Você é dependente emocional? 8 dicas para deixar de ser

Descubra e acabe com isso de uma vez por todas!

Adriana Acosta Bujan

Ela parecia não ter voz nem escolha em seu relacionamento, sacrificava as coisas que gostava, nunca tomou decisões e muito menos ousou contrariar os pensamentos do marido. Seu amor foi além dos limites da razão, tudo o que fazia girava em torno do que seu marido decidia.

Chegou, inclusive, a dizer frases como: Sem você eu não sou nada! Você é melhor que eu! Tudo o que você decide está bem! Tudo de ruim acontece por minha causa! Eu farei o que você pedir, mas não me deixe!

Seu conceito de felicidade era ficar ao lado do marido como se fosse uma marionete, por medo de ser abandonada e infeliz pelo resto da vida. Ela nunca se valorizou como pessoa nem conheceu o amor-próprio.

Quando se deu conta de que nunca foi feliz, já era tarde demais, uma doença terminal acabou com seus sonhos de poder mudar. É uma história trágica, mas real: algumas mulheres passam a vida agarradas a um amor que as torna totalmente infelizes, por medo da solidão.

Como saber se você é emocionalmente dependente

A dependência é muitas vezes confundida com paixão. As pessoas apaixonadas não precisam lutar para manter viva a chama do amor em seus relacionamentos. As pessoas emocionalmente dependentes, por outro lado, preocupam-se com seus relacionamentos, tendem a se sentir inseguras e se apegam por toda a vida.

A psicóloga Danielle Forshee diz que quando você depende emocionalmente de alguém, seu estado de ânimo, como felicidade, tristeza, solidão, ansiedade, depende do estado de ânimo do parceiro. Além de sentir uma necessidade obsessiva de proximidade, um sentimento continua a precisar do outro, insegurança em relação ao futuro, sentimentos de não merecer seu parceiro, medo de não ser amada e perda de identidade.

Felizmente, muitos especialistas afirmam que é possível acabar com a dependência com um alguns passos simples.

1. Exponha suas ideias

Claro, você pode sentir medo de não agradar seu parceiro ao expor suas próprias ideias ou pensamentos; no entanto, você deve ousar eliminar completamente o medo e enfrentá-lo. Pense que você não vai perder seu parceiro por, simplesmente, dizer o que sente. Pelo contrário, estará começando a ser mais independente e a ter identidade, e isso fará com que ele se sinta atraído.

2. Pense em si mesma

Sabemos que as pessoas dependentes não pensam em seu bem-estar pessoal, por medo de serem abandonadas. Mas é fundamental trabalhar consigo mesma. Para conseguir isso, é aconselhável fazer uma lista das coisas que você parou de fazer para agradar seu parceiro, segundo a psicóloga Silvia Congost. Reflita, você parou de sair com as suas amigas? Sua maneira de se vestir mudou radicalmente? O que você tem feito pelo seu parceiro que a tem prejudicado?

Agora, pouco a pouco, comece a pensar em si e faça essas coisas que você tanto gostava; permita-se cuidar de si mesma e trabalhe sua confiança e segurança.

3. Trabalhe a autoestima

Lembre-se de que você não pode dar amor se não se amar primeiro. Comece tomando decisões sem necessidade de aprovação dos outros, comece com novos projetos, motive-se com frases positivas e não se sinta culpada nem tenha medo de falhar.

Lembre-se de que é um processo, você não vai mudar seu jeito de ser da noite para o dia. O ideal é focar suas energias em melhorar como pessoa. Motive-se estipulando metas, sonhos e objetivos. Assim, você vai descobrirr novas habilidades e aprender que é capaz de conseguir o que deseja. Você não tem limites!

4. Socialize

Relacionar-se com outras pessoas deixará sua mente ocupada; você pode até falar sobre seus sentimentos para se sentir melhor. Ouvir opiniões externas e conselhos a tornará mais forte, você terá uma vida social ativa e seu casamento será mais saudável, não dependendo tanto do que o cônjuge faz ou deixa de fazer.

5. Não crie falsas expectativas

A frustração surge quando você espera receber de outra pessoa algo além do que você oferece. Isso tende a gerar uma idealização em relação ao cônjuge, tendo expectativas irreais. Foque naquilo que você dá sem esperar nada em troca!

6. Liberdade

Somos todos seres livres e independentes. Por esse motivo, você deve aprender que você e seu parceiro precisam de liberdade para fazer as coisas, e que não é necessário ficar grudados 24 horas por dia. Enfrente seus medos e aja com ousadia. Por exemplo: evite enviar mensagens de texto ou ligar de vez em quando.

Aprenda a aproveitar ao máximo esses momentos de solidão, tão essenciais para se conhecer. Serão momentos de reflexão, de buscar soluções, de planejar e desenvolver objetivos.

7. Não pense no futuro

O futuro é incerto, ninguém tem a capacidade ou o poder de saber, com certeza, o que o destino nos reserva. Se você  pensa o tempo todo que seu parceiro pode deixá-la, suas energias se concentrarão em pensamentos negativos. Por esse motivo, você deve aprender a aproveitar todos os dias, cada minuto, para vivê-lo como se fosse o último. Esqueça o passado e o futuro, concentre-se em criar experiências significativas e inesquecíveis com seu parceiro, aqui e agora.

Terapia

Às vezes, você pode libertar-se sozinha do apego emocional quando reconhece que depende do seu parceiro. Pode parecer fácil, porém, nem sempre é. Portanto, é aconselhável procurar um especialista na área para ajudá-la a encontrar a coragem que precisa para ser feliz.

Lembre-se, para que possa ser amada, comece amando a si mesma. Os medos, as dúvidas e a ansiedades de ser abandonada podem ser trabalhados com determinação e coragem. Concentre-se em suas habilidades, sua inteligência e na grande pessoa que você é. Ninguém é mais do que você! A felicidade está dentro de você!

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original ¿Eres dependiente emocional? 8 consejos para dejar de serlo

Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.