O que ninguém quer admitir sobre o início de uma relação de casal
Uma nova relação pode ser um desafio, mas também uma boa aventura a se viver.
Erika Otero Romero
Começar uma nova relação pode parecer, em primeira instância, algo simples. Que problema pode haver? Gostamos um do outro, o que mais poderíamos querer?
Comecemos pelo óbvio. São duas pessoas que compartilham um sentimento, mas que são completamente diferentes. A convivência será complicada se não estiverem dispostos a ceder, dar e receber. No entanto, isso está diretamente relacionado à capacidade que ambos tenham de deixar de lado o egoísmo.
Todos sabemos que cada relação amorosa tem seus problemas. A diferença entre os casais que se entendem bem e os que não conseguem é que os primeiros estavam dispostos a ceder. É necessário que ambas as partes o façam, se desejam que as coisas corram de maneira suave.
A boa nova é que, ao aprender a resolver as diferenças, a convivência se faz mais fácil e feliz.
Áreas em que os novos casais apresentam problemas
São vários os aspectos em que as relações recentes apresentam inconvenientes, são eles:
Adaptação a uma nova realidade
Partamos do princípio de que ambas as partes podem vir de ambientes diferentes. Alguns vieram de conviver com os pais, outros talvez viveram com outros parceiros ou amigos, alguns outros de viverem sozinhos. Como haja sido, a situação é que se adaptar à mudança pode ser difícil para algumas pessoas.
Digamos que você tenha vivido sozinho. Uma pessoa que vive de maneira independente pode achar um pouco chocante que seu parceiro “fiscalize” sua rotina.
Então, terão que se ajustar às rotinas mútuas se quiserem passar tempo juntos. Algo que também vai acontecer é a distribuição de tarefas e responsabilidades. Ou seja, a convivência será uma grande mudança à qual devem adaptar-se. Também terão que aprender a negociar, se é que desejam ir longe na relação.
O aprendizado da comunicação efetiva
Saber escutar é uma arte que muitos desconhecem.
Uma comunicação efetiva é que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso das relações. Se você é dessas pessoas que falam sem parar, deverá aprender a escutar.
É vital que as partes interiorizem que a comunicação é uma via de mão dupla, no entanto, às vezes as pessoas esquecem disso.
Quando você se torna o “dono da palavra” o que acontece é que seu parceiro se cansa emocionalmente. Não é ruim falar de diferentes temas, mas é vital que a conversa vá em dois sentidos, de outra maneira não haverá qualquer tipo de conexão.
Além disso, saber expressar de maneira direta o que gosta ou incomoda na relação facilita muito a convivência.
Saber falar e escutar também é fundamental para aprender a resolver os problemas que se apresentarem.
Não busque alguém para “preencher” seus vazios
É certo que, muitas vezes, as pessoas buscam ter um par que preencha seus vazios. No entanto, em longo prazo pode se tornar contraproducente para a pessoa e para o casal.
Antes de ter alguém, o que você deve fazer é aprender a viver consigo mesmo. Quando conseguir se aceitar como é, com seus prós e contras, poderá aceitar mais fácil as diferenças do seu amor.
Quando se busca o amor e se consegue, o que você deve fazer é ficar feliz e pronto para sentir-se pleno. É como se ambos fossem duas partes de um todo e não o complemento.
Agora, um novo parceiro jamais deve cumprir o papel de “tapa buracos”, isso é um erro grave. Com isso, você só estará usando o outro, algo completamente egoísta.
Não tem sentido buscar um parceiro para não se sentir sozinho. Pior ainda se você busca alguém para ser feliz. Ninguém deve ser responsável pela felicidade de outra pessoa.
Tampouco se deve depositar sobre o outro falsas expectativas, esperar que a outra pessoa atenda tais expectativas é péssimo para a relação. Afinal, ninguém tem a obrigação de lhe satisfazer ou realizar seus sonhos. Essa responsabilidade é somente sua.
Pretender que seu parceiro preencha seus vazios emocionais, que lhe dê o amor que seus pais não deram ou que “pague” pelo mal que um ex lhe fez, é prejudicial.
Ninguém tem a responsabilidade de solucionar nossos conflitos internos, esse dever é apenas nosso.
A boa convivência é um desafio diário
Esta é uma grande verdade. Haverá dias que as coisas serão mais fáceis entre os dois, outros não vão querer ver a cara um do outro. No entanto, esse foi o caminho que ambos escolheram, então, é uma responsabilidade dos dois aprender a compartilhar tempo juntos, de outra maneira, estarão destinados ao fracasso.
É questão de aprender a viver um dia de cada vez, de solucionar um problema por vez.
Se ambos sentem que precisam de ajuda, busquem um bom terapeuta de casais, não é necessário estar à beira do divórcio para buscar orientação de alguém que lhes ajude a compartilhar tempo juntos.
Lembrem-se de que nem tudo na convivência diária são responsabilidades e obrigações. Busquem momentos de diversão e relaxamento de qualidade que lhes façam felizes.
Viver juntos é certamente um desafio, mas é um desafio que vale a pena se ambos se amam e se respeitam.
Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Lo que nadie quiere admitir sobre el inicio de una relación de pareja