Como permitir que seus filhos aprendam as coisas por si mesmos

“Pais superprotetores, filhos inseguros”. Os pais erram quando assumem tarefas que seus filhos já teriam condições fazer, impedindo seu desenvolvimento emocional e social.

Beth Proenca Bonilha

Os filhos vêm ao mundo para aprender com suas experiências e escolhas a partir da orientação que irão receber de seus pais, familiares e do meio em que viverem.

Por isso a função dos pais é de orientar, estar presente, observar atentamente e conduzir quando necessário. Lembre-se disso: “Pais superprotetores, filhos inseguros”.

Os pais erram quando assumem tarefas que seus filhos já teriam condições de fazer, impedindo seu desenvolvimento emocional e social. Apesar de terem conceitos diferentes, podemos dizer que negligência e superproteção se igualam se forem prejudiciais para o desenvolvimento social e até mesmo físico das crianças.

Se você não tem certeza se é um pai ou uma mãe superprotetor(a), deve fazer uma autoavaliação. Pergunte-se:

  • Costumo justificar meus atos com frases do tipo: “Faço por meu filho porque acho que ele não precisa passar por isso” ou “Ninguém cuida dele tão bem como eu”.

    Advertisement
  • Por temer que a criança erre e sofra, costumo dirigir suas escolhas sem considerar sua opinião.

  • Evito que meu filho se exponha em situações que possa se ferir, como atividades esportivas, viagens escolares ou passar o dia e pernoitar na casa de amigos e parentes.

Se você achar que se encaixa nas afirmações acima, cuidado! É hora de parar e pensar, pois as consequências podem ser negativas e contrárias ao que realmente bons pais desejam a seus filhos. Lembre-se: “Pais superprotetores, filhos inseguros”.

Especialistas já descrevem os comportamentos típicos de filhos superprotegidos:

  • Podem crescer ansiosos, perfeccionistas, competitivos, dependentes de outras pessoas e indecisos.

    Advertisement
  • Na adolescência costumam ser mais desafiadores e até irresponsáveis, acham que o mundo tem que dar o que eles desejam da forma e na hora em que desejar.

  • Quando adultos, demoram mais tempo para sair da casa dos pais.

  • Costumam ter problemas de relacionamento em casa e no trabalho.

  • A falta de capacidade de lidar com problemas faz com que se sintam incompreendidos e até injustiçados.

Proteção na medida exata

  • Observe como seu filho se comporta quando liberado para novas experiências ou tarefas. Caso perceba algum perigo não tome a frente, só oriente.

    Advertisement
  • Não exija perfeição da criança logo nas primeiras tentativas, valorize a tentativa, oriente e apoie.

  • Se ao participar de uma competição ou jogo seu filho ficar na reserva ou mesmo perder, não queira evitar o desapontamento que ele terá, só o estimule a treinar mais e o apoie no que for preciso, sempre valorizando seus esforços.

  • Quando se sentir inseguro com algo que permitiu que seu filho fizesse ou sobre algum lugar que ele vá sem sua companhia, reflita a respeito e converse com seu filho sobre suas preocupações, e o mais importante, mostre que confia nele.

Filhos não vêm com manual de instrução, tampouco os pais passam por treinamento específico para atuarem como tal. Por isso um bom começo é não se autocobrar perfeição que, consequentemente, não cobrará perfeição de seu filho, mas permitirá que ele faça suas escolhas, consciente de que deverá arcar com as consequências e com a certeza que o terá sempre ao seu lado.

Toma un momento para compartir ...

Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu