Ensinar as crianças a julgar com retidão

Ensine seu filho a ver o mundo de forma mais clara. Aprenda novas ideias para ensiná-lo a julgar amigos, vizinhos e estranhos retamente.

Shannon Symonds & Erin Oscarson

Thomas S. Monson, presidente de uma organização religiosa mundial, contou uma curta anedota sobre julgar os outros. Ele falou sobre uma mulher que olhou pelas janelas e viu as roupas de sua vizinha que estavam penduradas no varal. Diariamente, ela dizia ao marido que as roupas da vizinha ainda estavam sujas, e comentou que ela não sabia lavar roupas. Isso aconteceu várias vezes, até que um dia, ela olhou para fora da janela e exclamou com surpresa que finalmente as roupas estavam limpas. O marido respondeu: “Bem, querida, eu tenho a resposta. Talvez você se interesse em saber que eu me levantei cedo esta manhã e lavei nossas janelas!”

Monson continuou: “Nenhum de nós é perfeito […] E, no entanto, por alguma razão, apesar de nossas próprias imperfeições, temos a tendência de apontar as dos outros […] Não há realmente nenhuma maneira de conhecermos o coração, as intenções ou as circunstâncias de alguém ao fazer ou dizer algo que nos dê motivo para criticar. Assim, sigamos o mandamento: ‘Não julgueis’.”

Os pais ensinam mais pelo exemplo. O que seus filhos o ouvem dizer? Quando você passa por algum pedinte, você fala sobre o quão difícil a vida pode ser, ou você faz um julgamento rápido?

Talvez, a melhor maneira de ensinar as crianças a julgar com retidão é: o “não julgueis” aplicado a nós mesmos e dar exemplo. Talvez, seja tarde demais, e você já tem reclamado verbalmente ou julgado seus amigos e vizinhos na frente de seus filhos. Se assim for, então este é um bom momento para fazer uma mudança e começar a ensinar às crianças a ver o mundo através dos olhos de Cristo, ou como o juiz mais compassivo de todos o vê.

Aqui estão algumas dicas para ensinar às crianças o julgamento justo.

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Ensine empatia

Quando uma criança ralar o joelho ou se machucar, envolva seu filho no cuidado compassivo com aquele que se machucou. Fale sobre a dor da criança ferida. Ensine-o a dar abraços, conseguir curativos e ajudar nos cuidados com o paciente. Defina um exemplo de empatia e envolva o seu filho para que ele aprenda a ajudar os outros na dor física ou emocional.

Ensinar compaixão e altruísmo

. O altruísmo é definido como a relação sem egoísmo ou devoção ao bem-estar dos outros. A Associação Americana de Psicologia explicou que é pelo exemplo, que os pais ensinam as crianças a ajudar em comunidades e a servir aos outros. Quando as crianças servem e têm compaixão pelos outros, elas são mais propensas a cuidar e menos propensas a ameaçar ou intimidar. Encontre oportunidades para as crianças mais velhas servirem em sua comunidade. Um amigo nosso leva sua família a um abrigo local para servir alimentos aos desabrigados no dia de Ação de Graças.

Monitore o que você diz sobre os outros

As crianças ouvem como você fala sobre as pessoas. Fale com compaixão em todos os momentos. Você nunca sabe quando as crianças estão ouvindo. Seu comportamento será o modelo de como seus filhos vão tratar os amigos. Se você perceber seus filhos dizendo coisas desagradáveis sobre os amigos deles, olhe para si mesmo no espelho e reveja o que você fala sobre seus próprios amigos.

Ensine às crianças que coisas ruins acontecem a pessoas boas

Ocasionalmente acontecem coisas que não são culpa nossa. Ensine a elas que todo mundo é livre para fazer escolhas. Às vezes, alguém escolhe ferir outros. Quando fazemos isso, damos às crianças as ferramentas para curarem a si mesmas quando coisas ruins lhes acontecerem.

Por exemplo, quando um motorista bêbado matou um amigo, as pessoas no funeral conversavam baixinho com a viúva, tentando entender o que tinha acontecido. Diziam coisas como: “Deve haver uma lição de Deus em tudo isso.” Embora as pessoas estivessem tentando consolar a viúva, suas declarações davam a entender que ela tinha algum grau de culpa, e que se ela aprendesse a lição tudo ficaria bem. Deixe as crianças saberem que às vezes as pessoas fazem escolhas que nos ferem e não é culpa nossa.

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Ensine às crianças a não tirar conclusões precipitadas

Um homem vestido com roupas velhas pegou um pedaço de papelão e escreveu algo, era um cartaz como os moradores de rua e mendigos fazem. Ele escreveu algo como, “Me ajude, por favor.” ou “Preciso de dinheiro para comprar remédios.” Ele se sentou na calçada do estacionamento de uma igreja e viu uma grande multidão que passava. Ele observou cada reação, desde grosseria até doações em dinheiro. Então, recolheu o cartaz e entrou na capela lotada. O homem atravessou a nave da capela e tomou o seu lugar no púlpito para falar sobre a caridade. Imagine a surpresa da congregação ao perceber que a pessoa que haviam julgado por suas roupas e aparência era o grande orador e professor que tinha sido convidado para ensiná-los. Nem tudo é o que parece.

Julgar com cuidado

Há momentos em que temos de julgar os outros. Quando compramos um carro usado temos que julgar se a pessoa que vende está sendo sincera ou não. Essa é uma ótima oportunidade para ensinar às crianças a tomar decisões. Elas podem ajudar-nos a fazer a lista dos prós e contras sobre o carro – mantendo o foco na decisão e não na pessoa que vende. Podemos também falar sobre a importância da honestidade e da reputação. Nossa família toma decisões acompanhadas de orações. Cada chance de tomar uma decisão ou julgar é uma oportunidade de ensino.

Nossos filhos vão crescer, ter suas próprias lutas e cometer erros. Queremos que eles se sintam confortáveis vindo até nós para pedir ajuda, e não preocupados se vamos julgá-los quando cometerem erros graves. Julgue com a compaixão de Cristo, e seus filhos aprenderão com você.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Teaching children to judge righteously, de Shannon Symonds.

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Shannon Symonds & Erin Oscarson

Shannon and Erin are a mother and daughter with lots of children and Utah and Oregon roots.