Muitos começam, mas poucos terminam… Por quê?

Muita gente começa muita coisa boa na vida, mas não as termina! Por quê? Veja algumas coisas que podem lhe atrapalhar de terminar seus projetos!

Luiz Higino Polito

Pense em sua vida por um minuto: quantas coisas você começou e não terminou? Quantos projetos ficaram inacabados pelo caminho?

Eu me lembro de algumas vezes em que o cavalo da oportunidade passou arreado e eu não o montei…

Por exemplo, quando eu tinha uns 16 anos, mais ou menos, fiz a prova do SENAI, para Torneiro Mecânico (que era muito disputado na época, e deve continuar sendo muito disputado ainda hoje). Passei na prova, fiz a papelada toda, e quando era para iniciar as aulas, simplesmente não fui em nenhuma delas… Me arrependi muito disso depois!

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Em outra ocasião da minha vida, já casado, eu comecei a estudar Economia na Faculdade, mas não concluí o curso. Depois, iniciei o curso de Processamento de Dados na UNESP, mas também não terminei… Novo arrependimento.

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Quantos de nós não começamos projetos importantes, e os largamos pelo caminho? Por que fazemos isso? Como terminar o que começamos?

1. Pense bem antes de começar um projeto importante de vida

A maioria de nossos projetos inacabados se deve, certamente, a escolhermos errado os nossos projetos importantes. Por exemplo, eu não tenho queda nenhuma para matemática, e Economia e Processamento de dados têm tanta matemática que eu bombei em todas elas, e isso ia me desanimando. Mesmo fazendo aulas particulares, eu não consegui acompanhar as aulas de matemática avançada.

Então, veja em que você é bom, antes de escolher seus projetos de vida importantes.

2. Falta de força de vontade

Lembre-se de que depois de ter escolhido um projeto importante, vão surgir oposições de todo tipo. Isso irá testar você, para ver se realmente você é perseverante, e merecedor da vitória ou diploma daquele projeto.

Força de vontade é diferente de vontade: para se ser um músico, por exemplo, não basta só querer, é necessário educar o ouvido, estudar música, aprender a ter ritmo, fazer muito exercício e aprender a se controlar no palco. Eu me lembro muito bem quando eu toquei teclado pela primeira vez em público (eu já tocava violão e guitarra, mas quis tocar também teclado, para liberar minha esposa para ela poder só cantar, pois ela tocava o teclado e cantava). Eu tocava, nessa época, guitarra e cuidava do som também.

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Pois bem: mais de 500 pessoas no salão de baile, e eu no teclado pela primeira vez. Tinha ensaiado muito! Mas tocar em casa é uma coisa, e tocar em público (que é onde você realmente solidifica o que aprendeu) é outra coisa bem diferente! Meus dedos das mãos tremiam tanto que pareciam que tinham vida própria, e eu tinha muita dificuldade para fazer os acordes na mão esquerda, e os solos na mão direita! Errei muitos acordes naquela noite, suei bastante, meu coração quase saiu pela boca, mas sobrevivi… Aos poucos tocar teclado em público foi ficando cada vez mais fácil para mim, porque tive força de vontade dessa vez!

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3. Desânimo

Quantas pessoas não teriam se tornado excelentes pintores, arquitetos, mecânicos, médicos, enfermeiras, professores, e em tantas outras especialidades, se o desanimo não as tivesse impedido? O que devemos saber é que nada de valor é fácil nessa vida! Se você não estiver disposto a pagar o preço, você será sempre medíocre em tudo o que fizer!

Quando o desânimo quiser derrubar você, olhe-se no espelho e diga: sou um homem ou um rato? Isso muitas vezes funciona, e você ganhará novas forças para continuar.

4. Procrastinação

Eu fui aprender o significado dessa palavra só depois de adulto. É uma palavra muito triste, pois quer dizer: não vou fazer isso agora. Depois eu faço!

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Esse depois pode nunca mais chegar, porque você acaba casando, e tudo fica mais difícil em termos de estudo e preparação. Então aproveite o tempo que você tem agora, para realizar seus projetos! Não deixe para começar amanhã. Comece hoje!

Devem ter outros motivos para que não terminemos nossos projetos mais nobres. Há um cemitério enorme de projetos inacabados no mundo!

O que devemos ter sempre em mente é que “muitos começam“,como disse alguém, “mas poucos terminam.

As recompensas maiores estão reservadas aos que terminam os seus projetos.

E há tanta coisa a ser feita! O poeta, romancista, músico e dramaturgo Tagore disse, certa vez, “Encordoei e desencordoei meu instrumento musical muitas vezes, mas a canção que vim executar (nesta vida) ainda continua inacabada”.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!