Pare de odiar seu corpo: A melhor dieta de todas!
Eu acho que tropecei no maior plano de dieta jamais concebido...
Seth Adam Smith
Este artigo foi originalmente publicado no blog “On a literal odissey” e republicado aqui com permissão do autor, traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger.
Acredito ter encontrado o melhor plano para emagrecer de todos os tempos.
(“Vitruvian Man” de Leonardo Da Vinci)
No ensino médio, eu estava acima do peso – e várias colegas gostavam de apontar isso… E rir de mim por isso. Lembro-me de chegar em casa da escola um dia, subir para o meu quarto e chorar na minha cama.
Quando minha mãe me perguntou o que havia de errado, eu disse a ela o que algumas das crianças tinham dito. Ela fez o que pôde para me consolar, mas levei um longo tempo para me recuperar do ocorrido. Eu estava dolorosamente envergonhada do meu corpo, e me ressentia do fato de ter que carregá-lo comigo.
Você mulher que se mira tristemente no espelho, minha experiência não é única. Vivemos em uma cultura que odeia o corpo. Não acredita em mim? Olhe ao seu redor. Nós estabelecemos padrões insustentáveis de beleza física e alistamos modelos para representá-los. Em seguida, entupimos essas modelos em óleos e maquiagem, as colocamos sob as luzes “favoráveis”, e as photoshopamos no esquecimento.
Tomamos essas imagens enganosas e as publicamos para o mundo, insinuando que essas mentiras não são apenas desejáveis, mas também “a norma.” Por que você não é assim? Por que você não é esta beleza?
Não é possível atingir este nível ficcional e irreal de beleza e perfeição, nós desprezamos e destruímos nossos próprios corpos. E o fazemos em uma série de maneiras. Concentramo-nos em nossas imperfeições físicas e tentamos removê-las ou vencê-las através de exercícios excessivos.
Se isso não funciona, então tentamos anestesiar os nossos sentimentos de inadequação através de vícios que incluem sexo, drogas, álcool, perfeccionismo, jogo, jogos, comer demais, trabalhar, limpar, fazer compras, e dormir.
De alguma forma você vê isso, vivemos uma cultura onde é muito desconfortável estar em sua própria pele. Valorizamos o julgamento e escrutínio de outros mais do que valorizamos a criação maravilhosa que é o nosso próprio corpo.
Li recentemente Aprendizagem de Leonardo da Vinci, um livro notável que traz um olhar em profundidade sobre os esboços e notas do célebre pintor Leonardo da Vinci. Enquanto lia o livro, fiquei profundamente impressionado com o fascínio de Leonardo pelo corpo humano. Fazendo uma leitura dinâmica através de seus desenhos, pode-se dizer que Leonardo tinha um profundo amor e reverência pela vida. Na verdade, ele mesmo disse certa vez: “Não deixe sua raiva ou maldade destruir uma vida – pois de fato, aquele que não se valoriza, não se merece.”
É a malícia de nossa cultura em relação a nossos corpos destruir nossa alegria de viver? Será que a nossa raiva e desprezo pela nossa própria imagem destroem a nossa felicidade?
Vejo pessoas que perdem seu tempo e energia, a própria essência da vida, obcecadas com a imagem corporal e dieta, ou com musculação e exercício, ou com tornozelos grossos e distância entre as coxas.
Seu corpo não foi feito para ser tratado como um objeto para os outros examinarem. É para ser estimado como o instrumento mais incrível e mais avançado que você tem para perceber o mundo. A vida é muito mais do que aquilo que vemos com os nossos olhos, mas nós gastamos tanto tempo concentrados em nós mesmos que podemos muito bem estar dormindo. John Patrick Shanley escreveu que “Apenas algumas pessoas estão acordadas e vivem em um estado constante de assombro total.”
Você se lembra de quando éramos crianças? (Você sabe, antes da escola e todo esse absurdo.) Nós amamos a vida. AMAMOS! Cada momento da vida foi uma aventura absolutamente espantosa. Natação? Incrível. Misturar cores? Incrível. Saltar em uma pilha de folhas? Incrível. Acariciar um cachorro? Incrível! Tocando um inseto? INCRÍVEL!!
Nessa idade, as crianças não se preocupam com o que os outros pensam sobre elas, e por que deveriam? A natureza é tão incrível! E se a natureza é tão surpreendente e seus corpos vêm da natureza, então o que dizer sobre eles? Na verdade, a maioria das crianças persegue a vida com tanto zelo e energia que nunca precisa se preocupar com dieta e exercício.
Eu acho que há uma correlação direta entre o nosso amor pela vida e o amor por nós mesmos.
Eu acredito que quanto mais respeitamos, valorizamos e amamos a vida ao nosso redor, mais iremos respeitar, valorizar e amar a nós mesmos (e a nossos corpos). E quanto mais valorizamos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor, mais seremos capazes de alcançar.
(“Head of a Young Woman” de Leonardo Da Vinci)
Leonardo da Vinci é um exemplo fenomenal. Esse homem amava a vida! Seu fascínio interminável pela vida foi tanto infantil quanto genial. Como resultado direto do seu amor pela vida, as coisas que ele foi capaz de realizar com a sua própria vida são de tirar o fôlego. Ele era um pintor, um escultor, um inventor, um arquiteto, um cartógrafo, um botânico, um matemático, um engenheiro, um geólogo e muito mais!
No entanto, em sua busca para compreender a vida, ele aprendeu esta verdade fundamental:
“… E se isso, [o corpo], parece-te maravilhosamente construído, lembra-te que isso não é nada em comparação à alma que habita essa estrutura; por que, de fato, seja ela qual for, é algo divino.”
Por favor, pare de odiar seu corpo. Ele não só é uma ferramenta incrível para perceber o mundo, mas também é a morada de algo divino. Você é uma criação maravilhosamente bela e única que nasceu para alcançar grandes coisas. Quanto mais cedo você perceber isso mais cedo vai acordar para a vida gloriosa que está ao seu redor.