Transtorno Dismórfico Corporal: como detectar em seus filhos

É um transtorno com sintomas sutis que você não conseguirá detectar a menos que saiba o que é. Continue lendo para aprender mais.

Camila Gómez

A grande maioria de nós passa alguns minutos por dia em frente ao espelho, seja se preparando para enfrentar um novo dia ou procurando algum defeito que gostaríamos de melhorar. E isso não representa nenhuma dificuldade para enfrentar a vida diária para a maioria das pessoas.

Porém, o problema surge quando aqueles “defeitinhos” se tornam o pior pesadelo que podemos viver. Então deixa de ser encarado como mera vaidade e passa a se chamar Transtorno Dismórfico Corporal (TDC). Sabe-se, hoje, que essa distorção da autoimagem que traz prejuízos físicos e psicológicos pode surgir na infância.

Para ajudá-lo a identificar a TDC em seus filhos, preste atenção nos seguintes sintomas:

Feiúra imaginária

Esse transtorno começa com a preocupação exagerada com detalhes que parecem insignificantes para qualquer pessoa, ou preocupações irracionais sobre defeitos em alguma parte do corpo. Por exemplo, achar os cabelos muito finos, os olhos desalinhados, as pernas longas, o nariz assimétrico ou um pequeno sinal na pele muito chamativo.

Comportamentos obsessivos

Se a adolescente não tira da cabeça a ideia de que seus lábios são muito finos, por exemplo, ela pode passar horas pesquisando sobre como deixá-los mais volumosos, chegando a se maquiar várias vezes ao longo do dia, averiguando com as pessoas à sua volta se seus lábios parecem mais carnudos.

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Pouca atividade social

Não importa se vai ter uma festa de aniversário em que seus melhores amigos vão estar ou se vai ter um show do seu cantor preferido, frequentar qualquer atividade social torna-se um suplício para quem tem TDC, pois a pessoa acha que, se não for, as pessoas não vão perceber aquilo que tanto a preocupa.

Ou seja, esse transtorno leva as pessoas a se isolarem em suas casas e de seus entes queridos por medo de que descubram ou fiquem observando seus defeitos.

Recusa de ir à escola

Como mencionado no ponto anterior, torna-se cada vez mais difícil sair de casa, então seu filho não querer ir para a escola faz parte desse problema. 

A criança ou jovem sente que alguém pode notar seu defeito e começar a fazer piada sobre o assunto ou bullying, afetando sua autoestima de tal forma, que ir à aula todos os dias se torna uma tortura.

Nada resolve o problema

Se o problema é resolvido pela medicina – por exemplo, através de um tratamento de pele, ortodôntico ou de uma cirurgia plástica – mas a pessoa continua procurando defeitos que possam arruinar sua vida, saiba que este é um sintoma do Transtorno Dismórfico Corporal. Isto porque a estética, o motivo pelo qual se sofre desse transtorno, vai para segundo plano quando o problema é resolvido, pois sempre haverá mais motivos para ela se sentir aflita.

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Como esse distúrbio pode ser combatido?

A primeira coisa a fazer é prestar muita atenção em qualquer sintoma que seu filho possa apresentar, conversar seriamente sobre o assunto, fazendo com que ele sinta o amor e o apoio incondicional da família. Depois, procurar um psicólogo ou psiquiatra que possa ajudar. Através de terapia é possível aliviar os sintomas e trabalhar os pensamentos negativos, fazendo com que ele veja que o importante para seguir em frente é se aceitar, em vez de ficar se martirizando todos os dias por coisas que, na grande maioria das vezes, está apenas na sua cabeça.

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Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Desorden disfórmico del cuerpo: el nuevo padecimiento de las niños desde los 6 años; sus síntomas

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Camila Gómez

Camila gosta de ler, escrever, pintar, escutar música, aprender idiomas. Ela fala inglês e faz aulas a 3 anos, falta 1 ano para ela receber certificação internacional. Ela gosta de conhecer pessoas novas.