Quer acabar com a corrupção? Seja honesto

Mais do que protestos, precisamos de esperança. Somos nós que colocamos nossos governantes no poder. Precisamos mudar a partir de nossos lares. Isso é possível. Veja como neste artigo.

Erika Strassburger

Os brasileiros saíram da passividade e rumaram às ruas para protestar por seus direitos e contra toda a injustiça social da qual têm sido vítimas há tanto tempo. A lista de reclamações é longa e o povo sente que agora é a hora de resolver essas questões que têm trazido tanto sofrimento e privação.

Muitos líderes políticos estão em evidência e têm sido acusados de corrupção, favoritismo, extorsão e outros crimes graves. O povo, indignado, grita palavras de ordem. Outros poucos, totalmente descontrolados, quebram tudo o que veem pela frente.

Isso me faz pensar onde tudo começou. Não estou tentando lembrar de algum ponto na história que tenha favorecido o cenário atual. Estou tentando imaginar em que ponto da vida de cada líder corrupto começaram os atos de desonestidade. Sim, meus amigos, ninguém nasce desonesto. Desonestidade se aprende ou não é contida a tempo.

Gostaria muito que vocês acompanhassem meu raciocínio.

A honestidade se ensina em casa e na mais tenra infância

Aqueles políticos – a quem muitos acusam de corruptos – foram crianças e tiveram pais que lhes ensinaram. Será que ensinaram bem? Provavelmente não saberemos. Mas cada um de nós pode saber se está cumprindo seu papel, ensinando adequadamente os próprios filhos.

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As perguntas abaixo podem ajudar:

  • Ensino honestidade a meus filhos?

  • Ensino-lhes que precisam respeitar os pertences alheios?

  • Estou fazendo-os devolver qualquer pequeno roubo que cometem, confessar seu erro e pedir desculpas àqueles que prejudicaram?

  • Faço-os entender que colar na prova é um erro grave e que o aprendizado é um pré-requisito para se tornarem bons profissionais no futuro?

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  • Ensino-lhes que não podem consumir produtos dentro do supermercado, a não ser que tenham sido pagos?

  • Ensino-lhes que os professores são uma autoridade e precisam ser respeitados e obedecidos?

  • Apoio os professores na forma como avaliam meus filhos e jamais faço uso de um discurso influente a fim de aumentar suas notas ou evitar perda de pontos quando merecem perdê-los?

  • Nunca lhes peço que mintam para me ajudar?

  • Jamais me faço de cego quando meus filhos mexem na minha carteira ou quando não devolvem todo o troco das compras que pedi que fizessem?

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  • Dou tempo e amor a eles, pois sei que um brinquedo novo ou dinheiro não são substitutos à altura?

  • Mostro-lhes que o dinheiro é a recompensa de um trabalho árduo e honesto e não pode ser conseguido por outros meios?

Um bom exemplo dos pais e dos cuidadores pode ser decisivo

Precisamos de pais e cuidadores que ensinem o que foi alistado acima e, principalmente, que ensinem com mais propriedade, o que só pode acontecer quando derem o exemplo.

De nada adianta ensinar o que é certo e elogiar uma atitude honesta dos filhos, mas acabar dando-lhes maus exemplos, como os alistados abaixo:

  • Não devolver o troco recebido a mais.

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  • Passar no sinal vermelho.

  • Ultrapassar em locais proibidos.

  • Estacionar em locais proibidos.

  • Mentir, dar desculpas, ocultar a verdade.

  • Não procurar o dono de um envelope ou carteira com dinheiro que foi encontrada na rua.

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  • Furar a fila.

  • Favorecer os amigos ou ser favorecido por eles, enquanto os demais precisam esperar a sua vez.

  • Sentar nos assentos preferenciais dos ônibus ou não dar o lugar a um idoso, gestante ou deficiente.

  • Fingir uma doença.

  • Sonegar impostos.

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  • Dar um “agradinho” ao policial para evitar uma multa.

  • Não assinar a carteira dos empregados.

  • Vender o voto.

  • Envolver-se em qualquer outra prática ilegal.

Essa geração está lutando por um governo mais justo. Vocês já pensaram que a próxima geração poderá ser liderada por seus próprios filhos? Sim, isso certamente acontecerá. Eles liderarão suas próprias famílias, nas empresas em que trabalharem, dentro das próprias empresas e alguns deles penderão para a política.

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Torçamos para que as futuras gerações de políticos sejam da mais alta estirpe. Torçamos para que cada pai e mãe deste país encare suas obrigações com a total responsabilidade. Não negligenciemos nossas obrigações! Deixemos de lado o que menos importa e voltemos nossos olhos, pensamentos e orações àqueles que poderão se tornar os salvadores de uma geração desiludida. Ou, pensando com mais otimismo, àqueles que possam dar continuidade a um governo que saiu da obscuridade da corrupção para a luz da honestidade e transparência.

A quem essas palavras chegarem, faço um apelo: comecem a praticar honestidade total dentro do seu próprio lar. Não cedam à tentação de dar o “jeitinho brasileiro”. Sejam honestos em pensamentos, palavras e ações. Ensinem seus filhos através de seu poderoso exemplo. Vocês terão paz de consciência, uma família mais feliz e, consequentemente, o governo que realmente merecem.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.