Entenda por que a Páscoa deveria ser ainda mais importante que o Natal para os cristãos
Se Jesus Cristo não tivesse conseguido completar sua missão, o Plano de Deus teria sido frustrado e estaríamos todos perdidos para sempre. Leia para entender por quê.
Erika Strassburger
O Natal, sem dúvida, é o evento mais amado e celebrado no mundo cristão. Cristãos de todas as religiões, cada comunidade religiosa à sua própria maneira, comemoramo nascimento do Messias prometido, o Filho de Deus, o Salvador do mundo. E muitos daqueles que não são cristãos acabam desfrutando também desse doce espírito que invade todos os lugares no mês de dezembro.
Se você ama o Natal assim como eu, gostaria que considerasse também – caso ainda não considere – a imensa importância da Páscoa cristã. Para ajudá-lo, gostaria de fazer algumas considerações:
A Páscoa comemorada no Velho testamento era um símbolo e preparação para a verdadeira Páscoa que estaria por vir
O evento que deu origem à primeira Páscoa foi a libertação do povo de Israel pelo Senhor, quando, como a última das dez pragas prenunciadas por Moisés, o anjo destruidor passou pelo Egito e matou os primigênitos daquela terra, poupando a vida dos primogênitos entre os israelitas.
Para que os primogênitos fossem poupados da morte, o povo de Israel deveria, entre outras coisas, matar cordeiros machos, de um ano e sem mácula, e passar seu sangue nas vigas e umbrais das portas. “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; e vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”, disse o Senhor a Moisés.
Daí em diante, instruídos pelo Senhor, o povo de Israel passou a comemorar a Páscoa, ou Pessach, em lembrança da época em que o anjo destruidor passou por suas casas e libertou-os dos egípcios.
O Cordeiro sem mácula
Os cordeiros sem mácula foram um símbolo do Cordeiro de Deus, Jesus cristo, que nunca foi maculado pelo pecado, cujo sacrifício expiatório foi responsável pela redenção da humanidade. Cristo verteu seu sangue precioso no jardim do Getsêmani, quando “seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão” (Lucas 22:44) e através de suas chagas, quando pregado na cruz.
A Páscoa Cristã
Mais do que um evento comemorativo, a verdadeira Páscoa significa a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o que possibilitou que toda a humanidade pudesse ser salva das garras da morte. Isso ocorre de duas maneiras:
Salvação da morte física
Após sofrer e morrer por nossos pecados, Jesus voltou à vida por meio de um evento conhecido como ressurreição. (1 Coríntios 15:4)
Ressurreição é a reunião definitiva do espírito com o corpo físico. Ou seja, o espírito e o corpo nunca mais irão se separar e a pessoa será imortal. Cristo rompeu as cadeias da morte, não apenas para Si mesmo, mas para todos os que já viveram, vivem e viverão nesta Terra até o fim de seus dias. (1 Cor. 15:20–22)
Salvação da morte espiritual
Morte espiritual significa o afastamento de Deus devido ao pecado. Cristo rompeu esse abismo entre nós e o Pai Celestial. Graças à sua Expiação, podemos receber a remissão de nossos pecados e ser purificados por meio da fé Nele, do arrependimento e da obediência aos Seus mandamentos e ordenanças.
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (Atos dos Apóstolos 2:38)
O que teria sido de nós se Jesus Cristo não tivesse efetuado a Expiação?
Se Jesus Cristo não tivesse conseguido completar sua missão, o Plano de Deus teria sido frustrado e estaríamos todos perdidos para sempre. Não poderíamos ressuscitar (salvação física) e não teríamos a possibilidade de nos arrepender e sermos purificados para voltar à presença de Deus (salvação espiritual), pois nos faltaria um Salvador para que isso tivesse validade. Toda ordenança salvadora, como o batismo, é feita em nome de Jesus Cristo e tem validade graças à Sua Expiação.
A Páscoa é ainda mais importante que o Natal
Embora a chegada do infante Jesus ao mundo seja motivo de júbilo e grande alegria, devido a tudo o que Ele representa e que viria a fazer por nós na mortalidade, sua Expiação – que engloba Seu sofrimento pelos pecados da humanidade, o derramamento de Seu sangue, Sua morte e ressurreição – é o ápice de sua missão, é a vitória tão aguardada e necessária, e que definiria nosso destino eterno.
Somos imensamente gratos por Cristo ter se oferecido voluntariamente para ser o nosso Salvador. Por Ele ter decido beber a taça amarga e não recuar.
Agora, cabe a nós Lhe sermos obedientes para, assim, podermos usufruir ao máximo tudo o que, através de Sua expiação, Ele pode nos proporcionar. A salvação física é uma dádiva gratuita, a salvação espiritual requer comprometimento e fidelidade da nossa parte.
“Se fizeres o bem, sim, e te conservares fiel até o fim, serás salvo no reino de Deus, o que é o maior de todos os dons de Deus; porque não há dom maior que o da salvação.”