O que a hipnose pode fazer por você?

Embora estejamos no século XXI, ainda existem muitas pessoas que têm receio de algo tão útil e tão utilizado na vida prática (com outros nomes), como é o caso da hipnose!

Luiz Higino Polito

Num recente artigo que foi publicado, a respeito da Neurociência e os benefícios que ela pode trazer para nós, eu escrevi que a hipnose foi de grande auxílio para ajudar na cura de uma grave depressão que minha esposa teve, entre os anos de 2006 a 2009.

Resolvi então dedicar um espaço aqui para explicar o que é a hipnose, e que tal terapia pode fazer por nós.

A palavra hipnose foi criada por James Braid, médico e pesquisador britânico, e deriva do grego hipnos=sono. Braid acreditava ser a hipnose uma espécie de sono induzido. Mais tarde, quando tal erro foi reconhecido (porque a hipnose não é um tipo de sono, mas sim um estado alterado de consciência), o termo já estava consagrado e assim ficou.

O que vai nos interessar é a hipnose terapêutica, e não aquela hipnose que vemos nos palcos, porque o objetivo é vermos que benefícios podemos obter com essa hipnose terapêutica, denominada Hipnoterapia.

Hipnoterapia

Para quem quiser estudar mais a respeito da história da hipnose, este site traz muitas boas informações. Vou me ater mais na parte prática da hipnoterapia.

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Em primeiro lugar, é importante que se alerte que, assim como qualquer outra terapia, não é apenas a leitura de um artigo como esse que vai tornar alguém habilitado a realizar hipnoterapia. Isso não é uma coisa inofensiva, e se praticada indevidamente, pode trazer prejuízo aos envolvidos.

O ideal para os que desejarem utilizar tal terapia, é procurar algum hipnoterapeuta treinado, pois assim o resultado será muitíssimo mais garantido.

Em que tal terapia pode ser útil?

Em muitas doenças funcionais, ou doenças chamadas de psicossomáticas, tais como, enxaquecas, zumbidos no ouvido, gastrites, roncos, enurese noturna, incontinência urinária, tensão pré-menstrual, impotência psicológica, frigidez, ejaculação precoce, diminuição da libido, urticária e outras doenças de pele devido a fatores emocionais, ansiedade, pânicos, fobias, depressão, bruxismo (ranger os dentes dormindo) etc.

A hipnoterapia pode também ser usada como coadjuvante em todas as especialidades médicas, tais como quando é usada por dentistas, como anestesia, e, é claro, usada por vários psicanalistas e psicólogos como uma ferramenta para seus tratamentos.

Acho importante alertar também que deve-se descartar primeiro qualquer origem orgânica das doenças. Depois de se tratar com os médicos tradicionais, aí sim, pode-se partir para a terapia da hipnoterapia. (Aliás, todo bom hipnoterapeuta fará questão de se certificar disso antes de iniciar seu tratamento).

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Como funciona a hipnoterapia?

Não é segredo nenhum que é o cérebro que comanda o corpo inteiro, todas as suas funções involuntárias, tais como a digestão, a circulação do sangue, o crescimento do cabelo, das unhas e tudo o mais.

Também não é mais segredo que podemos, involuntariamente, causar muitas doenças em nós mesmos, pela maneira errada de pensar. Ódio e mágoa, por exemplo, podem causar úlceras estomacais. Muito estresse pode causar desde queda do cabelo, até impotência psicológica e frigidez.

Leia: A mente e as doenças: até que ponto adoecemos a nós mesmos?

Através de vários métodos de relaxamento, o hipnoterapeuta irá, em suas sessões de tratamento, procurar obter do paciente a sua colaboração no sentido de que o paciente permita ser hipnotizado (porque toda hipnose é auto-hipnose). Uma vez que o paciente esteja num estado de relaxamento o mais profundo possível, o hipnoterapeuta (com a anuência do paciente, que permanece sempre acordado), usará palavras apropriadas para obter uma espécie de “reprogramação” mental, a fim de que determinada doença psicossomática seja debelada.

Ressalto que ninguém pode ser levado, por simples sugestão hipnótica, a fazer coisas contra seu código moral. Na internet circulam inúmeros anúncios de livros a respeito de hipnose para fins não apropriados, tal como para se seduzir alguém. Pessoas altamente sugestionáveis talvez possam ser “levadas no bico” por alguém mal-intencionado (com ou sem o uso da hipnose), mas isso é exceção, e não a regra.

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Hipnose é usada por muita gente

Neste pequeno artigo, não dá para se abordar profundamente o tema da hipnose. Meu objetivo é só aumentar o interesse de quem está procurando algum recurso a mais para se tratar ou tratar alguém, como eu estava procurando, para ajudar a tratar minha esposa da depressão.

Desde que eu aprendi hipnose, lendo muitos livros (dos quais recomendo o “Ajuda-te pela nova auto-hipnose“, de Paul Adams), eu percebo claramente quando alguém está usando hipnose. Pastores bem ou mal-intencionados, publicitários, políticos e tantos outros profissionais usam a hipnose “adoidado“! Só não dizem que é hipnose, mas quem conhece o assunto, percebe claramente o uso das técnicas hipnóticas em seus discursos, palestras, treinamentos e outras atividades.

Para terminar, vou citar um pequeno trecho do livro de Paul Adams, onde ele fala a respeito do subconsciente, que é nossa “casa das máquinas”, ou nosso “sistema operacional”: “…o subconsciente é tão poderoso que, uma vez convencido, pode provocar alterações fisiológicas no corpo“.

O subconsciente pode ser alcançado pela hipnose e auto-hipnose. Não só pode ser alcançado, como ser reeducado e convencido corretamente“.

Usada corretamente, essa terapia pode nos ser de grande ajuda, seja qual for a nossa necessidade.

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Assista: A comovente transformação de menina a mulher após anos de depressão

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!