Os 10 mandamentos do consumidor consciente
O consumo consciente vai além de simplesmente gastar menos do que ganha.
Sandro A Correa
A maioria de nós sabe a regra básica de como ser um consumidor consciente: “Gaste menos de tudo o que você ganha e poupe mais de tudo o que você economiza”. O grande segredo não é necessariamente economizar o máximo, mas sim, acrescentar uma avaliação rigorosa daquilo que estamos consumindo, a sustentabilidade em relação ao meio ambiente e, principalmente, terminar o mês com crédito na conta, evitando ao máximo dívidas desnecessárias.
Muitos podem pensar que se ganhassem mais, poupariam mais. Muitas vezes, a desculpa sempre é a mesma: “Eu ganho pouco, e meus custos são muito altos para manter meu padrão.” A grande verdade é que, se ganhassem mais, gastariam mais também, pois isso faz parte da educação recebida quanto ao consumo consciente e da disciplina financeira adquirida.
O problema pode estar até mesmo antes do indivíduo ter consciência de como gastar o dinheiro, porque não o foi ensinado. Ele tem em mente unicamente manter o padrão. Mas afinal de contas: “Qual é o padrão, e quem determinou isso?”. Pode ter sido a forma como ele viveu financeiramente, tendo de tudo durante todos os anos na casa de seus pais, ou também pode estar associado ao padrão elevado de vida dos seus amigos ou parentes.
Porém, a resposta correta sobre quem determina um padrão de vida financeiro seria: ninguém. Ou seja, o próprio indivíduo impõe sua escravidão ou liberdade financeira. Viver um padrão acima da realidade de acordo com o que se ganha, na maioria das vezes, é por conta do egoísmo, da inveja e da própria vaidade, e não por necessidade.
O desejo de ter aquilo que não pode, por conta da aparência e da satisfação de mostrar a outros — e por que não dizer ostentar? — a fim de exacerbar uma superioridade fictícia em relação a seu próximo, torna-o ridículo. E mais do que isso, torna-o escravo financeiro das dívidas que contraiu por conta do padrão financeiro difícil de sustentar que você mesmo determinou.
Na maioria das vezes, o consumidor consciente adquiriu o hábito já na sua infância, sendo ensinado por seus pais a agir de forma precavida, responsável e sustentável, independentemente da situação financeira em comparação a de seus pais, amigos ou parentes.
Vejamos os 10 mandamentos do consumidor consciente:
1. Anote tudo o que você gasta
É muito mais fácil priorizar aquilo que você gasta, quando se tem tudo anotado em uma planilha.
2. Corte gastos desnecessários
Com todos os dados em mãos, você simplifica a forma de visualizar aquilo que é desnecessário.
3. Faça listas do que comprar
A lista lhe dá o direito de verificar o que é ou não prioridade naquele momento.
4. Faça metas
Talvez, não possa comprar ou consumir aquilo que deseja neste momento, mas com as metas é fácil estipular um prazo.
5. Faça planos
Planejamento a curto e longo prazo é essencial na vida de um consumidor consciente. Não é pecado ter tudo do bom e do melhor, mas para isso terá que planejar a forma como irá gastar seus rendimentos.
6. Avalie a qualidade dos produtos
Aquilo que parece ser bom para você e para o meio ambiente, muitas vezes não é. Avalie sempre as empresas dos produtos que está adquirindo.
7. Tenha postura econômica
Avalie a situação no futuro em relação aos seus filhos, netos e à própria sociedade, economize água e energia elétrica.
8. Avalie financiamentos a longo prazo
Algumas dívidas são necessárias, como a compra da casa própria, fora isso, todas as outras compras podem ser avaliadas.
9. Faça melhor uso do meio ambiente
Recicle tudo o que puder reciclar. Assim, estará contribuindo com a saúde do meio ambiente e ajudando na geração de empregos.
10. Evite o desperdício
Utilize recursos naturais que estão a nossa disposição, não compre mais do que o necessário, evitando assim o desperdício de alimentos.
Mudar de padrão requer uma avaliação profunda de seus valores, disciplina e, principalmente, identificar o que é mais importante na sua vida: as aparências ou a liberdade de saber viver com aquilo que se ganha de forma simples e honesta.
Com certeza, podemos viver e desfrutar daquilo que é bom, caro e confortável, desde que o padrão financeiro o permita. Lembrando sempre de ter uma atitude de consumo consciente e sustentável, pensando mais no próximo, deixando o egoísmo, a inveja e a ostentação de lado. De forma humilde, é possível fazer uma sociedade melhor.