Sua ansiedade é normal ou patológica? Aprenda a diferenciar

Se você tem alguém na família que apresenta esses sintomas, é muito importante levá-lo a um especialista.

Erika Strassburger

Quem nunca ficou nervoso no primeiro encontro, suou frio durante uma entrevista de emprego ou ficou com o coração batendo a mil com uma moto passando devagar ao seu lado? Essa ansiedade é uma reação natural do corpo à situações que nos deixam preocupados, nervosos ou com medo.

Quando precisamos nos preocupar?

Gostaria de compartilhar algo que está acontecendo aqui em casa. De vários meses para cá, um dos meus filhos começou a apresentar picos anormais de ansiedade. Ele ficava tenso e irritado com coisas bem rotineiras, estava sempre muito apreensivo em relação ao futuro. Como estava procurando emprego, bem antes de cada entrevista, ele ficava sofrendo por antecipação. Até aí eu não via nada de mais, já passei por isso, sei como é. Então, percebi alguns sinais de alerta que ignorei no início: ele estava sempre cansado, procrastinando seus trabalhos da escola, com pouco apetite e sentia o coração muito acelerado.

Como saber que não é preguiça nem frescura?

Confesso que custei a acreditar que meu filho tinha ansiedade patológica. Pensei que era apenas uma ansiedade normal, preguiça e mau-humor típicos da adolescência. Também pensei que, por estarmos reclusos há tantos meses por conta da pandemia, era normal que ele quisesse ficar mais tempo na cama. Não tinha que acordar cedo para ir à escola, poderia fazer suas lições e trabalho ao longo do dia – e quando tinha aulas on-line, raramente era cedo da manhã.

Mas, no final do ano passado, quando já fazia quase um ano que estávamos trancafiados em casa, ele começou a relatar picos de aceleração cardíaca, angústia e nervosismo excessivos.

Para não me estender muito no relato, levei-o ao médico, que concluiu que ele estava tendo crises de ansiedade, medicou-o e encaminhou-o a um especialista.

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Atenção para os sinais de alerta para ansiedade patológica

Se você tem alguém na família que apresentou mudanças significativas no comportamento e na rotina, é muito importante levá-lo a um especialista. Nós, principalmente os pais, tendemos a julgar precipitadamente que tudo é preguiça, frescura ou rebeldia. E com esse “achismo” podemos estar deixando uma doença agravar.

Abaixo estão os sintomas mais comuns da ansiedade patológica. Verifique se seu familiar apresenta alguns deles:

  • Irritabilidade excessiva
  • Preocupação exagerada e contínua sobre as coisas do dia a dia
  • Preocupação e ansiedade em relação ao futuro
  • Sensação contínua de que algo não vai dar certo
  • Cansaço sem explicação
  • Agitação
  • Falta de concentração
  • Deixar de realizar tarefas rotineiras
  • Insônia
  • Tensão sem motivo aparente
  • Alteração no apetite
  • Incapacidade de relaxar
  • Sudorese
  • Arritmia cardíaca

Agora, o mais importante

O que distingue uma ansiedade comum de uma patológica é a intensidade e a duração dos sintomas. Se as crises vêm ocorrendo há mais de seis meses e a pessoa fica muito nervosa ou tensa sem motivo, procure um especialista.

Ações que ajudam a minimizar os sintomas da ansiedade e o impacto que ela exerce sobre nossa vida

Além de tratamento e terapia recomendados pelo seu médico:

1. Exercite-se de 5 a 6 vezes por semana

Escolha alguma atividade física que você gosta, seja caminhar, dançar, correr ao ar livre. Os exercícios físicos levam o organismo a liberar endorfina, hormônio que promove a sensação de recompensa e bem-estar, que trazem alívio e relaxamento de que tanto precisa.

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2. Tenha um hobby ou passatempo

Os hobbies nos ajudam a espairecer dos problemas e a ficarmos mais motivados e felizes.

3. Faça exercícios de respiração e meditação

Eles acalmam o corpo e a alma.

4. Preste um serviço voluntário

Eles enchem o coração de alegria e paz e nos ajudam a tirar o foco de nosso próprio umbigo.

5. Alimente seu espírito

Leia as escrituras sagradas, converse com Deus através de orações significativas, peça a Sua ajuda para se livrar dessa doença. Ele é o único que o compreende cem por cento, e está sempre pronto para ajudar.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.