“O câncer não vai me controlar, seja qual for o resultado”

O câncer de ovário é um dos mais perigosos que pode acometer uma mulher. Veja os sinais, sintomas e causas de risco.

Viviana Dominguez

Recentemente, o meio artístico foi afetado pelo falecimento de uma das atrizes Mexicanas mais queridas da televisão, a Sra. Edith Gonzalez.  Há três anos, ela sofria de câncer de ovário estágio IV. Apesar de ter lutado com todas as suas garras para vencer essa doença, não foi suficiente; no entanto, deixou a todas as mulheres uma poderosa mensagem de encorajamento e luta “Eu decido, o câncer não vai me controlar, seja qual for o resultado”.

O câncer de ovário é um dos mais perigosos que pode acometer uma mulher, já que não apresenta sintomas detectáveis, e muitas vezes eles são confundidos com outros problemas digestivos rotineiros. Note-se que, quando se fala de câncer do ovário, as áreas das trompas de falópio e peritônio geralmente são incluídas.

De acordo com a Associação Americana do Câncer, 13.980 mulheres morrem por esta doença a cada ano, colocando-o em quinto lugar na lista de doenças que produzem mais número de mortes entre as mulheres.

Os sinais

Os ovários são dois órgãos que desempenham uma função importantíssima no sistema reprodutivo feminino; alojam-se na área da pelve, em cada lado do útero. O câncer de ovário é uma doença em que as células cancerosas crescem no tecido do ovário. Lamentavelmente, não apresenta sintomas durante a fase inicial, e os testes de detecção não asseguram a prevenção nem diminuem as possibilidades de morte da paciente.

Sintomas

– Dor pélvica

– Desejo frequente de urinar

– Sensação de estar cheia depois de comer

– Inchaço abdominal

– Dor de estômago

– Mudanças na menstruação

– Prisão de ventre

– Cansaço

– Dor nas costas

Exames de detecção

Existem três exames de detecção, mas como dissemos, não prometem ser preventivos. Esses exames detectam se há presença de células malignas; a ideia é realizá-los sempre e localizar esse tipo de células com antecipação.

Lembre-se de que esses estudos não asseguram nem diminuem a possibilidade de morte da paciente; além disso os resultados podem ser falsos negativos (mostra que não há câncer de ovário, quando na verdade está presente) ou falso positivos (que mostra que há um câncer quando na verdade não há). Por isso, o melhor é visitar periodicamente o ginecologista, e falar sobre as melhores possibilidades, caso seja detectado.

– Exame Pélvico: realiza-se através de um espéculo que se introduz na vagina, a fim de examinar o colo uterino, o útero, trompas de Falópio, ovários e o reto.

– Ecografia transvaginal: este procedimento se realiza através de um transdutor de ecografia, é usado para examinar o útero, a vagina, a bexiga e as trompas de Falópio.

– Ensaio CA-125: é um procedimento para medir a quantidade de CA-125 (Antígeno câncer -125) que é registrado no sangue. Esse tipo de proteína se apresenta em níveis altos na mulher se houver alguma infecção, e é indicador de um possível câncer de ovário.

Causas de risco

– Sobrepeso: é uma das principais causas associadas a qualquer tipo de câncer.

– Ter feito tratamento de fertilidade: tem-se visto em caso de mulheres que realizaram esse tipo de tratamento um alto índice de risco de apresentar “tumores de baixa malignidade”.

– Terapia hormonal após a menopausa: o risco se concentra nas mulheres que só consumiram “estrogênio”, e não naquelas que consumiram estrogênio e progesterona.

– Envelhecimento: é pouco provável o câncer de ovário em mulheres de até 40 anos. Geralmente esse câncer se apresenta nas mulheres que passaram pela menopausa.

– Ter antecedentes familiares de câncer de ovário ou seio: o risco de ter câncer de ovário aumenta se a mãe, tia ou irmã tiveram ou têm câncer de ovário; o mesmo pode acontecer se um parente próximo apresentou câncer de mama. Se uma pessoa já tiver câncer da mama, a probabilidade de ter câncer de ovário é ainda maior.

– Fumar: ssta prática aumenta o risco de câncer de ovário.

Sabe-se também que existem causas não definidas para o risco de câncer do ovário. Por exemplo, o talco em pó, já que as partículas de pó presente nos absorventes higiênicos podem chegar aos ovários, através da vagina, útero e trompas de Falópio.

Por outro lado, a alimentação: estima-se que as mulheres que consomem mais verduras apresentam um nível muito baixo de possibilidades de apresentar um câncer de ovário, ao contrário daquelas que consomem muitos produtos ricos em gorduras.

Prevenção

Lamentavelmente, também não há muitas formas de se prevenir. Pelo menos três fatores podem ser mencionados como prevenção: que a mulher tenha amamentado, usado pílulas contraceptivas ou ligado as trompas de Falópio, e, por último, que a mulher tenha engravidado antes de 26 anos de idade.

Conclusão

Espero que este artigo possa ajudar a compreender a importância de estar informada e realizar visitas periódicas ao ginecologista, conversar sobre o assunto e ver quais são as melhores possibilidades para cada caso em particular. Lembre-se de que é melhor prevenir do que “a vida lhe surpreender”.   

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original “El cáncer no me va a controlar, sea cual sea el resultado”