Criança de 4 anos morre afogada quase uma semana depois de sair da piscina e pais alertam sobre o afogamento secundário
Você já ouviu falar sobre o afogamento seco? Veja os sintomas!
Stael Ferreira Pedrosa
Com a chegada do verão no hemisfério norte, as piscinas e praias também se enchem como aqui no Brasil. Mas, para essa família do condado de Harrisson, no estado americano do Texas, trouxe um terrível acontecimento.
Frank Delgado, de 4 anos de idade, viajou com seus pais para nadar em outra cidade. Após a volta para casa, passados alguns dias, Frank morreu afogado, conforme notícia do site USA today. Sim, é possível isso acontecer e é necessário que os pais se conscientizem desse problema raro chamado afogamento seco ou afogamento secundário, que ocorre em 2% dos acidentes com água e acomete em sua maioria, crianças e adolescentes.
Frank certamente aspirou água da piscina sem que seus pais percebessem. Provavelmente ele apenas tossiu, o que não significa um perigo visível. Mas, o perigo se manifestaria algum tempo depois. No caso de Frankie demorou quase uma semana para que seus pais chegassem a chamar o serviço americano de emergência, pois o menino que apresentava sinais de um problema digestivo – vômitos e diarreia, parou de respirar.
Frank não resistiu e veio a óbito. Os médicos encontraram fluidos no pulmão e ao redor do coração de Frank, que caracteriza o afogamento – a causa da morte. Segundo o diretor do setor de emergência pediátrica da Clínica Clevand, Dr. Purva Grover, ainda que a criança apresente apenas um engasgo com a água da piscina ela pode estar em risco de sofrer o afogamento secundário.
Como geralmente as crianças não reclamam do engasgo, é possível que os pais não percebam que aconteceu. Além do mais, os sintomas não ocorrem imediatamente; a criança pode continuar a brincar, comer, fazer todas as atividades normalmente. No entanto, sempre que for com os filhos a uma piscina, os pais devem observá-los enquanto estão na água e também depois.
Os sintomas
Segundo o Dr. Grover, os sintomas surgem entre 24 e 48 horas após o incidente com água. Mas, outros casos têm mostrado que nem sempre demora tanto. Darcy McQueen’s conta que seu filho de 3 anos caiu na piscina e foi imediatamente resgatado. Não demorou mais que 30 segundos. Após ser retirado da piscina, o pequeno continuou a brincar e até se alimentou. No entanto, algumas horas mais tarde, ele apresentou febre, sonolência e tosse. A mãe, sem saber o que se passava, levou o filho para o hospital, onde foi detectado o afogamento secundário. O atendimento rápido salvou sua vida. Portanto, logo nos primeiros sinais, os pais devem levar a criança ao hospital. Os sintomas podem variar entre:
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Febre
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Vômito
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Diarreia
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Tosse
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Dificuldade de respirar
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Cansaço
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Dor no peito
O mais alarmante é que qualquer incidente com água pode causar o afogamento secundário. Não precisa ser piscina. Pode ser banheira, tanques, etc. Até mesmo tomando água a criança pode se engasgar e aspirar água para os pulmões. Embora seja mais comum em crianças, pode acontecer com adultos também. O afogamento secundário pode ainda causar lesões cerebrais. Perceber os sinais precoces de afogamento secundário é decisivo para se evitar as sequelas ou a morte.