consegue expressar suas ideias.
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Expressões faciais bizarras.
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Postura e músculos rígidos.
E então surge a seguinte questão: como devo lidar com um familiar esquizofrênico?
Segundo o Psicosite existem alguns conselhos importantes para os pais ou familiares lidarem com o doente e ajudar o mesmo, veja:
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Reconheça os sintomas iniciais que possam indicar uma possível recaída.
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Procurar por um médico psiquiatra o mais rápido possível.
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Informar-se para saber como agir quando a pessoa estiver em crise ou para ajudar a não desencadear outra crise.
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Estabelecer expectativas realistas para o doente.
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Observar atentamente os sintomas para informar melhor ao médico.
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Respeitar seus próprios limites, afinal, não tem como ajudar adequadamente se estiver precisando de ajuda.
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Estabelecer uma relação amistosa, com objetivo e finalidade estabelecidos.
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Estimular uma relação saudável entre ele, parentes e amigos.
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Ser claro e objetivo, evitando duplo sentido.
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Ter um ambiente emocionalmente estável em casa.
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Ajudar a pessoa a seguir o tratamento à risca.
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Monitorar o uso de remédios receitados pelo psiquiatra para diminuir a constância de novos sintomas e crises.
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Ajudar a pessoa a ter uma vida mais saudável, não fazendo uso de drogas, álcool, cigarro, tudo o que influirá mentalmente com o efeito dos remédios prescritos, podendo assim, intensificar os sintomas.
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Ter paciência.
Ser pais de um jovem esquizofrênico é necessário ter em mente que ele precisará de ajudar e observação pelo restante de sua vida, portanto é imprescindível que a família apóie a pessoa para que ela aprenda a ser responsável, calma, autosuficiente no sentido de saber se cuidar, o que ingerir, e que tipo de vida levar.
Casos extremos e sem controle interno e externo de esquizofrenia podem levar ao suicídio ou mesmo assassinato. É extremamente importante que as pessoas sejam acompanhadas por um psiquiatra que receitará remédios para o controle da doença e que a família observe de perto se a pessoa realmente faz o que precisa fazer. O uso prolongado do remédio não garante a melhora, mas sua falta pode reverter e aumentar o desenvolvimento da mesma.
Uma pessoa com esquizofrenia é completamente dependente de ajuda e a família precisa estar consciente disso.