O perigo da cafeína que o seu médico quer que você conheça
Quais são as doses exatas daquele cafezinho que podem estar me afetando? E aqueles refrigerantes podem realmente prejudicar a saúde? Confira esta pesquisa que irá fazer você refletir sobre seus hábitos.
Cibele Carvalho
Assim como outras bebidas, tais como refrigerantes, adoçantes e especialmente a coca-cola, a cafeína consumida através do café, por grande parte da população brasileira, vem sido objeto de vários estudos científicos relacionados à saúde do corpo. Muitos desses estudos podem não ter um embasamento verdadeiramente científico, ou seja, podem ser mascarados.
Visando ajudar a você, nosso caro leitor, buscamos pesquisas com sério embasamento científico, e comprovadas através de históricos médicos com pacientes, referente aos resultados maléficos que podem causar o excesso de cafeína em seu organismo. Confira:
Qual a quantidade diária considerada como fator de risco?
Segundo o Parecer Científico sobre a cafeína, realizado pela Comissão Europeia de Saúde e Segurança Alimentar, a cafeína, substância essa presente em vários alimentos do nosso dia a dia, tais como: café, chás, refrigerantes e chocolates é consumida em excesso em diversos países do mundo.
O relatório médico realizado pelos cientistas confirmou que: Para indivíduos com até 60 kg, o ideal a ser consumido seria de 0,5 litros dessa substância, ou seja, o equivalente a 0,24mg por kg (160 mg por dia); já para indivíduos com até 30 kg ou menos o ideal seria de 5,3 mg diária.
O parecer também avaliou a quantidade existente de cafeína nos alimentos citados, revelando que: Bebidas feitas de cola (latas) contém até 213 mg de cafeína; chás com cafeína revelaram um teor de 190 mg da substância; os níveis nos cafés são de 340; e os níveis de chocolates de 41 mg; ou seja, valores que excedem a quantidade considerada saudável para indivíduos de até 60 kg, a não ser nos chocolates.
Outra informação importantíssima que talvez você não saiba, é que de acordo com o Conselho Europeu dos gêneros alimentícios, a rotulagem dos alimentos (bebidas) que possuem alto teor de cafeína, (maior que 150 mg), devem ser obrigatoriamente informados nos rótulos, uma vez que esse consumo pode ser contraindicado por razões médicas ou hipersensibilidade a essa substância.
Quais as possíveis doenças que a cafeína em excesso pode causar?
A cafeína, xantina alcaloide, encontrada em diversas plantas, especialmente nos grãos de café, atua também como inseticida natural, protegendo diversas plantas de insetos predadores.
Essa substância atinge nossa corrente sanguínea 30 minutos após ser consumida, por essa razão é utilizada em diversos estimulantes, pois atua inibindo a função natural da adenosina, receptores cerebrais que regularizam a atividade do sono e cansaço do corpo.
Estudos recentes mostraram que em alguns indivíduos a cafeína é eliminada mais lentamente, o que aumenta gradativamente os riscos de infarto no miocárdio, por essa razão os médicos recomendam que as mulheres gravidas não utilizem líquidos que contenham cafeína, devido ao fato de que a gestação deixa mais lento o metabolismo.
Devido ao fato da cafeína liberar uma quantidade imediata de cortisol e adrenalina, interfere diretamente no aumento da pressão arterial e nos batimentos cardíacos, que passam a ser acelerados, além de aumentar a produção de ácidos gástricos.
Algumas doenças podem vir a aparecer antes do seu devido tempo, tais como: doenças cardiovasculares; pressão arterial; arritmia; aumento do colesterol total e colesterol LDL (colesterol ruim).
É certo que você pode vir a sofrer dessas doenças por outros motivos, mas se há meios para retardar o sofrimento, precisamos buscá-los.
Os riscos da cafeína para bebês e crianças
Se você acha que os riscos apresentados acima referentes a sua saúde como pessoa adulta podem ser irrelevantes ou despreocupantes, talvez precise começar a questionar os hábitos alimentares que tem ensinado aos seus filhos.
O mesmo parecer da Comissão Europeia de Segurança e Saúde Alimentar, através de pesquisas toxicológicas, constatou que:
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A cafeína, em mulheres grávidas, pode causar retardos no crescimento intrauterino; o aumento de malformações; bem como fendas faciais.
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Após o nascimento, o bebê pode sofrer quedas bruscas de peso corporal, além do aumento de morte súbita em lactantes.
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Em crianças de fase pré-escolar, indicaram maior irritabilidade, nervosismo e ansiedade.
Médicos que realizaram os exames e testes recomendaram que as crianças substituíssem essas bebidas por outras, pois declararam que nelas a exposição e os riscos podiam ser maiores ainda.
Podemos ou não estar sujeitos a esses males, podemos ser pessoas suscetíveis a algumas doenças, mas creio que se pudermos evitar que cheguem a nós e a nossos filhos devemos fazê-lo, afinal, sempre achamos que os assaltos, as mortes, as brigas só vão acontecer com o outro, mas uma hora batem fortemente em nossa porta, e aí como estão nossas defesas?