Vírus chicungunha: O que é e como prevenir

Os casos de chicungunha estão aumentando a cada dia. Você sabe quais os sintomas e como se prevenir?

Mariana Cruz de Assis Rocha

Muito se tem ouvido falar sobre o surto das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Por terem sintomas parecidos, muitas pessoas ficam confusas e têm dificuldade em reconhecer as diferenças entre a dengue, o zika vírus e a chicungunha.

A dengue já é uma antiga conhecida dos brasileiros, e o zika vírus, por causa do grande debate sobre a sua relação com a microcefalia, também vem se tornando comum para os brasileiros. Mas e sobre o vírus chicungunha, você sabe exatamente o que é e como se prevenir dele?

Leia:

MicrocefaliaO que é?

Segundo dados do Ministério da Saúde, o vírus circulou no Brasil pela primeira vez no ano de 2014. Até o final de 2015 eram poucos os relatos de pessoas com suspeita de infecção, entretanto, na primeira semana de abril de 2016 já haviam sido notificados 3.748 casos suspeitos, sendo que destes, 248 foram confirmados através de exames laboratoriais ou clínicos. Esses dados vêm para demonstrar como os casos do vírus chicungunha vêm crescendo no país.

A tradução da palavra chicungunha, no idioma swahili,um dos idiomas utilizados na Tanzânia, significa “aqueles que se dobram”, e essa referência está estritamente ligada à aparência curvada dos pacientes, que, por causa da doença, apresentam muitas dores em todo o corpo.

Advertisement

Sintomas da chicungunha

Os principais sintomas da chicungunha são bastante parecidos com os da dengue, e se iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. São eles:

1. Febre alta e de início rápido

2. Dores intensas nas articulações, principalmente dos pés e mãos

3. Dor de cabeça

4. Dores nos músculos

5. Manchas vermelhas na pele.

A principal diferença entre a dengue e a chicungunha é o tipo de dor no corpo, uma vez que na dengue as maiores dores são as musculares, na chicungunha as dores são mais nas articulações, podendo perdurar por semanas. Entretanto, é importante ressaltar que cerca de 30% das pessoas contaminadas pelo vírus chicungunha não apresentam sintomas. Uma vez infectada, a pessoa estará imune ao vírus pelo resto da vida, não apresentando riscos de desenvolver a doença novamente.

Leia: Como se prevenir contra o zika vírus

Diagnosticando a chicungunha

Tendo em vista a semelhança dos sintomas da chicungunha com os de outras doenças, é importante que o diagnóstico seja feito através de exames clínicos ou laboratoriais. Ambos são feitos através da coleta de sangue e não exigem qualquer preparo.

O exame PCR indica a presença do vírus e deve ser feito nos primeiros dias após o aparecimento dos sintomas. O outro exame é a sorologia, que tem como objetivo confirmar a presença de anticorpos contra o vírus. Por isso, a recomendação dos especialistas é que ela seja feita somente 5 dias depois que surgirem os primeiros sintomas.

Advertisement

Tratamento e prevenção

Apesar dos estudos, ainda não existe vacina ou tratamento específico para chicungunha.

Dessa forma, o tratamento é feito apenas para diminuir o incômodo dos sintomas, ou seja, devem ser ministrados antitérmicos para eliminar a febre e anti-inflamatórios para reduzir as dores articulares. Sem esquecer o repouso do paciente, que deve beber líquidos em abundância.

A melhor forma para prevenir a chicungunha é reforçar as medidas de eliminação de focos dos mosquitos, visto que eles são os transmissores da doença. Além disso, é importante utilizar o repelente e tomar as medidas cabíveis para manter o mosquito longe.

Toma un momento para compartir ...

Mariana Cruz de Assis Rocha

Mineira nascida e criada em Belo Horizonte, ama viajar e estar próxima de sua família e amigos. Casada e apaixonada pelo marido, vive em eterna busca pelo auto-conhecimento. Acredita que o melhor investimento na vida de qualquer pessoa é aquisição de novos conhecimentos. Apaixonada por ler e escrever, adora dividir seu conhecimento e suas experiências em seu site sobre o mundo feminino, com a certeza de que pode fazer a vida das pessoas mais feliz. Formada em Direito e Servidora Pública do Estado de Minas Gerais.