Sobrepujando a dor pela morte de um ente querido
Algumas reflexões para facilitar a superação pela morte de um ente querido.
Suely Buriasco
A morte inspira temores e provoca angústias terríveis; diante desse quadro comovedor estamos todos nós porque ninguém fugirá a esse destino. Por mais que seja natural, perder um ente querido representa uma das maiores dores que um ser humano tem condições de suportar. Não se pode evitar a dor da perda, no entanto, podemos aprender a lidar com essas emoções dolorosas.
Algumas reflexões podem facilitar:
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A morte significa que não podemos mais compartilhar com aquela pessoa que é muito importante em nossa vida. Entretanto, é preciso considerar que o desespero e a revolta só trazem maior prejuízo, pois, ampliam um sofrimento que por si só já é intenso.
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Estudos comprovam que as pessoas que buscam consolo e têm a crença nos valores espirituais conseguem enfrentar melhor o período do luto. Desenvolvem, ainda, mais facilmente a aceitação do distanciamento e sentem-se mais seguras ao entregar seu sofrimento a um ser divino ou superior. Mas é importante que a busca espiritual não se configure fuga e sim, consolo e enfrentamento. Que a fé no Sublime seja a manifestação da fé em si mesmo e no poder de superação.
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Especialmente quando a morte ocorreu repentinamente, de uma forma brusca ou violenta, algumas pessoas têm maior dificuldade de se recuperar e acabam comprometendo até mesmo a sua saúde física e mental. No enfrentamento desse momento tão difícil e doloroso, a busca de ajuda profissional, como a psicoterapia, pode ser necessária, principalmente se existe uma dependência emocional muito grande com o ente que partiu. Por intermédio do tratamento, é possível reencontrar-se com as próprias potencialidades internas, o que é fundamental para a superação.
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As dificuldades e as frustrações existem e vão existir sempre, mas é possível criar subsídios emocionais e afetivos suficientes para enfrentar as perdas através do autoconhecimento, canalizando o amor para si mesmo e para outras pessoas. Um grande benefício é, sem dúvida, atribuir significados positivos ao trauma, como o crescimento e superação pessoal. Nessa busca pode ser essencial estar em contato com pessoas que vivenciaram perdas semelhantes e encontraram caminhos para reparar essa falta.
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É de suma importância que as pessoas que estejam passando por essa situação não se isolem. O momento é para ser compartilhado com a família, os amigos, enfim, pessoas queridas; distanciar-se do mundo não é a maneira mais adequada de solucionar o problema. O silêncio prolongado pode ser fuga da realidade e negar nunca soluciona nada. Num primeiro momento é importante falar com pessoas confiáveis que simplesmente ouçam e depois busquem orientar ao aprendizado e superação da dificuldade.
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A gratidão é sempre elemento essencial para alcançar a superação e retomar a alegria, mesmo diante dos maiores sofrimentos. É muito importante priorizar a lembrança dos bons momentos que se viveu com o ente querido; sendo gratos pela possibilidade desse convívio. Ao mesmo tempo, o cultivo da gratidão promove outra alavanca para quem passa pelo sofrimento da perda, pois leva a conclusão de que é preciso valorizar o convívio com as pessoas que amamos e que ainda estão conosco.
Em suma, é preciso que se encontrem forças para seguir adiante, fortalecidos na certeza de que a morte é elemento da natureza e, portanto, não há como fugir a ela. Sendo assim, a vida exige urgência e viver é sobrepujar sofrimento na busca da essência da felicidade que habita em cada um de nós!