O que há para o jantar e outras perguntas perigosas
Por volta das 4 da tarde uma típica mãe já respondeu a toneladas de perguntas e tomou milhares de decisões minúsculas. A única decisão que poderia fazê-la desejar se atirar de um penhasco é...
Becky Rickman
Uma vez eu vi uma ilustração da fiação na cabeça de um homem e na cabeça de uma mulher. A cabeça do homem tinha um fio e uma caixa pequena. O homem apenas removia uma coisa de dentro da caixa e pensava sobre aquilo, deixando o resto de seus pensamentos na caixa. O cérebro da mulher tinha todo um emaranhado de circuitos com fiação tão densa que você não poderia encontrar um fim. Luzes piscavam e desligavam, e havia sinais numéricos em contagem regressiva. Havia também um sinal de néon grande piscando no meio de tudo isso com uma simples palavra sobre ela: NÃO.
Para se ter uma ideia, aqui está uma amostra das decisões que as mães devem fazer todos os dias:
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Levanto da cama como eu deveria, ou finjo que estou doente?
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Posso apenas jogar um spray antiodor nas roupas de ginástica da Stephanie, dobrá-las e fingir que as lavei?
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Os livros da biblioteca têm que ser devolvidos. Devo tentar devolvê-los hoje, ou pago as multas depois?
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Devo tentar chegar à padaria antes de todo mundo se levantar para comprar leite, ou quebrar o galho com leite em pó?
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Devo punir Alvin por não terminar o seu resumo do livro ou devo ajudá-lo com isso?
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Devo ser direta e perguntar ao meu marido se ele ainda me ama como quando nos casamos, ou supor que se ele não me amasse mais, ele me diria isso?
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Devo ir checar esse cheiro estranho no porão, ou fingir que não sinto nada?
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Devemos comprar um carro novo, ou manter a carcaça velha?
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Faço os meninos limparem seu quarto, ou faço isso eu mesma para me poupar do drama?
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Devo perguntar a Penny como estão as coisas com o namorado?
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Eu sou uma mãe ruim porque comemos fora duas noites esta semana? Podemos sobreviver com apenas mais uma vez?
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Devo comer essa barra de chocolate ou me segurar até deixar as crianças na escola?
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Posso me safar mentindo que estarei ocupada, para não ter que receber minha sogra essa noite?
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Essas são as perguntas que ela faz a si mesma antes de sequer de abrir os olhos.
Os pensamentos, dúvidas, dilemas, e tomadas de decisões continuam durante todo o dia, dia após dia, e às vezes não silenciam quando elas fecham os olhos à noite.
Não compartilho isso com vocês a título de informação. Eu sei que os pais são provavelmente conscientes de tudo isso. Eu o faço para compartilhar um segredo com vocês. Depois de um dia cheio de responder a perguntas como:
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Por que o céu é azul?
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Quantas moedas têm em uma hora?
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Por que o umbigo de João é para fora?
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De onde vem o leite com chocolate?
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O que é um testículo?
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Por que o meu cabelo é loiro?
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Devo ir ao baile com Pedro, que me pediu primeiro ou com Sam, que é com quem eu prefiro ir?
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Por que eu não consigo fazer amigos?
A última coisa que ela quer responder é: “O que tem para o jantar?” Esta questão diária universal deixa as mulheres de todos os lugares querendo escapar para fora de sua pele, fugir com o circo, saltar de um penhasco, ou ansiar por alguma doença terminal.
Eu não sei sobre outras mulheres, mas eu acho que seria uma mudança tão refrescante ouvir: “Mãe, você gostaria de fazer um pouco desse delicioso atum de caçarola que eu adoro?”.
Cozinhar seria quase nada se alguém apenas tomasse essa decisão por mim. Então, senhoras, me digam se vocês concordam. Se sim, imprimam este artigo e colem na porta da geladeira. Quem sabe? Talvez seja uma decisão a menos que vocês terão que tomar todos os dias.
_Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original What’s for dinner and other dangerous inquiries.