Por que os Reis Magos foram tão importantes para Jesus e Sua família
Entenda por que as ofertas dos Reis Magos foram importantes quando José precisou fugir para o Egito com o menino Jesus e Maria.
Erika Strassburger
O Natal é o segundo evento mais significativo da história da humanidade – o primeiro, em minha opinião, é o sacrifício expiatório de Jesus Cristo pela humanidade, o que deu origem à Páscoa cristã. Durante o Natal, o ar está repleto de um sentimento doce e cálido que nos proporciona uma sensação de saciedade espiritual. Claro, isto para quem admite a importância de Jesus Cristo e busca aproximar-se Dele.
Ao lado de Maria e José, o menino Jesus é o foco central da história da natividade. Mas eu gostaria de focar, hoje, em alguns personagens coadjuvantes que foram de extrema importância para a sobrevivência da Sagrada Família.
Havia no oriente alguns homens sábios, conhecidos também como Reis Magos, que não apenas conheciam as profecias sobre o nascimento do Salvador do mundo, como sabiam que um de seus sinais era o surgimento de uma nova e extremamente brilhante estrela no céu. Eles aguardavam ativa e ansiosamente esse acontecimento que mudaria o curso da humanidade.
Quando, enfim, surgiu no céu o sinal do nascimento do Salvador, esses reis empreenderam uma longa viagem para conhecê-lo, prestar-lhe adoração e o presentear.
Dois anos de espera até conhecerem o Salvador
Não sabemos exatamente a distância percorrida pela comitiva nem o tempo exato da viagem, o que sabemos é que, entre os preparativos e a chegada a Belém, eles levaram cerca de dois anos.
Essa informação é obtida em Mateus 2. Quando chegaram em Israel, os reis foram até Herodes para saber onde estava “aquele que é nascido Reis dos Judeus” (vers. 2). Herodes não fazia ideia do que eles estavam falando, então consultou os sacerdotes para que lhe contassem sobre a profecia e em que lugar seria cumprida. E “chamando secretamente os magos, inquiriu-lhes acerca do tempo em que a estrela aparecera.” (vers. 7) Muito irritado porque eles não voltaram para contar-lhe onde o menino estava, e temendo perder seu reino para o “Rei dos Judeus”, “mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de idade de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos”. (vers. 16)
“E entrando na casa, acharam o menino… e o adoraram”
Percebam que a visita dos reis não foi no estábulo, mas “na casa”. Eles não viram o “infante”, mas o “menino”. Mais uma evidência de que Jesus era maiorzinho quando chegaram.
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Imagino a emoção que tomou conta desses homem nobres, depois de todo sacrifício da jornada, finalmente puderam conhecer o Salvador. E “prostrando-se, o adoraram e abriram seus tesouros, ofertaram-lhes dádivas”.
O que eles ofertaram foi de extrema importância para o sustento de José e sua família
Com a ordem de extermínio emitida pelo perverso rei Herodes, um anjo apareceu a José em um sonho e disse: “Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga”. (Mateus 2:13)
Sabemos que José era marceneiro, provavelmente tinha sua clientela, ferramentas de trabalho, seu espaço para trabalhar. Teria que fugir às pressas e deixar tudo para traz. Como conseguiria sustentar sua família no Egito durante o tempo em que estivesse lá? Mesmo que trabalhasse no Egito, teria que começar do zero, quanto tempo seria necessário até se restabelecer? E será que seria prudente, mesmo no Egito, ele ficar exposto, sendo que um rei estava à caça de seu enteado?
Mas Deus inspirou esses reis do oriente a dar presentes valiosos – ouro, incenso e mirra – que pudessem assegurar o sustento da família até que o anjo avisasse José que poderia retornar em segurança.
Os reis foram avisados por divina revelação a não voltarem para Herodes
Herodes pediu-lhes que voltassem para lhe contar onde estava o menino para que ele supostamente fosse adorá-Lo também. Obviamente era mentira, pois o que ele queria era tirar do caminho alguém que pudesse ameaçar seu reinado. Portanto, eles foram embora por outro caminho, deixando, como eu disse anteriormente, o rei Herodes furioso.
Eram homens de caráter nobre
Apesar de haver algumas especulações, quase nada se sabe acerca dos reis magos. Mas podemos perceber muita coisa apenas observando a história registrada em Mateus 2:
- Eles conheciam a profecia sobre o nascimento do Salvador;
- Identificaram o sinal de Seu nascimento (estrela);
- Fizeram um sacrifício enorme, uma viagem certamente exaustiva;
- Estavam dispostos a ofertar bens valiosos;
- Eram dignos de receber revelação divina (foram avisados por um anjo a não voltarem a Herodes, mas seguirem por outro caminho);
- Eram obedientes, fazendo aquilo que o anjo lhes pediu.
Sem dúvida, eles tinham uma conexão com Deus.
O Senhor pode nos usar assim com usou os magos para fazer algo importante
Assim como os reis magos, cada um de nós pode servir de instrumento nas mãos de Deus para fazer algo importante na vida de alguém. Talvez não tenhamos fortunas para ofertar, mas podemos prestar serviços, oferecer nosso afeto, nosso tempo e atenção. Podemos compartilhar alimento, roupas, fornecer alimento espiritual. Quando fazemos algo por nosso próximo, é como se estivéssemos fazendo para o Salvador. Pois Ele disse: “Quando o fizestes a um desses pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40)
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O maior de todos os sacrifício certamente foi o de Jesus Cristo. Nada se compara à Expiação. No entanto, podemos ofertar ao Salvador, como presente de aniversário, um pouco de nós para aliviar os fardos e alegrar a vida de alguém.