Os cristãos devem ser ferrenhos defensores das liberdades individuais por estas 2 razões
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” (Evelyn Beatrice Hall)
Erika Strassburger
Muito se tem debatido sobre liberdades individuais em nosso país, ultimamente. Mas em que a restrição da liberdade em outros âmbitos, que não sejam religiosos, poderia afetar os cristãos? Por que os cristão devem ser defensores ferrenhos das liberdades individuais?
As duas razões abaixo são mais que suficientes àquele que se diz cristão fiel:
1. A liberdade é um privilégio concedido por Deus
O arbítrio é um privilégio concedido por Deus desde sempre. Quando colocou nossos primeiros pais no Eden, o Senhor lhes disse: “De toda árvore do jardim comerás livremente” (Gên. 2:16). Em seguida, advertiu contra as consequências de comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal.
O Senhor poderia muito bem não ter colocado aquela árvore lá ou ter proibido que eles circulassem onde a árvore estava, se sua intenção fosse impedir que eles comessem seu fruto. Mas existia um propósito nisso. Adão e Eva exerceram seu arbítrio e comeram.
Outro exemplo bíblico de direito à liberdade de escolha foi expresso pelo profeta Josué, quando disse ao povo: “escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor“.
Deus nunca forçou as pessoas a seguirem-No, tampouco restringiu a liberdade do povo de adorar deuses pagãos. E olha que estamos falando de um Ser Onipotente! Desde o início, Ele tem enviado profetas para ensinar o que é certo às pessoas e fazer advertências sobre as consequências das más escolhas. Mas, mesmo sendo Deus, nunca impediu-os de usar o arbítrio. Enviou o próprio Filho, Jesus Cristo, que nos fez inúmeros convites, como o “vinde a mim” – sempre em tom de convite, nunca de imposição.
2. Qualquer restrição à liberdade de expressão pode afetar a expressão da fé
Seja pela razão que for, se um grupo é impedido de manifestar seus pensamentos e opiniões, isso abre um precedente sem igual, pois pode atingir qualquer pessoa ou grupo, principalmente os religiosos.
Os cristãos – assim como outros grupos religiosos – já experimentaram ao longo da história o que é não poder adorar seu Deus livremente. Ainda hoje há perseguição religiosa em alguns países. Precisamos usar todos os recursos legais que temos para impedir que isso ocorra também conosco. Começando por empunhar a bandeira em defesa das liberdades religiosa, de ir e vir, de expressão e opinião.
O verdadeiro defensor da liberdade de expressão defende o direito de qualquer cidadão, concorde com ele ou não, de expressar suas ideias. O verdadeiro Cristão, por amor a Deus e gratidão pelo dom do arbítrio, defende o direito até mesmo do ateu de não crer e expressar sua descrença.
A liberdade deve vir acompanhada de responsabilidade
Sabemos que, ao violar os mandamentos de Deus, colheremos amargas consequências, assim como violar uma lei do país implica consequências previstas na própria lei. As leis – celestiais e terrenas – existem justamente para proteger as liberdades individuais, além de estipular penas para as transgressões.
As consequências de se violar os mandamento de Deus estão previstas nas escrituras sagradas, enquanto as penas pela violação das leis do país estão previstas na Constituição. Essa é a regra.
Somos abençoados por termos nascido em um país e em uma época em que as liberdades religiosa, de expressão, de ir e vir são asseguradas pela Constituição. Não podemos perder isso!
Que, como bons cristãos que somos, possamos fazer valer esse direito, seja por nós mesmos ou por quem quer que seja. Nosso lema deve ser:
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” (Evelyn Beatrice Hall)
Leia também: Esta é a arma mais poderosa contra a “Cristofobia”. Você está usando-a?