7 coisas que muitos cristãos deveriam parar de fazer

Há atitudes no meio cristão que deixam os céus em prantos de tristeza. Está na hora de banir esse comportamento do nosso meio!

Erika Strassburger

Ser cristão está muito além de professar a crença em Cristo. Um cristão genuíno precisa comportar-se como tal. E evitar a todo custo fazer coisas como as listadas abaixo:

1. Julgarem-se superiores aos demais filhos de Deus

O fato de crermos no Filho de Deus não faz de nós pessoas melhores. Cristo expiou pelos pecados de TODA a humanidade, independente da crença (ou descrença), etnia, classe social e outros fatores.

Quem tem familiaridade com a Bíblia deve compreender o conceito “judeu” e “gentio” que ela apresenta. “Judeu”, em várias circunstâncias, não se refere somente aos descendentes de Judá, filho de Israel, mas a todo o povo do convênio, que são os descendentes do patriarca Abraão. “Gentios” são todos os povos da terra que não são da casa de Israel. Em uma linguagem mais simples, os judeus tinham o Evangelho, e os gentios não o tinham e não serviam ao Deus verdadeiro.

Vejam o que diz Romanos 3:29: “É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente”. “Lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne” (Ef. 2:11), isto é, muitos de nós não críamos em Cristo, ou, pelo menos, não tínhamos o conhecimento que temos agora. Por que, então, sentimo-nos superiores àqueles que se encontram em circunstâncias em que já nos encontramos um dia?

Em vez de nos sentirmos melhores do que os que não são cristãos, devemos nos sentir gratos e responsáveis por esse conhecimento e testemunho. O que fazemos dessa verdade que nos foi confiada é o que determina que tipo de pessoas somos.

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2. Serem cristãos de fachada

Ir à igreja e dizer “amém” para tudo é fácil. Mas a prova da fé acontece fora da igreja, no relacionamento com a família, com os amigos, com os vizinhos, com os colegas, com o patrão e com os empregados. Prova-se a fidelidade ao Senhor através do linguajar, da vestimenta, do comportamento, daquilo que se assiste, lê e participa.

De que adianta professar a fé cristã e não ser honesto no trabalho ou com os credores? Fazer fofoca, criar intrigas, buscar vingança, desejar o mal?

Jesus chamou pessoas que agem assim de hipócritas. Veja o que Ele disse a esses: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas… Vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. (Mt. 23:27,28)

Se nossas atitudes não condizem com a fé que professamos, está mais que na hora de colocarmos a vida em ordem, antes que seja tarde demais.

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Leia: Como deixar as aparências de lado e viver sem hipocrisia

3. Achar que somente orar pelos necessitados é o suficiente

Uma pergunta lançada em uma página cristã no Facebook gerou respostas que me surpreenderam. A pergunta era: “O que podemos fazer para ajudar os necessitados?” A maioria das respostas foi do tipo “orar por eles”.

Inconscientemente, as pessoas sugeriram que se orarmos, Deus enviará anjos do céu com sacolas de comida, remédio, roupas e outros itens de primeira necessidade.

Aos cristãos que têm essa visão distorcida eu ofereço esse verso bíblico sobre o que é a religião verdadeira: “Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” (Isa. 58:7)

4. Acreditar em uma fé passiva

Assim como as obras por si só não salvam, a fé sem obras é morta em si mesma. Entende-se por obras, ATITUDES, ou seja, agir segundo aquilo que cremos ser verdadeiro.

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Na verdade, a palavra traduzida como “fé” na Bíblia vem de uma palavra hebraica cuja raiz denota “fé prática” e não “fé passiva”. Sugiro a leitura de todo o capítulo 2 de Tiago para uma maior compreensão da relação fé/obras.

5. Maldizer cristãos de outras denominações devido a diferenças doutrinárias

Sempre haverá diferenças de dogmas ou doutrinas entre as denominações cristãs. O que nos faz cristãos é reconhecermos nossa dependência de Cristo, o nosso Salvador, e nos esforçarmos para cumprir Seus mandamentos. Mas muitos insistem em acusar outros cristãos e suas crenças de “anátema”, que significa maldição. Cuidado, irmãos! “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados”. (Lc. 6:37) “Não cometereis injustiça no juízo”. (Lev. 19:35) “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mt. 7:2)

Leia: Um verdadeiro discípulo de Cristo aceita e ama seu diferente

6. Exaltar-se nas redes sociais

Creio que o Senhor fique realmente triste quando vê Seus filhos postando frases para se exaltar, como “Que toda a inveja que você tem de mim vire dinheiro!” ou “Um beijinho para as recalcadas de plantão!”.

Que especial, linda, a última bolachinha do pacote essa pessoa se considera! Será que essa arrogância condiz com os ensinamentos de Cristo? Aqui está a resposta: “E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mt. 23:12)”Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”. (Col. 3:12)

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7. Discutir religião acaloradamente

O Senhor jamais nos pediu para entramos em contendas religiosas, mas para pregar pacificamente Seu Evangelho. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc. 16:15) “Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”. (1Cor. 11:16). Porque “Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas.” (Prov. 26:21)

São sete atitudes que entristecem os pacíficos seguidores de Cristo. Mais ainda, o próprio Senhor. Que possamos nos deixar moldar pelos Seus ensinamentos! Só assim estaremos dignos para, no devido tempo, recebermos o convite do Mestre: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt. 25:21)

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.