Os 10 erros mais comuns e graves que os pais cometem
Os filhos são a semente do que somos, e o amor e a educação que lhes damos são o adubo para que essa semente germine como o melhor dos frutos.
Yordanka Pérez Giraldo
Algo está acontecendo atualmente, pois os filhos já não se preocupam que seus pais se sintam orgulhosos deles; e não são casos isolados, se assim fosse, seria lógico pensar que é culpa desses pais em particular. Mas, diante de tantos casos, a lógica convida a pensar que é um tema social e não de uma família.
Algo que perdemos em nível global afeta a educação que estamos dando a nossos filhos. A delinquência juvenil não é coisa de um país. Nos cinco continentes, os jovens agem da mesma maneira, não respeitam os mais velhos, não ajudam nas suas casas, não estudam ou apenas o fazem para passar, são violentos, evitam as responsabilidades, e os modos brilham – pela sua ausência.
Não sou muito de usar frases que façam alusão a temas religiosos, mas recordo uma frase que dizia minha bisavó e que creio servir para o que quero ressaltar. Ela dizia que “o diabo não nasceu diabo, assim como o ladrão não nasceu ladrão”. Não acho que as gerações atuais tragam o DNA danificado e que por isso atuem diferente, o que acredito é que somos nós, os pais, que estamos dando uma educação deficiente que resulta em jovens mal-educados.
Compartilho aqui o que, a meu entender, estamos fazendo mal:
1. Demasiada liberdade
Se não pusermos limites nos comportamentos, então os nossos filhos crescerão sem eles e sem nenhuma ideia de onde terminam os seus direitos e começam os direitos dos outros.
2. Reforçar funções prejudiciais
Por exemplo, os homens estão proibidos de mostrar suas emoções, enquanto educamos as meninas na ideia de que por serem mulheres, são fracas. Homens e mulheres são perfeitos e podemos ser mulheres e ser capazes, ou ser homens e ser sensíveis. A ideia é que sejam seres humanos respeitosos consigo mesmos, com seus semelhantes, e com seu entorno.
3. Evitamos que se sintam confortáveis com eles mesmos
O que quero dizer é que, na maior parte do tempo, desaprovamos os nossos filhos, em vez de os fazer sentir felizes e à vontade na própria pele.
4. Nós nos confundimos e os confundimos com as demonstrações de amor
Acreditamos que dar amor é dar presentes, quando dar amor é dar tempo, ser empáticos, é estar lá para eles, ser leais, valorizá-los, aceitá-los, orientá-los, torná-los responsáveis, comprometidos e educá-los com valores.
5. Não ouvimos os nossos filhos
Como pais, sentimos que é nosso dever não nos enganarmos; por conseguinte, somos incapazes de dar espaço a outras opiniões ou perspectivas, especialmente se vêm dos nossos filhos, o que cria um abismo entre eles e nós.
6. Fazemos acreditar que merecem tudo
Na realidade, devemos ensinar-lhes que as coisas são merecidas; que, se querem a nossa confiança, conquistá-la dependerá de quão capazes são de cumprir o que prometem, de respeitar a palavra empenhada e de cumprir os compromissos. O seu respeito vai corresponder ao quanto lhe respeitam e assim por diante.
7. Não nos envolvemos em suas vidas
Isto é muito comum: hoje em dia não sabemos o nome dos nossos vizinhos, muito menos o nome dos amigos dos nossos filhos: para onde vão, o que fazem no seu tempo livre, etc. E com isso demonstramos que não nos importamos e que está tudo bem.
8. Repreendemos com crueldade ou, ao contrário, não repreendemos nada
Ambas as coisas nos fazem perder o objetivo de educar nossos filhos. O castigo excessivo quebrará sua vontade e caráter; enquanto que a falta de castigo os educará na ideia de que as consequências não se aplicam a eles.
9. Tempo livre sem supervisão ou objetivo
Não é o mesmo o menino que em seu tempo livre lê, aprende a nadar, a desenhar, a ajudar, e o menino que em seu tempo livre está sozinho e sem que a sua mente seja estimulada.
10. Usar chantagem ou suborno para que façam as coisas
Se habituarmos os nossos filhos a dar-lhes algo para que cumpram os seus deveres, o resultado é que não vão querer fazer nada se não receberem um benefício em troca.
Todas as crianças do mundo nascem com a capacidade de amar, de se tornar a melhor versão possível de si mesmas. São as circunstâncias de vida, a forma como os educamos, os encorajamos, os inspiramos o que na maioria dos casos faz a diferença. E você, que diferença está fazendo na vida dos seus filhos?
Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Los 10 errores más comunes y graves que comenten los padres