Fé e ação = Felicidade genuína
Veja como a fé e as obras estão diretamente relacionadas e como são fundamentais para alcançar a felicidade genuína.
Erika Strassburger
Um dos trechos bíblicos que mais gosto se encontra no capítulo 2 de Tiago, especialmente do versiculo 14 em diante. Tiago arrazoa sobre a ligação fundamental entre fé e obras. Ele diz:
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?
E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”
No dicionário
on-line, a primeira definição de obra é esta: “O que resulta do trabalho ou da ação”.
A verdadeira fé está diretamente relacionada à ação. É uma fé prática. Sem essa fé prática não há felicidade verdadeira, pois de que adianta crermos que algo seja bom se não o seguimos ou praticamos?
Alguém poderia querer rebater a visão de Tiago com um trecho da carta de Paulo escrito aos efésios:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;”
Há contradição entre os dois autores? Não, não há. O que Paulo está querendo dizer é que mesmo que uma pessoa tivesse as maiores obras (boas ações) possíveis, sem fé ela não seria salva. E só seremos merecedores da graça divina, por meio da fé prática.
Entenda o conceito de Graça:
“O poder de Deus que possibilita aos homens e mulheres alcançarem bênçãos nesta vida e a vida eterna e exaltação após haverem exercido fé, após se haverem arrependido e feito tudo ao seu alcance para guardar os mandamentos. Tal auxílio ou fortalecimento divino é concedido pela misericórdia e amor de Deus.”
A fé prática (fé + ação) é essencial para a felicidade genuína. A verdadeira felicidade ou alegria provém de um viver digno, de obedecer aos mandamentos de Deus. O propósito da vida mortal é justamente este, que todos tenham alegria.
Para aqueles que nada ou pouco fizeram até agora para demonstrar a sua fé, saibam que Deus está aguardando que um primeiro passo seja dado. Ele os ama e quer mostrar-lhes Seu amor. Como um Pai legítimo, Ele está disposto a perdoar seus pecados, caso:
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Reconheçam seus erros.
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Sintam-se mal por terem errado.
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Busquem corrigir seus erros da melhor forma possível.
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Comprometam-se a mudar de vida, a rejeitar o mal.
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E passem a guardar Seus mandamentos.
Esses são os passos do arrependimento sincero. Sem arrependimento sincero não há felicidade genuína. E a fé prática é essencial para conseguir o arrependimento. Precisamos exercer fé no poder curador de Cristo e agira fim de obter o perdão para nossos pecados.
Exercer fé no Senhor e seguir Seus mandamentos são atitudes fundamentais para alcançar a felicidade genuína. Mas alguém poderia dizer: “Sou tão diferente de fulano e de cicrano, como posso seguir os mesmos padrões de comportamento? E minha personalidade, cultura, a forma como fui criado – não contam?”
Eu diria a essa pessoa o mesmo que foi dito por Henry B. Eyring:
“O Pai Celestial fez cada um de nós inigualável. Não há dois de nós que tenham exatamente as mesmas experiências de vida. (…) Mas um amoroso Pai Celestial estabeleceu o mesmo caminho da felicidade para todos os Seus filhos. Sejam quais forem nossas características ou experiências pessoais, há um único plano de felicidade. Esse plano é seguir todos os mandamentos de Deus.”
Essa visão pode ser complementada pelas palavras de George Q. Cannon:
“Não há nenhum de nós por quem Deus não exerceu Seu amor. Não há nenhum de nós por quem Ele não Se tenha preocupado e expressado Seu carinho. Não há nenhum de nós que Ele não tenha desejado salvar, e para quem não tenha planejado meios para salvar. Não há nenhum de nós a quem Ele não tenha encarregado Seus anjos de cuidar. Podemos ser insignificantes e desprezíveis a nossos próprios olhos, e à vista de outros, mas a verdade é que somos filhos de Deus, e que Ele realmente nos enviou Seus anjos — seres invisíveis de força e poder — encarregando-os de cuidar de nós, zelar por nós e guardar-nos.”
Nenhum amor é tão grande quanto o que nosso Pai Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo, sentem por nós. Eles querem que sejamos felizes nesta jornada mortal. Eles querem nos abençoar. Por isso, foram estabelecidas leis para cumprirmos. E somente através da fé prática estaremos dispostos a obedecer essas leis. Se o fizermos, teremos como recompensa a felicidade que tanto almejamos, principalmente no mundo vindouro.