Um verdadeiro discípulo de Cristo aceita e ama seu diferente

Como nós, cristãos, podemos nutrir e demonstrar amor por aqueles que consideramos tão diferentes de nós? Observe os conselhos deste artigo:

Erika Strassburger

Talvez um dos maiores desafios do ser humano seja ter um relacionamento saudável com pessoas que não comunguem de suas ideias ou que vivam uma vida oposta à sua. Para os cristãos, seguir o mandamento de Jesus Cristo de amar uns aos outros ou amar o próximo como a si mesmo talvez seja ainda mais difícil.

Como amar aquele que zomba daquilo que considero sagrado? Como amar aquele que nutre hábitos e comportamentos ofensivos para mim? Ou como amar aquele cristão de outra religião, que crê em algo tão diferente daquilo que creio?

Desde o momento que tomamos o nome de Cristo sobre nós, esse deve ser o nosso comportamento. Precisamos ser pacificadores. JAMAIS, em momento algum, podemos nos sentir no direito de perseguir qualquer pessoa com visão diferente da nossa. Um cristão genuíno jamais fará isso.

Aquele que tem o espírito de discórdia não é do Senhor, mas segue o inimigo de Deus, que é o pai da discórdia.

Em Tiago 1:20 lemos: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus”. Isso significa que não temos o direito de atacar aquele que tem crenças, comportamentos ou ideologias diferentes das nossas, só porque nos consideramos detentores da verdade. Deus não pediu que fizéssemos isso. Pelo contrário, Ele quer que sejamos uma luz para o mundo. De trevas o mundo está cheio. Dele é a justiça. Quando chegar o momento, Ele colocará tudo em pratos limpos.

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Como nós, cristãos, podemos nutrir e demonstrar amor por aqueles que consideramos tão diferente de nós? Abaixo vão algumas sugestões:

Orando para desenvolver esse amor

Se está sendo tão difícil amar aquele familiar, vizinho ou colega de trabalho, então está na hora de suplicar a Deus para desenvolver esse amor. Como é exatamente isso que Deus deseja de nós, Ele certamente nos atenderá.

Concentrando-nos nas semelhanças, deixando as diferenças de lado

A primeira semelhança que temos com todas as pessoas é nossa herança divina. Somos todos filhos do Pai Celestial. Precisamos passar a enxergar todos como filhos de Deus, nossos irmãos. Além disso, com certeza há outras semelhanças entre nós e aqueles que temos dificuldade de amar. Um simples diálogo pode trazer à tona essas semelhanças.

Sendo gentis, servindo

Uma das formas mais eficazes de passar a gostar de alguém é fazendo algo por ela, sendo gentil. “Gentileza gera gentileza”.

Há muitos anos, quando eu trabalhava na administração de um pequeno Shopping, conheci uma senhora de uma antipatia sem igual. Ela era gerente de uma loja de grife, vivia gritando com os funcionários do Shopping e tratando mal outras pessoas que não fossem seus clientes. Certo dia ela gritou também comigo e eu fiquei muito irritada. Entrei para o time do “detesto aquela mulher”. Aquele sentimento começou a me fazer mal, decidi que iria me livrar dele.

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Numa tarde entrei na loja dela e disse algo do tipo “gostaria que tu soubesses que eu gosto de ti”, e dei-lhe um abraço. Por um momento eu não entendi porque disse e fiz aquilo, afinal eu não sentia aquilo. Estava, eu, sendo falsa? Logo vi que não era falsidade, mas o Senhor me usou para chegar ao coração dela.

A mulher começou a chorar e a se lamentar por ter uma personalidade tão difícil. Conversamos por um tempo e descobri que ela era uma mulher solitária, que tinha metas bem altas de vendas para atingir, do que dependia seu emprego. Descobri muitas outras coisas que nem me passavam pela cabeça. Desde então, nos tornamos amigas, e ela passou a ser simpática comigo.

Está difícil amar alguém? Dê o primeiro passo em uma aproximação, demonstre afeto e preocupação. Preste serviço àquela pessoa. O Senhor é capaz de amolecer o mais duro dos corações, o seu ou o dela.

Sendo pacificadores

É nossa responsabilidade sermos mansos e evitarmos a discórdia. Da mesma forma, jamais poderemos apoiar grupos que promovam a discórdia, sejam eles relativos à raça, à etnia, à crença ou à descrença religiosa e às diferenças de orientação sexual. “O mandamento de amar uns aos outros com certeza inclui amar e respeitar além das diferenças religiosas, raciais, culturais e econômicas”, disse Dallin Oaks, advogado, jurista e especialista em famílias.

Amar o próximo não significa fazer concessões ou diminuir nosso compromisso com a verdade que compreendemos

Amar as outras pessoas não significa apoiar suas causas, quando estas vão de encontro àquilo que cremos. JAMAIS devemos abrir mão daquilo que cremos ser correto e verdadeiro para provarmos nossa amizade ou fidelidade. Precisamos deixar claro às pessoas que, embora não concordemos com suas práticas ou ideais, nutrimos bons sentimentos por elas. Um seguidor de Cristo será sempre firme na verdade.

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O Senhor deseja que O sigamos de fato, não só da boca para fora. “Os seguidores de Cristo devem ser exemplos de civilidade. Devemos amar todas as pessoas, ser bons ouvintes e mostrar respeito por suas crenças genuínas. Embora discordemos, não devemos ser desagradáveis. Nossa posição e comunicação em assuntos controversos não devem ser contenciosas. Devemos ser sábios ao explicar e seguir nossos padrões e em exercer nossa influência. Dessa forma, pedimos que os outros não se ofendam com nossas sinceras crenças religiosas e o livre exercício de nossa religião. Incentivamos todos a praticar a Regra de Ouro do Salvador: “Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” (Mateus 7:12)”, disse Dallin Oaks.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.