Pessoas infelizes têm esses 7 hábitos mentais
Ser feliz é uma decisão que se toma de forma consciente. Você está pronto para assumir o controle de sua vida?

Erika Otero Romero
Estamos todos em constante busca da felicidade. O interessante é que a felicidade em si é um conceito diferente para todos. Ou seja, o que o faz feliz provavelmente não vai me fazer feliz, e tudo bem.
A felicidade para algumas pessoas é representada por ficar rico e famoso; no entanto, para outros, pode ser uma questão de paz de espírito. Algumas outras pessoas buscam sua felicidade formando uma família. Qualquer objetivo que lhe traga felicidade, está bem.
Alcançar a felicidade é fruto dos nossos hábitos e da visão que temos da vida. Se você for uma pessoa honesta e disciplinada, certamente alcançará seus objetivos mais rapidamente do que se não fosse. O caminho para seus objetivos também é medido pela capacidade de manter o foco no que você deseja. Uma pessoa dispersa, que vai de um lugar para outro deixando suas metas parcialmente cumpridas, raramente alcançará seu objetivo.
Agora, o que é interessante sobre isso é que o conceito de infelicidade tem um significado comum. Todos sabemos que somos infelizes quando não alcançamos o que nos propusemos a fazer.
Conviver com uma pessoa infeliz é muito complicado. Torna-se difícil relacionar e trabalhar com ela porque se distancia de tudo e de todos. O pior é que esse estado pega a gente de surpresa.
Infelicidade, assim como a felicidade , é o resultado de hábitos de pensamento e ação.
Com isso em mente, estes são os hábitos ou costumes que podem nos levar a um estado de infelicidade:
1. Culpar os outros por seu fracasso
Assumir a responsabilidade por nossas ações não é apenas um sinal de maturidade, mas também de consciência.
Uma pessoa infeliz não faz isso. Ela culpa todo mundo por seus erros e fracassos. Além disso, critica constantemente os outros, atribuindo-lhes uma responsabilidade que não lhes corresponde.
Quando essa perspectiva é mudada, a pessoa toma consciência de seus erros e trabalha para conseguir uma mudança de atitude.
2. Reclamar
Infelizmente, é um hábito em que é bastante fácil de cair. Reclamar é se reconhecer repetidamente no papel de vítima. É como se quiséssemos que os outros sentissem pena de nós por causa do nosso infortúnio.
Quando reclamamos, estamos focando apenas em nossos problemas. Em vez de nos tirar das dificuldades, isso nos torna escravos delas. Quando uma pessoa decide (porque tudo é uma decisão) parar de reclamar, sua vida começa a mudar.
Como parar de reclamar? Basta ficar atento. Se você se sentir tentado a reclamar enquanto fala sobre um assunto, pare e diga mentalmente: Calma!
Há também pessoas que carregam um elástico no pulso. Quando sentem vontade de reclamar, dão um puxão e soltam. Dói, mas faz você tomar consciência e se corrigir.
3. Achar-se uma vítima da vida
Podemos escolher ser cocriadores de nosso destino ou sermos vítimas dele. O problema é que é fácil nos vermos como vítimas quando as coisas não saem do nosso jeito ou há obstáculos.
A solução é aprendermos a ver o que esse fracasso ou obstáculo está tentando nos ensinar. Algumas vezes, precisamos apenas de mais entrega ou mudarmos um pouco o curso do caminho; em outras, fazer desse obstáculo um degrau para nos ajudar a atingir o objetivo.
É uma questão de mudar a percepção do que acontece com você. É aprender a ver esses impasses como degraus que o levarão a atingir seu objetivo.
4. Viver no futuro ou no passado é perder o presente
Pessoalmente, é algo que aconteceu comigo. Hoje me arrependo disso, pois há momentos de minha vida que tenho dificuldade de me lembrar. O presente é um presente precioso, porque é o momento certo onde lançamos as bases do nosso futuro.
Se for pensar, o passado é algo que você não pode mais mudar, basta aceitá-lo e aprender. O futuro é incerto. Com isso em mente, você só tem o presente e é aí que você é diretamente responsável por construir ou destruir; essa será sempre escolha sua.
5. Competitividade excessiva
O melhor exemplo que posso dar de competitividade excessiva e infelicidade é a Coreia do Sul.
A Coreia do Sul é reconhecida por ser um país que, em 70 anos, conseguiu ser uma potência mundial. Isso se deve ao esforço conjunto de seus habitantes; pessoas altamente competitivas e uma cultura rigorosa. Tudo “perfeito” até aqui. No entanto, essa competitividade faz com que esse país tenha uma alta taxa de suicídio a nível mundial: 26 para cada 100.000 habitantes ao ano.
“Mas por quê?”, você pode se perguntar. É bem fácil: a grande maioria dos coreanos só pensa em dinheiro, reputação, posição social e em “o que os outros vão dizer”. Esqueceram-se de viver independentemente do que os outros pensem, esqueceram-se de se divertir.
Além disso, há uma pressão enorme sobre os jovens. Tanto os pais quanto a sociedade exigem que eles entrem em uma universidade de prestígio, consigam um bom emprego e se casem “bem”. O que é se casar bem para eles? Bem, com alguém que tem dinheiro.
E o problema é ainda maior, porque muitos pais escolhem os noivos dos filhos. Agora, se o filho escolher, o(a) pretendente deve ser aprovado(a) pelos pais. Se você não passar no “filtro dos pais”, não importa o quanto você ame aquela pessoa, não poderá se casar. Naturalmente, nem todos aceitam isso, querem ser donos do próprio destino. No entanto, se não fizerem o que se espera deles, serão deserdados pela família. Para muitos coreanos não há nada pior do que isso.
Como acabei de dizer, nem todos fazem isso, alguns decidem seguir o próprio caminho. Mas são muito poucos. Se somar isso ao fato de que muitos jovens não conseguem um bom emprego, eles geralmente optam por permanecer solteiros. Aqueles que não suportam a pressão social são os que aumentam as listas de suicídio.
Vale a pena viver assim? Sinceramente, acho que não.
6. Dificuldade de se abrir com as pessoas
Para muitos é vital sentir-se amado, aceito e cercado de pessoas. O problema é que, por causa de experiências passadas, muitas pessoas não conseguem confiar nos outros. Para estabelecer relações tão íntimas, é importante ser capaz de se abrir para os outros; aqueles que são mais desconfiados acham difícil fazê-lo.
Eu não considero infeliz uma pessoa que seja pouco sociável. Sabemos que pessoas assim tendem a ser mais defensivas ao interagir; e ficar alerta para uma possível traição faz com que percam a diversão.
Só posso dizer que ser feliz é uma decisão que tomamos de forma consciente. E todos nós podemos fazê-lo.
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Las personas infelices tienen estos 7 hábitos mentales