Devo me casar com alguém de outra fé? Aqui estão 5 pontos a considerar antes de tomar uma decisão

Antes de aceitar um pedido de casamento ou pedir em casamento alguém de outra fé, ou que não o apoia em sua fé, responda sinceramente às seguintes questões:

Erika Strassburger

Quando duas pessoas têm crenças teóricas distintas – isto é, elas têm opiniões formadas sobre a vida, Deus e a eternidade, mas não seguem uma religião – e decidem se casar, é bem possível que elas sejam felizes. Suas crenças acabam não tendo tanta influência na sua vida e rotina.

Mas e quando elas seguem religiões diferentes e desejam viver segundo seus preceitos? Como será casar-se com alguém que não crê naquilo que elas consideram mais sagrado, alguém que vive um estilo de vida totalmente diferente do seu? Ou, ainda que tenha um estilo de vida parecido, não as apoia em sua decisão de se manterem firmes na fé?

Antes de aceitar um pedido de casamento ou pedir em casamento alguém de outra fé, ou que não o apoia em sua fé, responda sinceramente às seguintes questões:

1. Você está disposto a enfrentar sua família e a família dele/dela?

Se a família inteira professa a mesma crença religiosa, é muito comum que ela rejeite o rapaz ou a moça de outra fé que deseja namorar ou se casar com alguém daquela família. Se ambos tiverem suas famílias em religiões diferentes, a pressão virá dos dois lados.

Como será lidar com essa situação? Embora as pessoas não se casem com os sogros ou cunhados, é inegável a influência que acabam exercendo sobre o namoro ou casamento. Você está disposto a lidar com essa pressão?

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2. Em que fé vocês celebrarão sua união?

Nas religiões, o casamento é muito mais que uma cerimônia social. Ele envolve promessas, acordos ou convênios. Cada religião tem suas próprias regras e exigências. E grande parte delas exige que ambos professem a mesma fé para que um casamento seja realizado em suas igrejas, sinagogas, mesquitas ou templos.

Como será se casar fora da fé que você abraçou? E se houver pressão do seu noivo/noiva para que você se case na fé dele ou dela? Ou, vocês se contentariam em se casar somente no civil?

3. Que regras prevalecerão na sua casa?

Quando marido e mulher seguem suas respectivas religiões, e estas pregam estilos de vida diferentes, é muito complicado encontrar um ponto de intercessão. Há religiões, por exemplo, que são mais liberais em relação à bebida alcoólica, vestimentas sensuais, programas de TV e filmes censurados etc., outras abominam totalmente essas coisas. Umas ensinam que o domingo é o dia Santificado do Senhor, outras consideram o sábado; e, para outras, não há um dia sagrado. Algumas religiões pregam a abstenção de determinados alimentos, como café, chá preto, carne suína etc., enquanto para a maioria não há restrições alimentares.

Você pode imaginar como será viver em uma casa onde aquilo que você abomina é feito na maior naturalidade?

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4. O que ensinarão aos filhos?

É óbvio que ambos, pai e mãe, irão “puxar brasa” para a sua própria religião. Como ficará a cabecinha das crianças sendo puxadas de um lado e de outro? Como suportar ver o cônjuge ensinando coisas que você considera incorretas ao seu próprio filho?

5. Como você reagiria se fosse pressionado a abandonar sua fé?

Conheço alguns casos em que marido ou mulher não suportaram a pressão. Uns acabaram se divorciando, outros enfraqueceram na fé ou desistiram de perseverar no caminho, tudo para não perder o amor do cônjuge ou para evitar brigas dentro de casa.

Hoje você pode pensar que não, mas cedo ou tarde as discussões surgirão, caso você e ele(a) sejam ativos em religiões diferentes. Ambos poderão se sentir solitários em sua adoração e isso será, frequentemente, um motivo para tristeza e desânimo. Certamente haverá pressão de ambos os lados para que abandonem sua fé.

Isso não significa que seja sempre negativo abraçar a fé do cônjuge. Às vezes, é não somente bom, mas o melhor caminho a seguir. Ou, então, ambos podem abraçar, juntos, uma nova fé. A decisão de seguir uma fé deve sempre ser tomada em espírito de oração. É a Deus que devemos consultar sobre o caminho a seguir, e não ao cônjuge, familiares e amigos. Se Deus der o Seu aval, é uma boa decisão.

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Algumas dessas perguntas podem ser feitas, também, por aqueles que têm uma fé prática e estão pensando em se casar com um ateísta ou agnóstico.

Pense seriamente se você suportaria um “jugo desigual” no casamento, e tome sua decisão baseado naquilo que sentir ser o melhor a fazer.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.