Algumas mulheres devem evitar tomar pílulas anticoncepcionais: conheça os riscos

Se você tem algum destes itens presentes em sua vida é melhor buscar outros tipos de contraceptivos.

Michele Coronetti

Considerada uma das melhores invenções da ciência, a pílula anticoncepcional mudou a vida de milhares de pessoas desde que começou a ser utilizada nos anos 1960. As mulheres se tornaram mais independentes e as famílias se tornaram menores, com maior poder aquisitivo.

Desde a sua descoberta a pílula tem sido amplamente pesquisada e alterada para melhor, diminuindo desconfortos e efeitos colaterais e aumentando sua eficácia. Sua atual confecção incorpora dois hormônios principais, o estrógeno e o progestágeno. Segundo estudos, algumas mulheres devem evitar o uso para prolongar a vida e preservar a saúde.

Fumo

A associação do fumo com o medicamento aumenta o risco de doenças cardiovasculares, especialmente em mulheres com mais de 35 anos. Por favorecer a coagulação do sangue, a pílula aumenta o risco de a mulher ter um AVC, infarto ou trombose, pois as substâncias nocivas do cigarro circulam na corrente sanguínea mesmo depois dele estar apagado, aumentando a aterosclerose (acúmulo de gordura e placas nas artérias).

Hipertensão

Para as mulheres que têm problema com a pressão alta a probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares já é grande. Ao buscar a prescrição da pílula com um médico é fundamental que a pressão arterial seja medida e que sejam avaliados os riscos.

Trombose

Para as mulheres que já apresentaram ou possuem problemas circulatórios como a trombose ou para as que têm histórico familiar desta doença, o uso da pílula pode aumentar ainda mais os riscos e costuma ser proibido pelos médicos. Por favorecer a formação de coágulos nas artérias, as chances de desenvolver um trombo ficam ainda maiores. Ele pode se desprender do local de formação e subir até o pulmão causando a embolia pulmonar e colocando a vida da mulher em risco.

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Lúpus

Para as mulheres que possuem esta doença autoimune que também afeta os vasos sanguíneos, o medicamento fica proibido devido aos mesmos riscos de desenvolvimento de trombos, AVC ou infarto.

Obesidade

Normalmente a obesidade é ligada a colesterol alto, hipertensão e problemas cardíacos. Quando em excesso, o tecido adiposo presente no organismo é capaz de produzir mais de 15 substâncias que interferem na homeostase, inclusive na área hormonal. Cada mulher deve ter uma avaliação detalhada de seu médico que possa determinar os riscos e benefícios e optar pelo melhor à sua saúde.

Doenças do fígado

Qualquer medicamento ingerido oralmente passa por este órgão. Mulheres com lesões hepáticas como hepatite ou cirrose devem evitar tomar a pílula para não sobrecarregar o fígado. Efeitos indesejados também podem ocorrer devido à falha da metabolização dos hormônios, desregulando os níveis hormonais do organismo.

Tumores

Alguns cânceres que possuem receptores hormonais, como o câncer de mama, podem ser agravados com o uso da pílula. Eles podem aumentar e piorar a situação de saúde da mulher. Sua prescrição deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico.

Varizes

O organismo que apresenta este quadro sofre com problemas circulatórios que podem ser agravados com o uso da pílula. Quando existirem outros fatores com o a obesidade a situação fica mais complicada ainda. O médico saberá informar se vale o risco.

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Fator V de Leiden

Para as mulheres que possuem este fator genético as chances de sofrer um evento cardiovascular como um infarto são muito maiores. Ele pode ser identificado através de um exame de laboratório realizado pela maior parte das mulheres periodicamente (papanicolau). Como os hormônios aumentam a probabilidade do organismo de criar coágulos e trombos, a pílula deve ser evitada ao máximo.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.