Quem fica bravo perde: 5 conselhos para resolver conflitos em casal

Conflitos entre o casal são inevitáveis, no entanto, podem ser diminuídos quando decidimos não apelar imediatamente ? raiva e decidimos mostrar nosso lado vulnerável. Pois no final, quem fica bravo perde.

Denhi Chaney

Uma vez casados, somos humanos ligados a outro humano imperfeito como nós. É por isso que apesar das melhores intenções, e das tentativas para evitá-lo, o conflito é inevitável entre os casais. Claro que existem níveis de conflito menores a médios, aqueles que se encontram “até nas melhores famílias”, aquele que tem o potencial de deixar feridas que levam muito tempo para serem curadas e que até certo ponto pode destruir relacionamentos. Às vezes sentimos que não podemos evitá-lo, que nossas emoções são como um vulcão e quando já não aguentamos mais, ele explode e a lava está cheia de raiva. No final dessa explosão vulcânica pouco se ganha, pois a triste realidade é que a mensagem que realmente queremos comunicar se perde em meio a gritos e acusações. São nesses momentos que as palavras de nossa mãe ecoam em nossos ouvidos: quem fica bravo perde. E mais uma vez percebemos que ela tinha razão: todos precisamos aprender a controlar a raiva, antes que a raiva nos controle.

É uma verdade simples, porque percebemos que quando ficamos bravos imediatamente nos transformamos em outra pessoa que só tem uma coisa em mente: defender sua posição a qualquer custo, pois afinal de contas, estamos certos. Podemos nos ver como seres pré-históricos incapazes de nos comunicar eficientemente e, pior, agimos como uma criança de dois anos fazendo birra no meio da rua, não queremos ouvir, mas exigimos ser ouvidos. Seria engraçado se não fosse tão doloroso. Usando a mesma analogia do vulcão podemos aprender muitas coisas. O vulcão expele geralmente uma pequena fração da lava que contém, a maioria permanece intacta e é por isso que o vulcão precisa expelir novamente, pois ainda há muito lá dentro. É só quando um vulcão expele tudo que se diz que está adormecido, pois não há mais o que expelir.

Da mesma forma somos como um vulcão, a lava que expelimos normalmente na forma de raiva, é somente uma pequena parte do que estamos sentindo. No fundo sentimos dor, rejeição, tristeza, abandono, e uma lista de outras emoções que decidimos demonstrar em forma de raiva. E por que a raiva? A raiva é uma emoção fácil, segura, e poderosa. É muito mais fácil demonstrar raiva do que admitir ser vulnerável e demonstrar a dor da rejeição. No entanto, o custo de usar a raiva é muito alto. Se aprendermos como ir à raiz do problema, ou de nossas emoções, poderemos lidar com o conflito muito mais eficientemente e crescer como casal. Podemos começar a resolver conflitos conjugais com estes cinco passos:

1. É preciso tempo para aprender a lidar com sua raiva

Será difícil nas primeiras vezes não optar imediatamente pela raiva, pois nosso corpo está acostumado a fazer isso. É importante que quando começarmos a nos sentir fora de controle darmos um tempo de 10-15 minutos para nos acalmarmos em outro quarto. Quando a raiva tiver diminuído e nos sentirmos sob controle podemos tentar conversar novamente.

2. Entre em contato com o fundo do vulcão

Dê-se um tempo para distinguir de onde está vindo a dor. Isto também requer prática, então aprenda a estar em contato com seus sentimentos mais vulneráveis e frágeis – muitas vezes a razão do conflito – como a rejeição, o abandono, a tristeza e assim por diante.

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3. Expresse seus sentimentos e vulnerabilidade

Às vezes cometemos o erro de dizer o que sentimos aos gritos. Para suavizar a outra pessoa é essencial expressar o que sentimos de maneira honesta e mostrando ser vulneráveis. Mostrar nossa vulnerabilidade cria intimidade entre o casal.

4. Ouça e ouça um pouco mais

Já que você expressou o que você sente é provável que seu cônjuge tenha se acalmado e agora esteja disposto a dizer seus verdadeiros sentimentos assim como você o fez. Ouça seu cônjuge, e tente sentir o que ele está sentindo.

5. Reconciliação física

As palavras e a intenção com a qual as dizemos são importantes. Mas ainda mais importante é o leve toque de mãos, um abraço, ou um beijo carinhoso durante ou depois da conversa. Estes simples detalhes, o contato físico na comunicação, nos faz sentir amados e em paz sobre o relacionamento. É preciso reservar tempo para estar com seu cônjuge.

Aquele que ficar bravo e irritado perde, e se perdermos assim é porque queremos. Ser vulnerável e mostrar nosso lado ferido é uma decisão que tomamos. É sem dúvida uma decisão difícil, mas sem dúvida é a melhor.

Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original El que se enoja pierde: 5 consejos para afrontar el conflicto entre pareja, de Denhi Chaney.

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Denhi Chaney

Denhi Chaney é formada pela Universidade de Brigham Young com mestrado em Terapia de Casal e Familiar. Ela também é esposa e mãe de um filho.