Tornando seu lar um refúgio
Ao perceber a importância do papel da dona de casa aprendi que tenho o incrível privilégio e responsabilidade de tornar meu lar um refúgio.
Cindy Baldwin
Durante a maior parte de minha vida não dei muita atenção ao significado da palavra dona de casa. Quando começava a pensar sobre esse termo, eu geralmente o considerava um rótulo sem sentido aplicado à maioria das mulheres que ficavam em casa, geralmente tomando conta dos filhos. Dona de casa, em minha opinião, era um termo que o mundo corporativo apresentava para fazer com que a vida de mudanças de fraldas e cestas de lavanderia fosse algo a ser resumido em um documento oficial.
Depois do meu primeiro ano de casamento, tornou-se cada vez mais claro que a vida que eu tinha a intenção de viver – que incluía obter um diploma universitário e, em seguida, ter uma família – não estava funcionando do jeito que eu queria que fosse. Por causa de sérios problemas de saúde, eu estava encontrando cada vez mais dificuldades para lidar com os rigores da vida de estudante e sabia que precisaria fazer uma mudança. No entanto, devido aos mesmos problemas de saúde, eu também sabia que não seria capaz de conseguir ser mãe em um futuro próximo.
Fiquei imaginando o que poderia fazer com minha vida. Eu nunca havia conhecido uma mulher que ficasse em casa em período integral, sem ter filhos. Que tipo de contribuição eu poderia dar ao mundo se eu não fosse capaz de me formar, trabalhar em uma carreira significativa, ou criar os filhos?
Essas mudanças de vida levaram-me a uma viagem de descobertas que durou vários anos. Nesse tempo, cheguei a conclusão de como o papel da dona de casa é realmente importante, sejam as crianças parte do cenário, ou não. Percebi quanta influência eu exercia sobre a atmosfera do meu lar e a grande diferença que podia fazer em minha própria vida, na vida do meu marido, e até mesmo na vida dos amigos e familiares que vinham me visitar.
Desde que fiz a mudança de aluna de tempo integral para ser a esposa que ficava em casa, aprendi que tenho o privilégio incrível e a responsabilidade de fazer da minha casa um refúgio – um lugar de paz, calma e um santuário, onde o amor e a felicidade possam ser sentidos por aqueles no seu interior.
Aqui estão três coisas simples que me ajudaram a encontrar a felicidade em meu papel de dona de casa:
1. Descubra o que importa para você
Para algumas pessoas, ter uma casa imaculada é uma obrigação. Para outras, um pouco de caos amigo só faz com que as coisas fiquem mais caseiras e afáveis. Ao invés de procurar fazer com que sua casa corresponda aos padrões de alguém mais, descubra quais as prioridades que são importantes para sua família. Se manter o piso livre da desordem for imperativo, mas ter uma casa decorada conforme as últimas tendências não for, então tudo bem. Se os pratos não forem lavados logo após o jantar, porque você está ocupada demais passando um tempo jogando com a família, abrace esse momento de união e deixe a limpeza esperar.
O negócio mais importante é que você descubra quais os aspectos dos cuidados domésticos são mais importantes para você e sua família. O que faz você se sentir em paz? O que promove o amor e a ligação entre os membros de sua família? Realce esses pontos. No final, suas prioridades percorrerão um longo caminho na criação do espírito de seu lar.
2. Trate as tarefas domésticas como qualquer outro curso de estudo
Quando fiz a transição para ficar em casa em período integral, eu sabia que não queria que meus dias se tornassem sem sentido, embaçados, sem qualquer estrutura para defini-los.
Para me ajudar a ficar animada com meu novo estilo de vida, e para ajudar a trazer significado e propósito para os meus dias, decidi tratar as tarefas domésticas, apenas como faria com qualquer outra carreira ou novo curso de estudo. Tentei vários projetos diferentes e técnicas de pesquisa para a limpeza, aspectos de culinária, decoração e outros pontos de vista sobre como criar um lar. Aprendi quais tarefas e projetos enriqueceram a nossa casa e trouxeram alegria para minha vida e quais os que apenas acrescentaram uma quantidade enorme de trabalho. Li o que outras mulheres tiveram a dizer sobre a importância do lar e formulei minhas próprias ideias.
Embora a atividade de dona de casa em período integral fosse muito diferente de tudo que eu já tivesse feito antes, descobri que poderia trazer o mesmo entusiasmo e emoção para esse meu novo trabalho, da mesma maneira como já havia feito anteriormente com as atividades acadêmicas e de carreira. Tratar o lar como qualquer outra atividade importante, em vez de considerá-lo como uma falha para fazer coisas mais importantes, me ajudou a encontrar alegria e satisfação na minha vida como uma esposa ligada ao lar.
3. Abrace a imperfeição
Tal como em qualquer carreira ou outra atividade, pode ser fácil se sentir como se estivesse falhando em criar a casa perfeita. Em nossa era moderna é fácil ser bombardeada diariamente com imagens de perfeição – pisos que estão sempre impecáveis, bancadas que nunca precisam ser varridas por baixo e belas casas decoradas que parecem impecáveis em cada detalhe.
Entretanto, como com qualquer coisa, rapidamente descobri que esperar perfeição confome minhas próprias definições a respeito de como criar um lar levou-me a lugar nenhum, a nada, mas trouxe-me frustração e decepção. Só depois que aceitei que os meus esforços nunca seriam perfeitos e cheguei a abraçar a minha casa como a representação de minha personalidade e estilo únicos, fui capaz de me contentar com os meus esforços. Embora seja muitas vezes um caminho esquecido e até menosprezado pelo mundo, o lar pode ser uma fonte de grande felicidade e satisfação.
Quer você esteja trabalhando para criar um lar, ao mesmo tempo em que esteja mantendo um trabalho externo, a criação de filhos, ou abraçando o estilo de vida de uma dona de casa por invalidez ou por outras razões, seguir essas diretrizes poderão ajudá-la a encontrar satisfação, como dona de casa, da mesma forma como aconteceu comigo.
Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano, do original Making your home a haven de Cindy Baldwin.