O que todos os casais precisam saber sobre as finanças antes do casamento
Não basta juntar as escovas de dentes. É muito importante decidir os assuntos financeiros antes do matrimônio.
Michele Coronetti
As expectativas antes do casamento sempre são as melhores. Antes do casamento, cada um cuida e administra suas finanças de forma peculiar. Porém, ao unir-se com outra pessoa tudo mudará. Tendo em mente que problemas financeiros são uma das principais causas de divórcio, conversar abertamente sobre o que se espera como casal é a melhor opção.
A fim de evitar brigas no dia da conversa é interessante criar um ambiente agradável e falar com cautela para que nenhum dos dois se exalte e realmente consigam definir como será sua vida financeira após o matrimônio.
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Decidir juntos qual dos regimes de bens será o mais adequado ao casal: comunhão total de bens (todos os bens anteriores e os que serão adquiridos pertencem igualmente a ambos) – neste caso há a necessidade de um documento provando os bens adquiridos antes do casamento; comunhão parcial de bens (somente os adquiridos no futuro serão de ambos – heranças não serão divididas) ou separação total de bens (nenhum bem adquirido antes ou depois do casamento será dividido). Este último pede um pacto antenupcial em cartório.
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Um acordo nupcial onde estão listados os bens que cada um tem, reconhecido em cartório e com testemunhas não é algo de outro mundo. Pode evitar contendas e problemas pós-nupciais.
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Enquanto os dois estiverem trabalhando fora, como será dividida a renda? Tudo o que entrar será contabilizado ou apenas parte para a família e parte para o indivíduo? Esta decisão evita acusações como “você gasta todo o dinheiro com você” ou “você não ajuda nada com as responsabilidades financeiras da casa”.
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Como irão poupar para emergências e para viagens ou aquisição de bens? Será uma porcentagem fixa de cada um? Onde guardarão este recurso, na conta de quem?
Metas são mais bem alcançadas quando há empenho de ambos.
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Haverá conta conjunta? Cartões de crédito em comum? Quem administrará as compras e controle da conta-corrente? Quais critérios de compras a prazo serão mantidos pelo casal? Algumas pessoas não gostam de comprar a crédito. Será que um dos noivos é deste tipo? Tratando a entrada de ambos como um caixa da residência fica muito mais fácil o controle e visualização.
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Haverá um orçamento para gastos previsíveis? Quando um valor é estabelecido fica muito mais fácil poupar e realizar os sonhos do casal.
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Em caso de desemprego ou necessidade, o que farão? A quem recorrerão? Ao estabelecer logo essas deliberações, muito estresse futuro será evitado, mesmo que nunca venha a precisar.
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O comportamento financeiro é muito individual. O casamento não une duas pessoas e suas coisas, ele torna a vida do casal algo compartilhado, onde serão um em decisões, sejam elas financeiras ou não.