Mãe sozinha: Ensinando um menino a ser um bom pai sem ter um pai por perto

O desafio da educação assumindo toda a responsabilidade. Importante ter um referencial masculino. Filhos de mães "solteiras" não são necessariamente mais problemáticos que os de pais casados.

Márcia Diniz

Educar: Um desafio

A educação dos filhos em si já é um grande desafio. Mas quando se exerce a dupla função de pai e mãe ao mesmo tempo é ainda mais desafiante, porque você está sozinha nessa jornada.

A dúvida sobre a formação do seu filho sempre existirá, mas não deixa de ser positiva, porque faz com que sempre estejamos avaliando nossas atitudes e procurando melhorá-las quando necessário.

Dividir responsabilidades

É difícil não ter alguém no cotidiano com quem se possa dividir as responsabilidades e os papéis tradicionais que o pai e a mãe exercem dentro de uma família. Mas por outro lado, ter um pai não significa que seja um bom pai. Neste caso, tendo um pai muito rígido e exigente, o filho pode não desenvolver a sua autoconfiança, acarretando assim um medo em crescer para não decepcionar o seu pai; tornando-se eternamente dependente da aprovação deste. Existe também o pai permissivo, que não estabelece regras, não impõe os limites, este também está agindo de forma negativa. Interferindo na construção da autoconfiança. Costumo brincar que esses pais são uma mistura de Papai Noel com Peter Pan. Lamentavelmente são exemplos muito comuns dentro das famílias.

Referencial masculino

Quando pensamos na imagem que o menino faz do pai, vem sempre em mente aquela do pai herói, protetor e aventureiro, o que sempre estará lá para protegê-lo.

Mas o importante é que seu filho tenha um referencial masculino na família, pode ser o avô, o tio, ou até algum amigo ou conhecido que seja um bom exemplo para você e ele. As crianças buscam rapidamente um modelo a seguir que transmita as necessidades que sentem com a ausência do pai. Neste caso, a mãe deve esclarecer, que o seu pai sempre será seu pai. Mas deve também mostrar as qualidades do seu avô, seu tio; enfim, deste homem que será o modelo masculino.

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A mãe muitas das vezes consegue sozinha definir com muito sucesso os limites para seu filho.

Filhos saudáveis emocionalmente

É cada vez mais comum dentro da nossa sociedade ver pais separados, mães solteiras ou que criam sozinhas seus filhos. Uma família tradicional, com pais casados, não garante que as crianças serão saudáveis emocionalmente e se tornarão bons pais. Filhos de mães “solteiras” não são necessariamente mais problemáticos que os de pais casados. A mãe deve administrar a ausência do pai a fim de não prejudicar sua imagem, que é importante na formação do caráter da criança.

Contenção e amor

Conseguindo transmitir ao seu filho valores, bom senso, educação e princípios, ele terá grandes chances de se tornar um bom pai e um ser humano equilibrado e feliz.

Desde que seu filho tenha em casa um ambiente de apoio, de carinho, de amor, com cuidados, segurança e com limites estabelecidos, ele estará desenvolvendo seu caráter, laços afetivos e autoestima, que o ajudarão a ser um bom pai.

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Márcia Diniz

Márcia Diniz é Wellness, Professional & Mental Fitness Coach. Proprietária da MD Coaching em São Paulo. Formada pela Sociedade Brasileira de Coaching, membro do The Inner Game School of Coaching e da ICF.