Em vez de gritar com seus filhos, tente estas três palavras

Quando grita com eles, você está causando muito dano.

Adriana Acosta Bujan

Tentamos. Uma e outra vez. Tentativa e erro é o nosso método. Porque nós, mães, tentamos nos melhorar a cada dia. E, embora às vezes não queiramos gritar, nos pegamos gritando, assustadas, nesta carreira tão bela quanto enlouquecedora que é a de criar nossos filhos

A maternidade nos leva por caminhos inimagináveis. Sonhamos em ser aquela doce mãe, que pode fazer tudo, que lida com tudo. Mas num dia em que as coisas não correm como pensamos, saímos do eixo. Então gritamos. E pedimos aos nossos filhos que se comportem bem. E gritamos de novo, porque realmente não sabemos mais o que fazer.

Mas você pode fazer algo a respeito

Pense no rosto do seu filho quando você gritou com ele pela última vez. Tenho certeza de que o seu pequeno rebento travou uma batalha interna para entender o que estava acontecendo com ele, e por que a afetou tanto o fato de o braço do transformer não dobrar como ele queria.

E você, perdendo sua paciência, disse a ele para parar de gritar. E para isso levantou sua voz também. Enquanto ele esperneou no chão e jogou longe o boneco quebrado, você ficou ainda mais furiosa ao dizer a ele que não iria ganhar nem mais um único brinquedo novo.

E então você se perguntou: Por que eu gritei com meu filho? E abraçando sua criança interior, fazendo as pazes com ela, você se aproximou de seu filho para pedir perdão. Nunca é tarde demais para isso, mas você certamente pode canalizar essa raiva e direcioná-la com palavras doces para algo positivo; algo que beneficia seu filho.

Gritar com eles é uma perda de tempo

Gritar com crianças e adolescentes pode desencadear sérios problemas comportamentais, assim como sintomas de depressão.

Enquanto isso, os especialistas dizem que gritar com as crianças pode ser tão negativo quanto espancá-las fisicamente. Joseph Shrand, um instrutor de psiquiatria da Harvard Medical School, diz que as crianças que recebem gritos de seus pais ouvem menos as instruções. O sistema límbico é ativado no cérebro de crianças recebem gritos, o que desencadeia uma resposta de luta ou fuga.

Quando você grita com uma criança, você afeta sua saúde

Pesquisas mostram que, independentemente do contexto, gritar com as crianças torna-as mais agressivas, as assusta e tira sua autoconfiança.

Se os gritos são acompanhados por insultos, a carga negativa será muito pior, e isso pode afetar a saúde emocional da criança a curto e longo prazo. Quando você grita com uma criança, está prejudicando sua autoestima, tornando-a vulnerável no futuro a qualquer tipo de abuso físico e emocional.

Eu comprovei

Há momentos em que simplesmente não posso evitar. E acabo mandando fazerem as coisas através de gritos. E é justamente nesses momentos que meus filhos se esforçam menos, e os objetivos que eu espero não se cumprem. Por outro lado, quando peço coisas com calma, meus filhos não apenas ouvem, mas tentam me agradar

E, embora muitas vezes eu pense que gritar é a única maneira que tenho de ser ouvida, então eu percebo que meus filhos não obedecem mais quando eu grito, mas sim quando reforço seu comportamento positivo e peço as coisas de uma maneira mais agradável.

Ou seja, é melhor dizer “Filho, eu sei que você é bom nisso. Você poderia empilhar esses cubos? ” Em vez de dizer “você é desorganizado, organize já isso!”

Tente estas três palavras

Quem nunca gritou com seus filhos na vida? Todas as mães e pais já fizeram isso. Somos humanos e muitas vezes não sabemos como lidar com nossas próprias emoções.

Mas há algo que você pode fazer para parar de gritar com eles. Primeiro, escute seu coração de menina e lembre-se de como se sentiu quando sua mãe ou pai gritaram com você. Então, respire e implore paciência ao Senhor. E finalmente, tente três palavras mágicas:

“Posso ajudar você?”

Abaixe-se de modo a ficar na altura dos olhos do seu filho, e então diga-lhe essas palavras ao sentir que seu filho perdeu o controle. Assim, você estará dizendo a ele que quer ajudá-lo a controlar suas emoções, a amarrar os cadarços ou fazer algo funcionar.

Você está dizendo a ele que entende, que está ali para entender o que está acontecendo e que ele pode contar com você. Então se ele continuar zangado e frustrado, ainda assim saberá que tem o seu apoio.

Depois de um tempo você verá como ele aceita sua ajuda. Isso não significa que você sempre fará as coisas para ele. Mas oferecer ajuda o estimula a lidar com os próprios sentimentos, o que ele ainda não sabe muito bem como fazer.

Outras formas de ajudar, sem gritar

Além de oferecer aquelas palavras mágicas que confortarão seu filho, você pode tentar outras alternativas. O que você deve ter certeza é que gritar e insultar nunca é o caminho.

– Diga a ele que você compreende e que quer ajudá-lo

– Mostre-lhe seu mau comportamento, mas falando com calma

– Fale com seu filho quando ambos estiverem calmos

-Não ameace ou castigue, mas mostre as consequências

-Se ele é muito pequeno, distraia-o com outra coisa; gritar com ele não vai ajudar em nada

Nunca é tarde demais para pedir perdão

Se você já gritou demais ou simplesmente não consegue parar de fazê-lo, pode recorrer à melhor estratégia de cura: o perdão. Pedir perdão a nossos filhos é algo que a nova geração de pais temos a sorte de estar internalizando.

Não tenha vergonha de pedir perdão. Se você gritou com eles, peça desculpas de coração e explique que você também erra. Mas não pare de mostrar os erros deles.

O cérebro de uma criança é tão moldável quanto seu coração. Ensine-as com o seu exemplo. Abrace suas emoções para que elas as abracem e sejam livres. E que a única vez que você tenha que gritar com elas é para dizer “eu te amo!”.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original En vez de gritarles a tus hijos, prueba con estas tres palabras

Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.