Seja feliz com você e para você
"A felicidade é íntima, não exterior, e, portanto, não depende do que temos, mas do que somos". Henry Van Dyke
Yordanka Pérez Giraldo
Não sei se sempre foi assim, mas é comum que hoje vivamos em um estado de constante sacrifício, sem desfrutar o momento com a esperança de que só através da realização de nossos objetivos materiais seremos felizes. E assim passam anos, sofrendo o agora, iludidos com o amanhã, pensando que quando conseguirmos o que queremos, seremos felizes. E é como quando caminhamos com a luz sobre nossas costas, que faz com que a sombra se projete diante de nós, e por mais que avancemos, nunca a alcançamos.
Ter metas na vida é o mais desejável, pois estas nos outorgam um propósito e com ele a vontade para avançar na vida. No entanto, quando damos a essas metas o poder de definir o que somos como seres humanos, como vemos a nós mesmos, e determinar inclusive nossos estados de ânimo, o mais seguro é que, com isso, iniciemos uma espiral de insatisfações emocionais, que mais cedo ou mais tarde acabarão por prejudicar a nossa qualidade de vida.
Não deixe a vida para amanhã!
O tempo passado e o tempo futuro dependem de como vivemos o presente em cada momento. Pois, o que fizemos quando o passado foi presente e o que fazemos do nosso presente para o futuro marcarão toda a diferença de nossas circunstâncias atuais, qualquer que seja o momento em que isso ocorra.
A vida passa, mesmo contra nós, e qualquer ação ou falta de ação é uma decisão que marcará a forma como vivemos. Se você acha que, por manter-se estático, poderá evitar que as coisas aconteçam, deve saber que não será assim: cedo ou tarde todas nossas decisões nos alcançam, para o bem e para o mal. A melhor coisa, então, é sermos partícipes ativos de nossa vida.
Meu marido me contou sobre um famoso jogador de futebol, que esse garoto fazia suas melhores jogadas quando simplesmente se deixava levar, quando aproveitava as oportunidades. Por outro lado, quando fingia ser muito “técnico” e pensava demais, geralmente terminava falhando nas tentativas de gol.
Penso que isso acontece na nossa vida cotidiana: subestimamos os nossos talentos e, por conseguinte, viramos as costas às oportunidades no desejo de apostar no seguro e de não falhar. Quando fazemos isso, geralmente acontece o contrário, acabamos errando. Em vez de confiarmos em nós, confiamos em aspectos externos sobre os quais não temos qualquer controle. A vida acontece enquanto estamos vivos. Viver é aproveitar para o bem essa existência, e não é tão difícil, acredite! Você pode começar a fazê-lo, seguindo alguns dos seguintes conselhos:
Ame a si mesmo
Não é tão complicado, olhe para você mesmo com amor, concentre-se no que você gosta em si mesmo, e tente destacar esse aspecto de sua pessoa com o qual se sente mais à vontade. Se é um atributo físico, torne isso notável; se é uma habilidade, ilumine-a; se é seu cabelo, solte-o! Se não há nada em si que, por enquanto, o faça sentir-se confortável, então pense no que gostaria que fosse diferente. Descubra o que você pode fazer para conseguir e ponha mãos à obra.
Não se apegue ao que não pode mudar
Se algo o atormenta, mas não há como mudar a situação, o melhor é deixá-la para trás. Se a carregar o tempo todo na sua mente, isso só vai lhe atormentar sem qualquer benefício.
Não veja os problemas como problemas
Há uma frase que diz: “Não se preocupe, se ocupe!”. Se você vê uma situação como um problema, o mais certo é que se assustará e se intimidará diante dela. Por exemplo, imagine que você não tem gás em casa e precisa preparar a comida. Não pense: “Não tenho gás e eu queria cozinhar feijão”, pense: “Não tenho gás, então o melhor é preparar uma salada ou sanduíches”. O problema é o mesmo, mas se pensar na solução, evitará se sentir sobrecarregado.
Agradeça pela a vida que tem e todas as suas possibilidades
Talvez você ria de mim e pense: “Que fácil para ela, não?”. Digo-lhe uma coisa: duvido muito que a vida seja fácil para qualquer um, todos temos desgostos e preocupações. A razão pela qual peço que seja grato por sua vida, é que, ao fazê-lo, não dará espaço em sua mente para deter-se no mal de sua existência. Seu cérebro não tem senso de humor, por isso, se disser à sua mente que a sua vida é ruim, ela vai entender isso ao pé da letra e a única coisa que ela vai lhe dizer é que a sua vida é ruim.
Procure ajudar os outros
É curioso, mas quando ajudamos os outros, geralmente acontecem duas coisas: a primeira é que nos sentimos satisfeitos com nós mesmos, a segunda é que nos esquecemos dos nossos próprios problemas. E ainda por cima, transformamos o mundo em que vivemos num lugar melhor.
Seja amável
“A nobreza obriga”, dizem por aí, e pessoalmente creio que é assim. Quando somos amáveis, o mais seguro é que forcemos que os outros sejam amáveis conosco. É tão fácil fazer as pessoas se sentirem bem, às vezes basta um sorriso ou um tom de voz.
Não procure a felicidade nas coisas materiais
Não é nisso que a encontrará: a felicidade é um estado de ânimo, é uma atitude, uma decisão. As coisas materiais melhoram nossa qualidade de vida, mas nada mais. De que serve um telefone, se não tem para quem ligar? De que serve um carro, se não se sabe para onde ir? De que serve uma vida, mesmo com todas as comodidades, se não tem com quem a partilhar?
Pare de reclamar!
Se você não tem disposição para fazer algo para mudar o aspecto da vida que o incomoda, então não se queixe. É como essas pessoas que todo o tempo nos machucam e logo chegam com um “sinto muito”. De que adianta sentir muito, se não faz nada para mudar? No final, parecerá que brinca com o sentimento alheio, e nem os outros nem você se levará a sério.
Viver é passar por coisas boas e ruins, às vezes haverá mais de uma que de outra, mas se insistirmos em nos concentrar no mal, nos afundaremos na tristeza, no desalento e na desesperança. O bom da felicidade é que, a solução de muitas outras coisas, está em você: olhe-se por dentro, descubra-se e se atreva a ser feliz com você e para você.
Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Sé feliz contigo y para ti
