O que há por trás das rupturas durante o trabalho de parto: o que toda mulher deve saber

Ela teve um parto vaginal e sofreu uma ruptura de quarto grau, isso destruiu sua saúde, seu casamento e autoestima. TUDO o que você precisa saber para que isso não aconteça com você.

Adriana Acosta Bujan

Ter um bebê por parto vaginal ou natural é maravilhoso! Entre as vantagens estão:  a recuperação mais rápida, o tempo de internação que varia de um a dois dias; clinicamente falando, a mãe perde metade do sangue que se perde na cesárea, mantém os níveis de açúcar e fornece oxigênio para a placenta, entre outros.

Sem dúvida, uma experiência fantástica, mas como tudo, sempre há riscos, como as rupturas perineais. A Organização Mundial da Saúde estima que 1% a 8% das mulheres experimentam uma ruptura perineal de terceiro grau (no esfíncter anal) ou uma ruptura de quarto grau (mucosa retal) durante o parto vaginal. Tudo isso, devido a frequentes partos com fórceps e episiotomia (corte entre vagina e ânus).

Sofrer uma ruptura perineal traz muitas consequências tanto físicas quanto psicológicas para algumas mulheres. Como é a história compartilhada pela BBC, de uma mulher que, em um parto vaginal, sofreu uma ruptura de quarto grau, que destruiu sua saúde, seu casamento e sua autoestima.

A história é chocante, a mulher visitou muitas vezes os médicos, para poder se curar completamente seis anos, após ter dado à luz seu filho Kaiden.

Complicações

Durante o parto, Debbie Armstrong sofreu uma ruptura entre a área vaginal e o ânus, e também se detectou um corte no intestino. A lesão danificou seu esfíncter anal, causando a atividade nula deste. Felizmente, ela foi submetida a uma cirurgia reparadora.

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Sua vida mudou de repente

Os médicos tiveram que realizar uma colostomia (uma abertura na parede abdominal), com o objetivo de ajudá-la a urinar e defecar, sem desconforto e dor. Debbie sofre psicologicamente conforme explicado ao programa de televisão: “Se tiver que sair de casa, sempre carrego uma muda de roupa. E quando chego a um lugar, sempre localizo o banheiro mais próximo”.

O relacionamento com o marido terminou no ano em que seu filho nasceu, devido a complicações nas relações íntimas. Em razão de toda dor e sofrimento, ela tem baixa autoestima, não tem vontade de se cuidar, sair de casa e socializar.

A ajuda terapêutica é importante para curar completamente o estado de ânimo de Debbie e de outras mulheres que passam por uma situação semelhante.

O que as mulheres devem saber?

É comum os médicos optarem por realizar uma episiotomia para facilitar a expulsão do bebê e evitar rupturas vaginais. No entanto, o Congresso Americano de Obstetras e outros especialistas refutam essa prática, não tendo nenhuma evidência de qualquer proteção ao tecido vaginal e ao músculo do assoalho pélvico, causando problemas e infecções.

A episiotomia é séria; as mulheres perdem mais sangue durante o parto, sentem dores durante a recuperação e têm que esperar mais tempo para o sexo.

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Qual é a causa?

As lesões por ruptura geralmente ocorrem quando a cabeça do bebê é muito grande ou quando vem de nádegas e saem primeiros os pés. Também quando o parto ocorre rapidamente sem que o períneo tenha tempo para se alongar.

Tratamentos

Uma cirurgia pode reparar o períneo após uma episiotomia ou ruptura. Até mesmo uma massagem perineal e exercícios de Kegel (contrair músculos pélvicos) são recomendados para evitar que os tecidos se rompam.

Discutir essas questões com o especialista dará tranquilidade à futura mãe. Cuide da sua saúde e desfrute da maternidade.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Lo que hay detrás de los desgarros de parto: Lo que toda mujer DEBE conocer

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Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.