Porque a presença de um bom pai é tão importante quanto uma boa mãe

Os homens podem até dizer que não vão trocar a fralda do bebê... Mas depois que se tornam pai, fralda é pouco perto de tudo o que podem fazer por um filho. E eles fazem mesmo.

Caroline Canazart

Vejo diariamente meus filhos terem um bom pai. Não tem tempo ruim para ele. Qualquer hora é hora de brincar, mesmo cansado, com fome ou atrasado para sair. Ele sempre dá atenção para nossos filhos. De manhã cedo volta várias vezes da porta de saída para a sala e beija e abraça nosso filho mais velho. Faz o mesmo com a nossa filhinha mais nova. Ele dá banho, comida, troca fraldas, faz dormir, conta histórias, acorda de madrugada para atendê-los. E depois de tudo ainda olha para mim e diz “nossa, eu sou apaixonado por essas crianças!”. Escuto isso todos os dias. Meus filhos não poderiam ter um pai melhor. Certamente, muitas outras crianças por esse mundo afora têm a oportunidade de conviver com pais tão dedicados quanto ele é. Dando mais do que suporte financeiro, dando o apoio emocional que todas as crianças precisam e deveriam receber de um pai.

É uma pena que nem sempre eles são reconhecidos como peças importantes para a vida dos filhos. No Brasil, uma lei precisou ser aprovada em 2005 para que os pais pudessem entrar na sala de parto e assistir seus filhos nascerem. O que para mim parece ser algo tão absurdo. Para piorar, depois de todo esse tempo, a lei de acompanhante ainda nem sempre é respeitada. Também temos a Lei Trabalhista que dá cinco dias de licença para eles curtirem a nova vidinha que chegou na família. No sexto dia o jeito é sair com o coração na mão em direção ao trabalho. Talvez porque a participação da mãe seja mais óbvia na geração de uma criança, os pais acabam ficando em segundo e até terceiro plano. Durante a gravidez a mãe é que é a estrela do momento. Depois é a vez do bebê. E o pai entra onde em tudo isso? E os medos, anseios, dúvidas dos homens? Quase ninguém se importa em pensar nos sentimentos deles. Geralmente as mulheres têm os nove meses para se transformarem em mães. Já os homens é quase que instantaneamente.

Pai: Tão importante e necessário como a mãe

O estereótipo de que o pai é apenas o provedor que sustenta a família financeiramente, que só apoia a mãe e ela é a responsável pela educação tem de ser quebrado. Inclusive, muitas mães precisam ser as primeiras a fazerem isso e deixar os filhos se aproximarem do pai, principalmente quando ainda são bebês. As mães podem até saber o que o filho necessita apenas com um olhar, mas se o pai tiver a oportunidade de criar laços de afeto com o filho logo no início da vida do bebê, também saberá qual é a necessidade do filho. Você não irá se arrepender disso, pois ver a amizade e companheirismo crescendo entre pai e filhos é algo inexplicável. É ver a família sendo fortificada com o que há de melhor, o amor.

Os pais têm muitas coisas boas a oferecer aos filhos. Alguns estudos revelam que a presença diária pode fazer as crianças terem um bom desempenho escolar e, na adolescência, não se envolverem em problemas com a polícia. Outra pesquisa diz que a convivência de pai e filho por meio de brincadeiras, leituras e outras atividades enriquece o vocabulário das crianças. Um outro material informa que as filhas que têm um relacionamento estreito com o pai estão menos propensas a terem vida sexual ativa ainda na juventude e ter uma gravidez durante a adolescência. Esses estudos só comprovam o que o bom senso já nos diz: os pais são importantes para os filhos e precisam ser reconhecidos e estimulados para estarem no lugar que é deles. O companheirismo e a presença efetiva de um pai não traz só bons sentimentos para os filhos, mas para o pai também. Já que ele saberá que apesar da ausência por alguns momentos do dia, será recebido com o mais puro e sincero amor que é o de uma criança e que, certamente, se estenderá pelo resto de suas vidas.

A vida do meu marido pode ser dividida em antes e depois dos filhos. Ele se tornou um homem melhor, um filho melhor, um cidadão mais empenhado que não mede esforços para que tudo saia da melhor forma para a família e um marido incrível. E é assim que os filhos vão ensinando ou só lembrando aos pais o que é amar de verdade e transforma-os em pessoas sensíveis aos sentimentos e necessidades dos outros. E de brinde os filhos fazem as mães reconhecerem que se casaram com grandes homens.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.