Psicoterapeuta adverte que os filhos de mães que trabalham fora têm mais problemas mentais

A sociedade de consumo incentiva as mães a saírem cedo demais para o mercado de trabalho,

Fernanda Gonzales Casafús

Para uma criança pequena, não há lugar mais seguro que os braços da mãe. A sociedade de hoje incentiva as mães a voltarem ao trabalho alguns meses depois de terem dado à luz. Muitas mães podem optar por desistir de seu trabalho ou pedir mais tempo de licença, enquanto outras devem retornar e deixar seus bebês por alguns meses na creche ou aos cuidados de outra pessoa, com as consequências negativas que isso implica para a saúde mental do bebê.

A psicoterapeuta Erica Komisar, de Nova York, está dando muito o que falar com suas declarações, de acordo com o Mail Online. Ela argumenta que as mães que trabalham fora estão fazendo com que seus filhos tenham distúrbios mentais no futuro. E antes de julgar, quero que você entenda a posição dela, porque não é nada improvável.

Mães que trabalham “produzem” crianças mentalmente doentes

Quando você assiste ao vídeo completo, percebe a convicção com a qual esta mulher fala. Muitas mães que trabalham fora de casa não concordam com ela, no entanto, o que ela diz não é um mero capricho, mas produto de sua investigação. E existe uma realidade adjacente a tudo isso: os bebês precisam de suas mães, e ninguém pode negar isso.

Segundo o especialista, as mães que voltam a trabalhar muito cedo depois de darem à luz, estão prejudicando a saúde mental de seus filhos. Em um vídeo para o New York Post, Erica Komisar revelou que tem visto um “nível epidêmico de transtornos mentais em crianças muito novas”, que ela atribui à “desvalorização da maternidade na sociedade”.

A autora de “Being There, Why Prioritizing Motherhood in the Three Three Years” explicou que os bebês experimentam uma avalanche de cortisol e muito estresse quando estão longe de suas mães. Ela argumentou que, quando as trabalhadoras voltam para casa à noite, passam apenas 90 minutos com seus bebês antes deles dormirem e então descobrem que eles não dormem a noite toda porque estão ansiosos por atenção.

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“Nossa sociedade diz às mulheres para voltarem ao trabalho e fazerem o que querem, que as crianças vão ficar bem”, explicou. “Mas elas não estão bem”. Referindo-se à pesquisa sobre apego que vem sendo feita desde os anos 1960, Erica diz que a única coisa que reduz o estresse dos bebês é o retorno de suas mães ao lar.

A necessidade da mãe

É fato que os bebês precisam de suas mães. No meu país, a Argentina, as mulheres devem retornar ao trabalho quando o filho ainda não completou 3 meses de idade. Eu vi mães chorando, abaladas pela sensação de ter que deixar seus bebês. Sensação que só uma mãe conhece, porque é quando o instinto animal se faz presente em todo o seu esplendor. Antes de ser mãe, eu dizia que voltaria rapidamente para o trabalho. No entanto, assim que minha filha nasceu, eu não fiz nada além de cuidar dela e suspender as minhas atividades de trabalho por um tempo. Eu ainda acho que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, porque aqui estou dia e noite para meus filhos.

Muitas mães que trabalham fora, que não têm outra escolha, devem rever o tempo que passam com seus bebês, de acordo com a psicoterapeuta. Depois de um exaustivo dia de trabalho, geralmente acontece que seu bebê a quer durante a noite e você tem o dobro de fadiga. E o que o especialista diz é que, se o seu filho não tiver você o dia todo, ele vai querer tentar compensar mais tarde. E nessa hora você deve dar atenção a ele. Muitas mães acham que seus bebês permanecem muito tempo amamentando à noite. Longe de ser um capricho do bebê, é uma tentativa desesperada de estar com sua mãe o maior tempo possível antes de perdê-la novamente pela manhã. “90 minutos por dia não são suficientes para proporcionar segurança emocional às crianças, regular suas emoções e protegê-las do estresse”, diz a psicoterapeuta.

Creches não são a melhor opção

Para Erica, creches e escolinhas não são a melhor opção, já que é um ambiente não natural para um bebê de apenas meses. Ruídos, muitos rostos desconhecidos, exposição a doenças e outros fatores afetam diretamente o bebê que vai para um berçário muito cedo. É claro que existem pais que não têm outra opção, mas se você tiver, melhor rever suas decisões.

Em relação aos bebês pequenos em creches, a terapeuta diz: “Você está pegando um bebê muito pequeno e expondo-o a muito estímulo e muito medo. Quando você os tira do ambiente imediato e os coloca em um grupo com muitos estímulos e muita gente, este deixa de ser o ambiente natural deles ”.

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A desvalorização da maternidade

Esta notícia nos deixa refletindo sobre a maternidade como um valor. Na sociedade de hoje, as mulheres ganharam muito terreno em termos de direitos. É verdade que temos melhores oportunidades do que anos atrás e que hoje as mulheres não têm como único objetivo na vida ser mãe. No entanto, para aquelas que escolhem tais oportunidades, a importância da maternidade é colocada de lado, deslocada por objetivos como um salário melhor, uma posição hierárquica, um corpo magro e trabalhado, e uma vida social ativa. Tudo isso pode acontecer a seu tempo, mas enquanto o bebê precisa da sua mãe, o mais prejudicial para a sociedade é que a ela se afaste do seu filho.

A psicoterapeuta, no entanto, não culpa as mulheres por se sentirem obrigadas a voltar ao trabalho, uma vez que é inegável e claro que o papel da maternidade não é valorizado na sociedade. Ao contrário, a sociedade nos faz sentir desvalorizadas quando optamos por ficar em casa cuidando de nossos filhos, sendo essa a maior contribuição que podemos dar a esta mesma sociedade, porque dessa forma estamos criando pessoas mental e emocionalmente saudáveis.

“A licença maternidade ideal seria de um ano e integral para todas as mulheres de todas as origens”, disse a doutora Erica “Quando damos às mães a opção de estar em casa nos primeiros três anos, aumentamos a segurança emocional da criança e reduzimos os transtornos mentais. Ao nível da sociedade, devemos reconhecer que o trabalho das mães é um trabalho valioso. Enfatizamos o sucesso material e a realização profissional, mas não há trabalho mais valioso ou mais importante que a maternidade “.

Fico com esta frase: “Não há trabalho mais valioso ou mais importante para a sociedade do que a maternidade”. E você, o que acha da conclusão da especialista sobre mães que trabalham fora de casa?

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Psicoterapeuta advierte que los hijos de madres que trabajan fuera de casa tienen más problemas mentales

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Fernanda Gonzales Casafús

Fernanda Gonzalez Casafús é argentina, mãe e formada em jornalismo. Ama os animais, daçar, ler e a vida em família. Escrever sobre a família e a maternidade se tornou sua paixão.