Viver juntos antes do casamento realmente condena seu relacionamento?
Claro, todos nós sabemos o que dizem as estatísticas. Mas há um fator chave que está faltando nestas mesmas estatísticas.
Linda and Richard Eyre
_Este artigo foi adaptado a partir de uma coluna anterior no Deseret News. Foi reproduzido aqui, com permissão, traduzido por Stael F. Pedrosa Metzger do original Will living together before marriage really doom your relationship?
Estávamos conversando com um conhecido nosso que vive com sua namorada e, durante a nossa discussão, perguntei-lhe se ele estava planejando se casar.
Ele disse: “Bem, esperamos, se tudo der certo. Nós só queremos viver juntos o tempo suficiente para ter certeza de que somos compatíveis, antes de assumir um compromisso.” Ele usou um clichê que já ouvimos antes: “Você não gostaria de comprar um carro antes de fazer um test drive não é?”
Nós não o conhecíamos o suficiente para dar conselhos, mas o que gostaríamos de ter dito a ele é que as chances dele e sua namorada darem certo eram menos da metade do que seria se os dois fossem casados. Também gostaríamos de ter lhe dito que, mesmo que ele e sua namorada se casassem, suas chances de divórcio seriam maiores do que se não tivessem coabitado antes do casamento.
Mas a coisa importante que gostaríamos de dizer a ele tinha a ver com compromisso – quando o compromisso deve acontecer e o que ele pode fazer por um relacionamento. Sua visão de compromisso como algo que você faz depois de ter certeza de que um relacionamento vai dar certo é contraproducente.
Na verdade, o compromisso é a única coisa que faz com que a relação dê certo. Compromisso não é o ponto culminante. É o início. Um forte início e não uma bela festa que se faz quando vocês decidem que podem ser felizes juntos. Na verdade é a única coisa que faz com que seja possível serem felizes juntos.
Compromisso não é algo que você faz depois de ter atravessado tempos difíceis. É algo que faz com que você atravesse os tempos difíceis.
A razão pela qual as pessoas têm medo de compromisso é porque envolve risco e vulnerabilidade. Quando você se compromete com alguém de uma forma tão visível e pública como no casamento, existe o risco de que o relacionamento não vá funcionar e que será difícil sair dele. Você abre mão de um pouco da sua “liberdade”. Você elimina algumas opções. Você começa uma situação que exige algum sacrifício e responsabilidade extra.
O caminho mais fácil é simplesmente viver juntos. Basta experimentar. Permite que se tenha uma porta para escapar. Quem não arrisca, não petisca. Assim como vem, também vai.
Mas quando nada se arrisca nada se ganha. Alto risco, alta recompensa. Baixo risco, baixa recompensa.
O casamento não é para os fracos. Estamos de acordo com isso. O casamento é para os aventureiros. O casamento é para quem corre riscos. Mas a bela ironia é que, na medida em que corremos esse risco, nossas chances de sucesso do relacionamento aumentam.
O compromisso deve vir no início de um relacionamento – não no fim de algum experimento.