Os casais felizes também discutem, mas isso os diferencia dos demais

Os casais podem viver em harmonia sempre, desde que estejam dispostos a fazer tudo para viver em paz e felizes.

Erika Otero Romero

É normal que os casais tenham problemas e discutam. A grande diferença entre os que são felizes e os que fracassam é que os primeiros sabem resolver os problemas.

Os problemas devem ser vistos como uma oportunidade para crescer, no entanto, muitos os veem como um grande obstáculo que impede o progresso. Isso acontece tanto em nível pessoal como de casal.

Quando uma pessoa tem um problema e sabe superá-lo, sai mais forte e sábia, o mesmo acontece com os casamentos.

Antigamente era mais habitual que os casais estivessem dispostos a encontrar soluções para seus problemas, não se davam por vencidos tão facilmente. A situação é muito diferente agora; as pessoas são um pouco mais intolerantes com os erros e defeitos de seus cônjuges. Isso faz com que muitas uniões não passem dos 5 anos, no máximo.

É claro que existem situações impossíveis de conciliação dentro de algumas relações, isso é algo que não vou discutir. Não é bom sequer considerar a ideia de suportar uma situação violenta e de humilhações constantes. Para que haja uma boa convivência e compreensão, deve haver respeito, esta é a base de toda boa relação humana.

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Aclarado este ponto, a seguir você encontrará as discussões mais comuns que todo casal estável tem:

1. Redes Sociais

Este é um passatempo que rouba muito tempo tanto dos solteiros quanto dos casados. Não há nada de mal em desfrutar um pouco as redes sociais, mas deve haver um limite.

O justo é que haja um consenso para saber o quanto é “saudável” estar on-line. Além disso, também é justo que ambos saibam o quanto podem compartilhar de suas vidas privadas.

É justo que façam um acordo antes que se apresente um problema insolúvel. A razão é que para algumas pessoas é normal publicar muito da sua vida íntima, já para outros, não.

É questão de respeito mútuo, por isso, se seu cônjuge diz que não quer que a vida íntima de vocês seja exposta, respeite.

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2. Visitas de sogros ou cunhados

Não se pode negar que seu cônjuge muitas vezes não se dá bem com seus pais ou irmãos. Isso pode fazer com que uma visita inesperada não seja bem vista.

Para evitar isso, o recomendado é assegurar-se de que as partes acharão uma solução aos mal-entendidos. De outra maneira, a situação pode assemelhar-se a uma batalha campal se tiverem temperamento forte. Você, em meio ao seu cônjuge, seus pais ou irmãos, vendo-se obrigado (a) a escolher, não é, nem de longe, uma boa situação.

Se a situação é complexa a ponto de brigarem cada vez que se veem, o melhor é manter as partes separadas. Isso pelo seu próprio bem e o de suas relações com ambas as partes.

Lembre-se de falar com seu parceiro sobre os limites que devem existir entre a família de cada um e sua relação mais importante. É sabido que muitas sogras e irmãos gostam de opinar sobre a relação além do que é saudável.

A paz e harmonia em seu casamento deve ser prioridade. Quando sua família ou de seu parceiro se forem, só ficarão vocês dois para enfrentar os problemas. Por isso é melhor evitar.

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De todas as maneiras, isso é algo que vocês devem conversar para saber o ponto de vista de cada um.

3. Tarefas domésticas

Antes era habitual que as mulheres fossem as encarregadas do trabalho doméstico e não trabalhassem fora. No entanto, as coisas são muito diferentes hoje em dia.

Quando se toma a decisão de uma vida a dois, este é um dos assuntos que deve ser abordado o mais rápido possível.

Falar disso e saber dividir as responsabilidades de casa evita mal-entendidos e os ajuda a se organizarem melhor.

É melhor tratar esse tema de maneira clara. A questão é que pode acontecer de seu parceiro se negar a fazer sua parte. Saber de antemão se ambos estão dispostos a cumprir sua parte evitará dificuldades maiores.

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4. Ex-parceiro

Pode parecer insólito, mas acontece mais vezes do que se crê que seja possível. Às vezes, há pessoas que não aceitam o rompimento e perseguem seus ex-parceiros. Fazem isso talvez com intuitos egoístas de que não sejam felizes ou que estejam mal emocionalmente.

Seja qual for a situação, isso é delicado e o melhor é falar claramente com seu atual parceiro para que fique claro que você não tem nenhum tipo de intenções para com seu ex-cônjuge.

Também é importante assegurar-se de que seu ex-parceiro saiba claramente que você não o quer mais em sua vida, nem como amigo. As coisas faladas claramente podem evitar muitos problemas.

Se as coisas forem se complicando, como ele ou ela começar a perseguir você ou seu cônjuge e se sintam ameaçados, é melhor pensarem em uma denúncia policial. Melhor prevenir que lamentar.

5. Falta de tempo para estarem juntos

Muitos casais apresentam problemas por falta de tempo para estar juntos.

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Se começam a apresentar dificuldades nesse aspecto, ambos terão que aprender a organizar seus horários. Não se trata de estar juntos 24/7, mas de que os momentos em que estejam juntos tenham qualidade e não sejam interrompidos.

Compartilhar tempo é alimento para o amor e é necessário para melhorar a convivência.

6. O mau humor do outro

Todos passamos por momentos onde nosso humor se nubla. É normal passar por maus momentos, o que não é justo é descontar seu mal-estar em seu cônjuge.

É certo que as atitudes mudam quando se está de mau humor. Algumas pessoas se distanciam, outras não querem falar do que acontece, enquanto outros preferem se afastar do parceiro. Grave erro.

As pessoas devem aprender a separar uma coisa de outra, além disso, é justo que se acostumem a falar do que lhes incomoda sem ofender o cônjuge.

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Também é justo que se um precisa de espaço, peça-o sem medo. Muitas pessoas gostam de ficar sozinhas para pensar e se acalmar. Então peça ao seu parceiro que respeite seu espaço e lhe dê um tempo. É seu direito. Ademais, evita muitos inconvenientes.

O último item que quero dizer é que também se pode ter uma relação amorosa feliz. É questão de saber negociar e encontrar o meio termo que beneficie a ambos. Toda relação deveria ser levada dessa maneira.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Las parejas felices también discuten, pero esto las diferencia de las demás

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.