Pavor de ficar sem celular é um distúrbio e apresenta estes 6 sintomas
Se você sente agonia quando se afasta do celular, talvez esteja com nomofobia. Continue lendo para identificar os sintomas e descobrir como fazer um detox.
Camila Gómez
Com a chegada, nas últimas décadas, de dispositivos tecnológicos, como smartphones, tablets, laptops, smart TVs, entre outros, novos fenômenos começaram a surgir paralelamente. Um deles é o que hoje chamamos de nomofobia (pavor de ficar sem celular).
As pessoas que sofrem desse distúrbio apresentam os seguintes sintomas:
1. Medo extremo de sair de casa sem o celular
Se a pessoa for convidada a ir a um lugar onde não é permitido o uso do celular, ela tende a recusar o convite. E se aceita, acaba experimentando uma sensação muito desagradável por estar desconectada, sente-se sozinha, em desvantagem em relação aos seus pares, desprotegida, vulnerável e isolada “do mundo”. São todos sentimentos relacionados a síndrome de abstinência.
2. Verificar as notificações o tempo todo
É impossível para elas não verificar novas mensagens, postagens, comentários, vídeos, reações a seus posts etc.
3. Evitar a todo custo ficar sem dados móveis e bateria
Bateria descarregada na metade do dia e o término dos dados móveis ou a impossibilidade de se conectar a um wi-fi desencadeia ansiedade nelas. Em razão disso, elas sempre levam consigo um carregador, estão sempre atentas ao saldo de dados móveis ou frequentam lugares com acesso ao wi-fi.
4. Não desgrudar do celular
Ficar longe do aparelho é algo impensável, e somente a ideia de perder o celular ou ficar sem sinal torna uma catástrofe. Isso também gera ansiedade.
5. Dificuldade para se concentrar nas tarefas diárias
Muitos passam a negligenciar suas obrigações para ter mais tempo para usar o celular. Procrastinar as atividades e não conversar com as pessoas à sua volta passa a se tornar algo comum.
6. Tornar-se fanático por redes sociais
A interação simultânea com quem você quiser gera uma sensação de segurança. Por esse motivo, elas parecem se relacionar melhor com pessoas que estão do outro lado da tela do que pessoalmente.
Mas o que fazer se nos deparamos com alguém com esses sintomas ou nós mesmos os experimentarmos? Algumas dicas para mudar são:
Procurar ajuda profissional se não conseguir lidar com a situação
Depois de reconhecer que o celular está vencendo a batalha, é preciso buscar a ajuda de um psicólogo, que irá dar as orientações necessárias para ligar com essa fobia.
Usar outros tipos de ajuda para se lembrar dos afazeres
Se você acha que não vai conseguir se lembrar de tudo o que tem que fazer depois de iniciar um “jejum” de celular, é hora de começar a tirar a poeira do seu relógio, comprar post-its, calendário, agenda ou qualquer material que o ajude a se lembrar de seus afazeres.
Desconectar a internet de seu aparelho ao fazer tarefas importantes
Isso é fundamental para para focar melhor as atividades que requerem concentração durante o dia, como estudar, reuniões de trabalho, refeições, conversas em família, dirigir o carro etc.
Reduzir o tempo de uso da internet
Esta deve ser uma mudança gradual. À medida que os dias passarem, você pode reduzir cada vez mais seu tempo on-line. Uma ideia é começar reduzindo 30 minutos. Aos poucos, você irá a perceber uma mudança na sua rotina.
Sair em família sem celular
Para evitar a tentação de olhar constantemente para notificações diferentes. Deixe seu celular em casa ou certifique-se de que alguém o guarde para você enquanto estiver fora.
É importante não deixar a tecnologia dominar sua vida, mas utilizá-la como parte dela; transformá-la em ajuda em vez de se deixar escravizar por ela. E não permita que ela o afaste das pessoas que você ama.
Que a tecnologia a que você tem acesso seja uma ferramenta útil, uma aliada que possa aproximar você dos seus objetivos pessoais e familiares. Comece a aproveitar a vida fora da tela!
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Disfruta la vida fuera de la pantalla del celular