Os oito ventos: Como se tornar uma pessoa melhor
A partir do momento em que tratamos a nós mesmos com gentileza, nos tornamos aptos a ajudar o outro. Veja como é fácil. Bastam algumas simples mudanças.
Fernanda Ferrari Trida
Talvez o leitor ache o título deste artigo intrigante e por isso comece a lê-lo. Talvez tenha conhecimento do que sejam os “oito ventos” e queira se aprofundar mais um pouquinho no tema. Talvez leia este texto somente por curiosidade. Seja qual for seu motivo, espero que as palavras aqui escritas sejam capazes de fazê-lo parar para refletir sobre nosso papel na sociedade e no mundo.
Segundo este livro, os “oito ventos” são: lucro, prejuízo, difamação, fama, elogio, repreensão, sofrimento e alegria. Todos eles vêm e vão, por isso são ventos. Assim, perguntamos por que essas condições deveriam ser causa de satisfação ou de insatisfação, já que são impermanentes.
Não precisamos tomar essas palavras como um dogma, basta aplicá-las aos nossos atos cotidianos sempre que quisermos, como uma forma de experimento, e nossa vida se torna um pouco menos pesarosa, menos difícil de ser levada, pois as expectativas ficam cada vez menores.
Veja como é simples fazer isso:
1. Cuide de suas palavras e ações
Sermos cuidadosos com nossas palavras e também controlarmos nossas atitudes é compreender que nosso entendimento acerca do que nos está sendo apresentado pode estar errado e lembrar que cada um tem um caminho para o aprendizado. Portanto, se nos decidirmos a falar ou agir, que o façamos com a máxima compaixão.
2. Seja paciente ante os insultos
Difícil não é? Não, se pensarmos que o insulto é uma afronta ao falso senso de individualidade. Jesus não afirmou que somos todos irmãos? Todos iguais perante Deus? Tolerar insultos não é sinal de fraqueza ou timidez, mas demonstração de compaixão. Afinal, o problema é inerente àquele que insulta e não ao que é insultado.
3. Cuide do corpo
Nosso corpo é nosso templo. Precisamos mantê-lo saudável se quisermos mantê-lo vivo. Para tanto, descanso adequado, exercício adequado e alimentação adequada são necessários. Os excessos: deixe-os.
4. Não se enraiveça
A raiva é o pior dos sentimentos, pois corrói o corpo e a mente, gerando pensamentos, palavras e ações vãs e ásperas. Controlar a ira é duro inicialmente, pois exige força e paciência. Muitas vezes, nos perguntamos: “Mas como posso não ter raiva dessa pessoa ou dessa situação? Olha só o que está acontecendo?”. Com o tempo, passamos a ver o ocorrido de forma diferente e a raiva desaparece.
5. Controle seus desejos
Quando aprendemos a nos sentir satisfeitos com o que temos e com o que somos, sem desejar mais e mais, nos tornamos gratos pelo tempo presente e extinguimos as frustrações.
Lembre-se que viver em sociedade é experimentar os mais variados graus de desenvolvimento espiritual e mental. Não há porque desejar que as pessoas tenham as reações que desejamos, as respostas que procuramos e as atitudes que buscamos. Fiemo-nos em nós mesmos para que possamos encontrar no outro um amigo verdadeiro.