8 medos sentidos por toda mãe de primeira viagem

É normal primigestas (mulheres que têm a sua primeira gravidez) apresentarem insegurança nessa sua nova condição. O texto aborda os medos mais comuns observados nesse grupo de mulheres.

Isabel Almeida

Os dois risquinhos do teste de farmácia ou a palavra positivo no resultado de um exame de sangue ou urina trazem consigo uma grande mistura de sentimentos que podem ir da euforia ao pânico.

A primeira gravidez é um divisor de águas na vida de toda mulher, seja ela esperada ou uma concepção não planejada. É quase como um rito de passagem, pois se trata de um período de grandes transformações, tanto físicas como psicológicas, no qual a mulher muito amadurece.

Trazer um novo ser humano a este mundo é algo mágico, encantador e, considerando as mudanças e novas responsabilidades, pode ser também assustador.

É normal primigestas (mulheres que têm a sua primeira gravidez) apresentarem insegurança nessa sua nova condição. Os medos mais comuns observados nesse grupo de mulheres são:

1. Medo de perder o bebê

A mulher fica com medo de realizar suas atividades cotidianas e muitas vezes ficam dependentes da ultrassonografia, desejando realizá-la semanalmente para ver o bebê e isso geralmente não é possível. Essa insegurança é normal e vai melhorar quando o bebê começar a mexer. O que fazer enquanto isso?

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Certifique-se de ter um obstetra de confiança disposto a responder eventuais dúvidas por telefone ou mensagem de texto entre uma consulta pré-natal e outra. Para aquelas que não se aguentam de ansiedade existe um doppler fetal que permite ouvir o coraçãozinho do bebê com clareza a partir de oito semanas.

2. Bebê nascer antes ou passar da hora do parto

Mediante acompanhamento e exames é difícil isso acontecer em ambos os casos. Se acontecer do bebê nascer antes a médica saberá dessa possibilidade e indicará todos os cuidados adicionais. Após 36 semanas a gestante faz o pré-natal semanalmente e, às vezes, quando chega bem próximo ao parto, esse acompanhamento é quase que diário para que qualquer indício de trabalho de parto seja reconhecido e os sinais vitais do bebê monitorados.

3. Medo do parto

A escolha do parto normal, natural ou cesárea deve ser feita junto com a médica mediante a condição de cada paciente e todos os esclarecimentos devem ser feitos para que essa mãe saiba o que esperar. A mamãe deve também estar preparada para uma mudança nos planos, caso seja necessário, para a segurança de ambos, mãe e filho. Focar no bebê e na alegria desse dia tão especial e esperado é o que atenua o medo e diminui a ansiedade.

4. Bebê trocado na maternidade

Esse é um fantasma que ainda aterroriza as mães, principalmente porque ainda se vê casos assim nos noticiários. O que ajuda é a visita à maternidade com antecedência para conhecer o ambiente e se inteirar de todos os procedimentos, inclusive de segurança, envolvidos durante a estada da mãe e bebê nesse local. É claro que ainda vale conferir a pulseirinha do bebê no momento do parto e verificar se esta se encontra bem presa.

5. Não ter leite para amamentar

A amamentação não é tão simples quanto parece, mas toda a mulher produz leite sim. O começo às vezes é mais difícil para algumas pessoas e pode requerer muita força de vontade e disposição, mas geralmente após um mês a situação da amamentação, para quem não desiste, é resolvida. Com a amamentação a mulher vivencia uma experiência maravilhosa e única com o seu bebê.

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6. Medo de o bebê engasgar no berço

Muitas mamães têm receio de colocar seu bebê para dormir no próprio quartinho. Colchões ou travesseiros antirrefluxo protegem a criança de aspirar o vômito. Fazer o bebê arrotar antes de deitá-lo para dormir também é importante. Outra dica é o uso de babás eletrônicas para que a mãe ouça ou até mesmo veja, no caso do aparelho possuir vídeo, o que acontece no quarto de seu filho.

7. Medo de não ser mais atraente

As mudanças no corpo mexem muito com a autoestima da mulher que não sabe como o corpo vai ficar após a gestação. Que o corpo vai mudar é inevitável, porém alguns cuidados podem ser tomados durante a gestação como a realização de algumas atividades físicas, quando possível e indicadas pelo médico e o uso de cremes para o cuidado com a pele. É importante também não extrapolar no ganho de peso, conforme orientação médica. Tudo isso vai ajudar a mamãe a se sentir mais saudável e mais bonita durante e após a gestação. A maioria se sente linda nesse período especial da vida.

8. Medo de algo terrível acontecer se não comprar tudo o que vendem para bebês

O apelo comercial nesse mundo mamãe e bebê é enorme e existem produtos para tudo o que se possa imaginar, mas é somente após o nascimento do bebê que algumas mães percebem o quanto muitos deles são supérfluos e às vezes até inúteis. É importante essa nova mamãe conversar com pessoas que já tiveram seus bebês para se informar sobre produtos que não tiveram utilidade.

Tente relaxar e curtir cada momento dessa fase tão especial e única, porque uma gravidez nunca é igual à outra. Procure participar dos cursos oferecidos para gestantes que auxiliam nos cuidados com o recém-nascido e preparação das mamas para amamentação. O principal é saber que não existe um manual de instruções e sim um caminho a ser desbravado por você à medida que conhece o seu bebê e estabelece vínculo com ele.

“No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo.“ Rajneesh

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Assuma e aproveite esse novo papel que está nascendo em você – o de mãe.

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Isabel Almeida

Isabel Almeida é pedagoga graduada na Unicamp, criou dois sobrinhos que já são adultos e agora é mãe de uma linda bebê. Gosta de escrever e traduzir. Acredita que a família é a base da sociedade.