Nossos Avós: Fontes de Sabedoria

Aprender com as experiências de nossos avós, entender sua visão, honrar suas experiências é aprender sobre nós mesmos e viver a vida em toda sua plenitude.

C. A. Ayres

Não há dúvidas que nossos avós são fontes de sabedoria. Eles passaram por muitas experiências pelas quais ainda não passamos. Muitos viram guerras, recessões, mudanças de governo. Viveram outros costumes, passaram por muitas fases diferentes em outros tempos da história do mundo.

Podemos saber mais sobre nós mesmos quando conhecemos melhor os pais de nossos progenitores, como os criaram e foram criados, suas dificuldades e seus pontos fortes. As histórias de vida são repletas de experiências e podemos aprender muito com eles.

Lembro-me de meus avós maternos. Cresci com eles bem próximos, e passava as tardes com minha avó até que minha mãe me buscasse depois do trabalho. Ela faleceu quando eu tinha apenas 14 anos, mas me deixou um legado de ensinamentos e valores através de sua doçura e força que me ajuda ainda nos dias de hoje.

Dicas de como nos aproximarmos de nossos avós para nosso próprio benefício:

1. Criar oportunidades para a aproximação

Acredito que todos nós chegamos a um ponto de nossas vidas onde gostaríamos de entrevistar nossos avós, como que tirá-los de seus túmulos e tê-los conosco por mais um tempo até obtermos algumas respostas, seja para entendermos nossa história familiar, fazer genealogia, ou apenas perguntar como eles conseguiram passar por aquela experiência, e mesmo curiosidade sobre sua vida de outrora, quando o mundo era totalmente diferente.

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2. Aprender com as experiências de vida

Minha avó materna foi um dos maiores exemplos que eu tive sobre como ser uma mãe exemplar e como cuidar da família. Ela balanceava perfeitamente em meu entendimento, o amor e a disciplina. Estava presente em todas as datas marcantes, respeitava seus filhos, honrava seu esposo, fazia sua parte como esposa e mãe, e conhecia seus herdeiros individualmente.

Meu avô, por sua vez, criava sua própria horta, e tinham tantos vegetais e árvores frutíferas, e ao longo dos anos tivemos criação de galinhas, marrecos, que podia-se assim dizer que eram totalmente autossuficientes, comprando muito pouco do que precisavam.

Seus costumes estão marcados e nós, seus filhos e netos, vivemos de acordo a preservar essas memórias fascinantes, que queremos aplicar com nossas próprias famílias em nossas próprias vidas.

3. Respeitar e honrar os mais velhos

Meus avós completaram sua missão nesta terra, mas há dezenas de avós em torno de nós. Podem ser nossos vizinhos, pais de nossos amigos, ocupantes de um asilo próximo, aposentados que se reúnem nos clubes da Terceira Idade.

Alguns deles talvez tenham netos que ainda não caíram em si e descobriram como precisam desesperadamente do contato com essas fontes de amor, de saber e aprender deles.

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Minha mãe, avó de meu filho, dá um exemplo de vitalidade e juventude, sempre positiva e caridosa, cuidando de todos. Moramos longe mas estamos sempre orando por ela, e ensino meu filho a respeitá-la e preservar as memórias e oportunidades de falar com ela sempre que possível e, do fundo de meu coração, espero sinceramente que ele sempre se lembre de seus grandes exemplos.

4. Visitar e cuidar daqueles que cuidaram de nós

Procure passar algum tempo de forma constante com seus avós se ainda os possui. Pergunte de histórias quando seus pais eram crianças e regisre-as! Pergunte de histórias sobre como era a vida na época em que viveram. Se não possui mais seus avós vivos, lembre-se de seus pais. Eles serão os avós de seus filhos, e honrá-los e reconhecer sua sabedoria também ajudará na memória histórica de sua geração, ou mesmo quando você for um avô ou avó.

Se não temos mais nossos avós, uma boa opção é visitar os asilos mais próximos, vizinhos, pais de nossos amigos e familiares. Muitos deles são velhinhos necessitando de companhia, de carinho, de apenas um pouco de tudo o que já trabalharam para fazer o mundo em que hoje vivemos melhor para nossa e futuras gerações. Eles merecem nosso cuidado e atenção e ouvir suas histórias sempre nos ensinará algo de valor. Abrace muito sempre que puder seus avós. Nunca sabemos quando será a última vez que os veremos nesta vida.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.