Criminologista forense descobre 8 estágios no comportamento de homens que matam suas companheiras ou ex

Preste atenção neste "cronograma de homicídio" usado por homens violentos e compartilhe! Essas informações podem salvar vidas.

Erika Strassburger

São impressionantes e assustadoras as histórias que têm sido noticiadas de homens que acabam matando mulheres por serem incapazes de aceitar o término do relacionamento ou de lidar com o abandono e a rejeição. A maioria das pessoas, principalmente mulheres em relacionamentos abusivos ou que estão à procura da cara-metade, ficam extremamente preocupadas com esse cenário.

Quais sinais indicam que algo assim pode acontecer conosco?

Depois de estudar 372 mortes de mulheres no Reino Unido, a Ph.D e criminologista forense, Jane Monckton Smith, descobriu um padrão de repetição no comportamento dos assassinos dessas mulheres. Ela considera essas informações importantíssimas, pois acredita que esse “cronograma de homicídio”, quando monitorado pela polícia, pode evitar mortes.

Segundo a Dra. Smith, os assassinos de mulheres costumam seguir esses 8 estágios ou passos:

1º Perseguição ou abuso prévios ao relacionamento

Esses homens apresentam um histórico de perseguição ou abuso antes mesmo do relacionamento se firmar.

2º Relacionamentos que evoluíram rápido demais

Pouco tempo após se conhecer, o casal já tinha uma vida em comum. Não tiveram tempo para se conhecer o suficiente.

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3º O relacionamento é dominado por controle coercitivo

Estratégias que incluem táticas de manipulação, humilhação, isolamento, abuso financeiro, entre outros. Os abusos físicos também podem estar incluídos.

4º Um gatilho põe em xeque o controle do agressor

Por exemplo, o relacionamento termina ou o agressor perde o emprego.

5º As táticas de controle aumentam em intensidade e frequência

Neste estágio, ele persegue e faz ameças, como a de cometer suicídio, por exemplo.

6º Mudança de planos

Ele decide ir em frente, seja para se vingar ou para cometer o homicídio.

7º Planejamento do assassinato

Nesta fase ele arranja uma arma (arma de fogo, ou arma branca, ou cortas etc.), e encontra meios de ficar sozinho com a vítima.

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8º A execução do crime

Então, ele põe em prática seu plano. Mata a mulher, podendo, inclusive, deixar também outros feridos, como familiares ou filhos.

As estatísticas no Brasil

Uma edição recente do Atlas da Violência aponta que, entre 2007 e 2017, 8% dos assassinatos no Brasil foram de mulheres, contra 91,8% de homens. Embora o número de mulheres assassinadas seja expressivamente menor, outro dado chama bastante atenção: 39% dessas mulheres foram assassinadas dentro de casa. Apesar de não haver um levantamento preciso sobre os autores desses crimes e suas razões, algumas literaturas internacionais indicam que boa parte desses crimes foram praticados por pessoas íntimas. E as notícias estão aí para confirmar que boa parcela desses homicidas são aqueles homens que diziam amá-las.

O que podemos fazer para evitar uma tragédia

Vários assassinatos podem ser evitados se as mulheres (ou pessoas à sua volta) identificarem esses padrões em seus companheiros não se calarem. Para que isso seja possível, é imprescindível deixar o coração de lado e fazer uma análise fria do cenário, levando muito a sério os sinais identificados.

Independentemente do estágio em que esteja seu parceiro (ou outro homem que você vê cometendo a violência doméstica) – primeiro ou terceiro, por exemplo – denuncie!

Além das delegacias, no Brasil há um canal através do qual é possível fazer uma denúncia anônima de violência contra a mulher. É só discar 180, a ligação é gratuita. Através deste canal também é possível receber orientações e fazer denúncias sobre a qualidade dos serviços prestados na rede de atendimento à mulher.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.